domingo, 6 de abril de 2025

NÃO ESTEJA À VENDA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

6 de abril

NÃO ESTEJA À VENDA

Esaú era irmão de Jacó, mas Eu amei Jacó e desprezei Esaú. Malaquias 1:2, 3


Essa é uma passagem complexa. Como pode Deus amar uma pessoa e desprezar outra? Afinal, não é a própria Bíblia que diz “que Deus não trata as pessoas com parcialidade” (At 10:34)?

Para complicar ainda mais, quando lemos que Jacó enganou e roubou a primogenitura, iludindo o próprio pai, Esaú se torna a vítima, e Jacó, o usurpador. Como pode um Deus justo amar o vilão e desprezar o inocente?

É relevante considerar que a citação de Malaquias foi escrita mil anos após a época de Esaú e Jacó. Portanto, não se trata de um prognóstico, mas de um fato histórico, observado à luz do que aconteceu com eles e com seus descendentes ao longo do tempo. Esaú e Jacó não representam apenas a si mesmos, mas também os distintos povos que se originaram deles: os israelitas e os edomitas. O “desprezo” de Deus, que na verdade seria um aborrecimento, demonstra a decepção divina com os edomitas após um milênio de paciência diante de sua obstinada rebelião.

Era crucial manter pura a genealogia que conduziria ao Messias. Isso era tão sério que Abraão selecionou cuidadosamente a esposa de Isaque, assegurando assim a continuidade da linhagem. Desprezando isso, Esaú se uniu a mulheres pagãs, causando grande tristeza a seus pais (Gn 26:34, 35; 27:46; 36:2, 3). Ao trocar a primogenitura pela gula, ele materializou o desprezo que sentia. Jacó também errou, mas se arrependeu, enquanto Esaú permaneceu no erro.

Na história de ambos está a realidade de que os princípios são inegociáveis. Note que tudo o que possuímos pode ser negociado, depende de quanto pagam. Por exemplo, eu não quero vender minha casa, mas, se um bilionário oferecer 100 milhões por ela, é claro que aceitarei a oferta!

No entanto, não posso cogitar a negociação se o valor for oferecido pela casa do meu vizinho. A razão é simples: por mais tentadora que seja a oferta, não posso negociar o que não me pertence. Assim são os princípios bíblicos. Eles não pertencem a nós; são de Deus.

Este foi o fracasso de Esaú: ele trocou por lentilhas algo que não poderia ser negociado. Aqueles que se vendem assim não compreenderam o alto preço pago por sua salvação. Nossa vida pertence a Deus.

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