Devocional Diário - Descobertas da fé
13 de abrilENTRADA TRIUNFAL
Eis que o seu Rei vem até você, justo e salvador, humilde, montado em jumento. Zacarias 9:9
A entrada triunfal em Jerusalém foi um dos pontos altos do ministério de Jesus. Mas por que Ele montou em um jumento? Sendo rei, não seria melhor desfilar em um puro-sangue? Acontece que, no Antigo Oriente, os reis montavam cavalos apenas quando iam para a guerra; em tempos de paz, como em um cerimonial de coroação, eles montavam jumentos ou mulas. Roma, é claro, não seguia essa regra por ser de cultura ocidental.
Em 1 Reis 1:33, vemos Salomão montado em uma mula no dia em que foi reconhecido como rei de Israel. Dois jumentos como oferta de paz foram dados por Ziba a Davi quando este fugia de Absalão, o príncipe rebelde que morreu montado em uma mula real (2Sm 18:9).
A menção do jumento em Zacarias 9:9 e 10 se encaixa na narrativa de um rei justo e manso que viria resgatar Israel. Em vez de cavalgar para conquistar Jerusalém militarmente, o Messias entraria na cidade em paz, contrastando com os generais romanos que desfilavam a cavalo pelas cidades conquistadas.
Porém, esse quadro gerava um dilema entre os rabinos: o Messias virá “humilde, montado em jumento”, conforme Zacarias 9:9, ou glorioso, como em Daniel 7:13? Hoje sabemos que o texto de Daniel refere-se ao juízo celestial, e não à segunda vinda de Cristo. No entanto, para responder à questão dos judeus, seria importante lembrar que a Bíblia fala de duas vindas do Messias, uma discreta e outra gloriosa.
A primeira foi quando Ele veio como homem e viveu no meio de Seu povo. É nessa condição que a profecia de Zacarias se cumpre. A segunda será quando Ele vier nas nuvens com poder e grande glória para executar o juízo descrito em Daniel 7. Ele não virá em um jumento, seguido por pessoas, mas em um cavalo branco, seguido pela cavalaria de anjos celestiais (Ap 19:11-14).
Não será uma vinda de paz, mas, sim, de guerra. Jesus vem com um exército para liquidar as hostes do mal que ainda imperam neste mundo. O sangue que estampa Suas vestes não é o sangue da paz derramado no Calvário, mas o da destruição dos ímpios que se uniram ao diabo. A imagem que desagrada a muitos é bíblica. É o “ato estranho” de Deus (cf. Is 28:21). Naquele dia, toda a maldade e injustiça prestarão contas diante da ira do Cordeiro.
https://mais.cpb.com.br/meditacao/entrada-triunfal-3/
Nenhum comentário:
Postar um comentário