sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

AMOR-PECADO

Devocional Diário - Descobertas da fé


28 de fevereiro

AMOR-PECADO

Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 1 João 4:8


A declaração de que Deus é amor foi uma das afirmações teológicas mais revolucionárias de todos os tempos. Certamente, ela causou estranheza aos ouvintes de João. Afinal, que religião pagã poderia chamar algum de seus deuses de amor?

É verdade que os gregos cultuavam Afrodite e Eros como os deuses do amor. Porém, não se tratava do amor como virtude ou princípio. Mesmo que algumas relações sociais pudessem ser vinculadas a esses deuses, sua imagem representava majoritariamente a “paixão sexual”. Portanto, a afirmação de que Deus é amor continuava sendo inédita.

Contudo, o amor poderia se tornar pecado? Essa pergunta é importante porque há muitos que procuram justificar erros com base no falso argumento de que “agiram por amor”. No entanto, a Bíblia revela que até mesmo esse nobre sentimento pode ser ofensivo a Deus se não se pautar pelos princípios bíblicos que o regem. Existem amores meramente teóricos e imperfeitos; logo, nem todo amor é legítimo (1Jo 3:18; 4:18).

Por isso, a mesma Bíblia que diz para amar a Deus e o semelhante também ordena a não amar o mundo, o pecado e o dinheiro. O objeto do amor pode torná-lo um sentimento nocivo (1Jo 2:15). Mesmo que aquilo que se ama seja algo bom, se colocado acima de Deus, será um movimento de ruptura com o Céu (Mt 10:37). Abraão por pouco não perdeu a fé por amar Isaque acima de Deus. Por isso, o Senhor o provou no alto do monte.

O amor também é perigoso se reduzido ao sentimentalismo, pois sentimentos são involuntários, ao passo que o amor é decisão. Não temos controle sobre o que sentiremos se alguém nos machucar ou frustrar nossas expectativas, mas está em nossa mão decidir se o perdoaremos ou odiaremos. A prova maior de que o amor é uma decisão está no fato de que Deus ordena amar, e isso não faria sentido se não tivéssemos escolha (Dt 6:5).

No jargão popular, o amor é definido como um afeto intenso e um sentimento caloroso por outra pessoa, ou um forte desejo sexual sobre o qual praticamente não se tem escolha. Mas, na Bíblia, o amor é sinônimo de sacrifício (1Jo 3:16), atitude (3:18), decência (1Co 13:5) e, acima de tudo, obediência a Deus (1Jo 5:3). Essas deveriam ser as referências cristãs do que realmente significa amar.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/Amor-pecado/

Hebreus 9 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 9
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


HEBREUS 9 – Quando analisamos este capítulo à luz de Levítico, aprofundamos nossa percepção do contraste entre o sistema levítico e o ministério sumo-sacerdotal de Cristo. Hebreus utiliza conceitos-chave do culto levítico – especialmente a função do santuário, o papel dos sacerdotes e o uso do sangue nos sacrifícios – para demonstrar a superioridade da aliança inaugurada por Cristo.

Hebreus 9 começa descrevendo o tabernáculo da antiga aliança (vs. 1-5), ecoando Levítico 16, que detalha o ritual do Dia da Expiação. O santuário/tabernáculo era dividido em dois compartimentos:

• O Lugar Santo (Hebreus 9:2), era onde os sacerdotes realizavam o serviço diário (Levítico 1:1-7:38).
• O Lugar Santíssimo (Hebreus 9:3-5), onde apenas o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, no Dia da Expiação (Levítico 16:2, 29-30).

Em Levítico 16:34 estabelecia que o sumo sacerdote fazia expiação anual para purificar o santuário terrestre, apontando para a necessidade de uma purificação maior, realizada por Cristo no Santuário Celestial. Hebreus 9:11-12 ensina que Cristo entrou em um Santuário Superior, não feito por mãos humanas.

No sistema levítico, os sacerdotes eram mediadores entre Deus e o povo, realizando sacrifícios contínuos para a purificação dos pecados (Levítico 4:20, 26, 31). O sumo sacerdote tinha a função de entrar no Lugar Santíssimo no Dia da Expiação para aspergir o sangue sobre o propiciatório, intercedendo pelo povo (Levítico 16:15-16).

Hebreus 9:24 afirma que Cristo entrou “nos Céus, para agora” interceder por nós. Ao contrário dos sacerdotes levíticos, Ele não precisou oferecer sacrifícios repetidamente (Hebreus 9:25). Sua mediação é perfeita, pois Ele é tanto o sacerdote quanto o sacrifício.

O uso do sangue é tema central em Levítico quanto em Hebreus. Levítico 17:11 ensina que “a vida da carne está no sangue”, e por isso Deus ordenou que os sacrifícios fossem feitos com derramamento de sangue para a remissão dos pecados. Hebreus 9:12, 14 destaca que Cristo, ao contrário, entrou no Lugar Santíssimo celestial com Seu próprio sangue, obtendo a redenção eterna, enquanto os sacrifícios levíticos tinham apenas um efeito temporário.

Enquanto o sangue de animais era uma sombra da purificação verdadeira (Hebreus 9:13), o sangue de Cristo realiza a expiação real (Hebreus 9:14). Ao informar que Cristo morreu uma vez por todas (Hebreus 9:28), Hebreus mostra que Cristo corrigiu a limitação da antiga aliança.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

A NEGAÇÃO DA MORTE

 Devocional Diário - Descobertas da fé

27 de fevereiro

A NEGAÇÃO DA MORTE

Então a serpente disse à mulher: “É certo que vocês não morrerão.” Gênesis 3:4


O poeta Edmund Cooke escreveu: “Sabemos que não vamos viver eternamente, mas sempre temos a expectativa da vida.” De fato, a conexão com a vida é tão forte que ninguém pensa na própria inexistência. Mesmo que alguns conjecturem sobre sua morte, na realidade, não se veem como mortos, mas, sim, como vivos, em uma plateia qualquer, observando seu próprio funeral.

O devocional de hoje copia um título de Ernest Becker, que ganhou o Prêmio Pulitzer de 1974. O mais surpreendente desse livro é que, embora tenha sido escrito por um agnóstico não favorável ao cristianismo, ele se tornou uma das melhores sínteses da angústia humana diante da certeza da morte.

Partindo das ciências sociais, as conclusões do autor são interessantes, especialmente por virem de alguém que não possuía fé em Deus. Ele inicia questionando por que ansiamos por figuras imortais e autoridades celestiais. Sua conclusão é que nascemos com a necessidade de acreditar que sobreviveremos à morte e que somos especiais para o Universo.

Entretanto, alguns racionalistas tentaram persuadir as pessoas de que Deus não existe, que não há paraíso, redenção ou juízo. Por não suportar a realidade que trocava a fé pelo racionalismo, a sociedade começou a conceber meios pelos quais pudesse lidar com a ausência de Deus. Assim, criaram o “romance apocalíptico”, um mecanismo de defesa elaborado e simbólico contra o reconhecimento de nossa mortalidade.

Alguns dizem: “Já que estamos aqui por acidente e vamos morrer mesmo, o jeito é voltar-se para o sexo e o romance, a fim de buscar alguma experiência mística.” Isso explica a ênfase aos prazeres e ao hedonismo. Para outros, é preferível ficar dopado para suportar a realidade. Afinal, como disse o astrofísico agnóstico Neil Tyson, “o Universo é frio, caótico e não está nem aí para você”.

Realmente, a sociedade continua buscando novas “ilusões” que lhe permitam conviver com a certeza de que a serpente mentiu. Becker reconheceu a importância da fé nesse cenário, não por ser verdadeira, mas por ser necessária. Ele chegou perto, mas errou o alvo. Nossa fé não é uma anestesia contra a realidade; é a certeza de que a morte será vencida, não com a negação dela, mas com a redenção trazida por Jesus.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/A-negacao-da-morte/

Hebreus 8 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 8
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


HEBREUS 8 – Cristo hoje ministra na Nova Aliança, no Santuário Celestial, com um sacerdócio perfeito!

• Temos o Melhor Sacerdote, atuando no lugar mais elevado (Hebreus 8:1-2). Jesus não está num templo feito por mãos humanas. Ele está na sala do trono do Universo, ministrando diretamente diante de Deus. Por que, então, não buscar com Ele soluções para nossos problemas?

• O Santuário Celestial é real (Hebreus 8:3-5). O Santuário Terrestre era meramente cópia pálida do verdadeiro. Não podemos tornar verdadeiro o que era cópia nem tornar a cópia em verdadeiro. Nossa fé deve estar firmada em algo celestial, não em rituais e religiões vazias ou em sombras humanas.

• Estamos sob uma Nova Aliança (Hebreus 8:6-8). A antiga aliança falhou, não porque Deus errou, mas porque o povo falhou! Cristo agora estabelece uma aliança superior.

• Podemos ter o coração transformado (Hebreus 8:8-10). Regras externas não transformam internamente. Deus não quer meramente seguidores obedientes, Ele quer filhos transformados. A Lei, na Nova Aliança, não deve estar em tábuas de pedra, mas escrita em nosso coração.

• É possível ter relacionamento direto com Deus (Hebreus 8:11). Não precisamos de mediadores humanos! O conhecimento de Deus não é privilégio apenas de líderes religiosos – qualquer indivíduo pode conhecê-lO pessoalmente!

• O perdão completo apaga totalmente nosso passado (Hebreus 8:12). Deus não só nos perdoa – Ele esquece! Todavia, muitos continuam carregando culpas que Ele já jogou no mar do esquecimento.

• Deus já decretou: O velho sistema religioso já era: “Chamando ‘nova’ essa aliança, Ele tornou antiquada a primeira; e o que se torna antiquado e envelhecido está a ponto de desaparecer” (Hebreus 8:13).

Imagine que você está num escritório antigo, cheio de arquivos de papel. Numa gaveta específica, há uma pasta com seu nome, contendo registros detalhados de erros e falhas que você cometeu.

Entra um funcionário e diz:

– Esse sistema é antigo e ineficiente. Vamos substituir por algo melhor.

Ele retira sua pasta, a coloca em um triturador e, no lugar, insere um novo arquivo eletrônico. Esse novo sistema não apenas registra teu nome, mas também garante que seus erros sejam apagados imediatamente assim que você os confessa. Em vez de um arquivo contendo erros, agora há um registro limpo, constantemente atualizado por um Mediador que trabalha a seu favor!

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

CONHECIMENTO E INTIMIDADE

 Devocional Diário - Descobertas da fé

26 de fevereiro

CONHECIMENTO E INTIMIDADE

Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor! Oseias 6:3


O que significa conhecer a Deus? Seria o Altíssimo um objeto de estudo para que possamos conhecê-Lo? Um cristão com muitos anos de igreja conhece melhor a Deus do que um novato recém-convertido?

Essas questões são intrigantes, pois o conhecimento de Deus não é um curso que se pode classificar em iniciante, intermediário e avançado. O maior perigo, por exemplo, para um teólogo é achar que seu estudo o transforma em um especialista em Deus. Muitos caíram nesse erro. Um autor medieval chamado Evagrius Ponticus escreveu que a teologia era a forma mais elevada de conhecimento do Altíssimo, e outro apelidado de Pseudo-Dionísio ensinava que o Criador Se revelava no Céu pela hierarquia dos anjos e, na Terra, pela hierarquia da igreja.

A distinção entre teólogos e leigos chegou ao ponto de o primeiro ser chamado de “reverendo” – título que só compete a Deus. Seminários passaram a conferir títulos de doutor em divindade, como se Deus fosse uma ciência.

A necessidade de professores e líderes que guiem o povo na Palavra é um claro princípio bíblico. Também é importante que todos sejam bem instruídos na fé, e os mais novos se aconselhem com os mais experientes, sejam eles pastores ou leigos. No entanto, nenhum diploma, cargo ou anos de experiência garantem maior conhecimento de Deus. Para isso, é crucial manter um relacionamento diário com o Senhor.

Você pode saber tudo sobre uma pessoa famosa, estudar sua vida, conhecer suas músicas e até liderar o fã-clube dela. Nada disso, porém, lhe dará a autoridade para entrar livremente em sua casa e comer à sua mesa. Ser especialista em alguém não o torna íntimo dessa pessoa. O oposto também pode acontecer. Você pode ser “circunstancialmente” íntimo de uma pessoa e não ter comunhão com ela. Isso ocorre com muitos casais que compartilham a mesma casa, dividem a mesma cama, mas perderam a conexão há muito tempo. O segredo, portanto, é conhecer, relacionar-se e renovar diariamente o amor em relação ao outro.

Assim deve ser nosso conhecimento de Deus, lembrando ainda que, para conhecê-Lo, é imperativo que também amemos nosso irmão. Pois “quem não ama não conhece a Deus” (1Jo 4:8).

https://mais.cpb.com.br/meditacao/Conhecimento-e-intimidade/

Hebreus 7 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 7
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


HEBREUS 7 – Aqui encontramos poderosos fundamentos para a doutrina do Santuário, do Sacerdócio de Cristo e da Lei. Este texto estabelece a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o levítico, fundamentando o papel central da intercessão do Santuário Celestial, um ponto crucial do plano da redenção.

A referência a Melquisedeque recebendo dízimo de Abraão antes da existência da Lei levítica (Hebreus 7:1-10), demonstra que o dízimo é um princípio que transcende a dispensação mosaica. Portanto, a fidelidade do crente nos dízimos continua válida sob a Nova Aliança.

• Melquisedeque que não era levita, recebeu o dízimo.
• Jesus, como Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, é digno de receber a fidelidade de Seu povo.
• O princípio do dízimo é permanente e válido até o último dia do tempo do fim.

A mudança mencionada em Hebreus 7:11-22 não significa abolição da Lei moral. Jamais! Refere-se a uma transição do sistema levítico para o sacerdócio de Cristo. O contexto indica que a “mudança de lei” aponta para a lei cerimonial que regulava o sacerdócio levítico, pois o próprio Cristo não poderia ser sacerdote segundo a ordem de Arão – além de ter declarado que não viera “abolir a Lei” (Mateus 5:17).

Embora houve mudança quanto às leis levíticas (cerimoniais), o Decálogo continua em vigor sem alteração (conferir Hebreus 8:10).

O ministério de Cristo não terminou na cruz; ele continua no Céu, onde intercede pelos crentes sinceros (Hebreus 7:23-28). Isso se harmoniza com Hebreus 8:1-2, que descreve Cristo como ministro do verdadeiro tabernáculo, construído por Deus no Céu.

• Cristo é capaz de salvar definitivamente àqueles que se aproximam de Deus através dEle. Assim, nossa esperança não está em nossos méritos, mas em Sua graciosa intercessão incessante.

• Pelo fato de Cristo estar vivo para sempre – diferentemente dos sacerdotes terrenos que morriam –, não estamos desamparados. Jesus está constantemente ativo, disponível e pronto para interceder por mim e por ti agora mesmo.

• Jesus é “santo, inculpável, puro, separado dos pecadores e exaltado acima dos céus”, por isso pode ir além de nos perdoar, nos capacitando a viver uma vida pura.

• Enquanto a lei constituía sacerdotes imperfeitos, Deus estabeleceu Seu Filho como Sumo Sacerdote perfeito. Isso implica que não precisamos de mediadores humanos, pois podemos ir diretamente a Cristo.

Diante destas revelações... reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Hebreus 6 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


HEBREUS 6 – Como Deus não quer cristãos rasos na fé e superficiais no conhecimento bíblico, visto no final de Hebreus 5, Hebreus 6 continua a exortação, chamando os leitores à maturidade espiritual e alertando sobre o terrível perigo da apostasia.

Em Hebreus 6:1-3, somos incentivados a avançar na maturidade da fé, deixando os princípios elementares da doutrina para crescer no conhecimento de Cristo.

Em Hebreus 6:4-6, há uma fortíssima advertência contra a apostasia. O fato é: Aqueles que experimentaram as bênçãos do evangelho e caíram, “é impossível que sejam reconduzidos ao arrependimento, pois para si mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-O a desonra pública”. Isso significa que os que caem em rebeldia deliberada não podem ser restaurados se rejeitam a Cristo.

• Este texto expõe o livre-arbítrio, onde cada pessoa faz suas escolhas, tanto para o bem quanto para o mal.
• Em seu contexto, esse texto não nega a possibilidade de arrependimento, mas adverte contra o endurecimento do coração para a verdade de Cristo.

Em Hebreus 6:7-8, há uma ilustração do campo e do tipo de fruto que produz. Aqueles que permanecem fiéis produzem frutos para Deus; os que rejeitam a verdade produzem “espinhos e ervas daninhas” – estes enfrentarão o juízo.

Em Hebreus 6:9-12, há uma demonstração de confiança de que os leitores evidenciarão perseverança e fidelidade; a passagem incentiva-os a seguir o exemplo dos que herdam a promessa pela fé e paciência.

Após o forte apelo para o leitor não se tornar negligente, Hebreus 6:13-20 revela a certeza da promessa de Deus. Abraão é citado como exemplo de fé paciente. A promessa é garantida por dois aspectos imutáveis: O juramento divino e o caráter de Deus, que não pode mentir. Cristo, nosso precursor, entrou no Santuário Celestial como nosso Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, garantindo essa esperança eterna.

Hebreus 6 combina exortação e encorajamento. Deus nos quer crescendo exponencialmente no aspecto espiritual e nos oferece uma esperança firme em Cristo, que intercede por nós no Santuário Celestial.

• A intercessão de Cristo abre as portas do Céu para nós, mas nossa imaturidade espiritual pode fechá-las para nós mesmos!

• A imaturidade espiritual é incompatível com um Salvador que sofreu até a morte e venceu para prover uma grandiosa herança!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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COMO CONHECER A DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

25 de fevereiro

COMO CONHECER A DEUS

E a vida eterna é esta: que conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. João 17:3


O conhecimento de Deus envolve um paradoxo: Ele, por Sua imensidade, não pode ser conhecido, mas precisamos conhecê-Lo para sermos salvos. Jó pergunta retoricamente: “Será que você pode desvendar os mistérios de Deus ou descobrir a perfeição do Todo-Poderoso?” (Jó 11:7). O salmista acrescenta: “O Seu entendimento não se pode medir” (Sl 147:5).

Por outro lado, o que fazemos com João 17:3 e a declaração de Paulo de que devemos crescer “no conhecimento de Deus” (Cl 1:10)? A solução é relativamente simples: se o ser humano sozinho não pode conhecer a Deus, então Deus Se revela. Ele Se diminui para ficar ao nosso alcance. Veja três maneiras básicas de Deus Se revelar:

1. Natureza: O salmista descreve: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das Suas mãos” (Sl 19:1). Paulo também afirma: “Os atributos invisíveis de Deus, isto é, o Seu eterno poder e a Sua divindade, claramente se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez” (Rm 1:20).

2. Escrituras Sagradas: Se a natureza é a revelação geral de Deus, a Bíblia é a Sua revelação especial. Deus falou pelos profetas (Hb 1:1). A Bíblia é o referencial escrito do Seu caráter. Ela não esgota tudo sobre Deus, mas apresenta o essencial de Sua pessoa. Não é por inteligência que entendemos isso, mas por revelação do Espírito Santo.

3. Jesus Cristo: A encarnação de Cristo foi a revelação máxima de Deus. Jesus disse: “Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar” (Mt 11:27). Jesus é o retrato fiel de Deus, a melhor demonstração de quem Ele seria. Por isso, afirmou: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10:30), e “quem vê a Mim vê o Pai” (14:9).

Entretanto, não basta conhecer a Deus teoricamente. É preciso se relacionar com Ele. No pensamento bíblico, “conhecer” envolve mais do que saber fatos. Não é algo que se alcança apenas por meio da leitura de um livro ou uma pesquisa. Embora essas coisas tenham seu valor, o verdadeiro conhecimento de Deus vem através de um relacionamento pessoal e amoroso com Ele. Você sente que realmente conhece a Deus?

https://mais.cpb.com.br/meditacao/Como-conhecer-a-Deus-2/

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

JESUS OU PITÁGORAS? – PARTE 2

 Devocional Diário - Descobertas da fé

24 de fevereiro

JESUS OU PITÁGORAS? – PARTE 2

Porque a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte do que a força humana. 1 Coríntios 1:25


O que muitos lembram sobre Pitágoras é o famoso teorema que leva seu nome: “Em um triângulo retângulo, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.” Muitos podem não gostar desse conceito, mas sem ele não teríamos os cálculos básicos da construção civil nem a evolução da geometria. Sem o teorema, seria impossível construir um prédio ou planejar uma malha viária que acomodasse tantos carros em São Paulo. Assim, Pitágoras está mais presente no cotidiano do que imaginamos.

Como vimos, o problema é que não sabemos ao certo se ele foi o criador desse teorema. E como os céticos lidam com isso? O escritor Marcelo Gleiser, autor do livro A Dança do Universo, tenta amenizar a questão, admitindo que Pitágoras poderia até ser uma lenda e mesmo assim continuaria grandioso. Para Gleiser, o poder de um mito não está em ser falso ou verdadeiro, mas em ser efetivo. Ou seja, não é tão importante se foi ou não Pitágoras o autor dessa relação entre números e natureza. O mito inspirou grandes pensadores, de Copérnico e Kepler a Newton e Einstein. Nisso está sua grandeza.

Ora, se for assim, o evangelho, que não tem nada de mitológico, seria ainda maior, pois influenciou mais gente que Pitágoras. Quantos na história deram a vida por sua interpretação do teorema? Já o evangelho inspirou milhares de mártires por Cristo. Dizer a um criminoso que Jesus pode salvá-lo tem mais poder do que ensinar-lhe que a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa. Claro que a educação faz evoluir a sociedade, mas só o evangelho tem o poder de transformá-la. Jesus não quer fazer de você um cidadão melhorado; Ele quer torná-lo uma nova criatura.

Quantos abandonaram o crime ao se tornarem matemáticos, e quantos o fizeram ao se tornarem cristãos? E não é apenas nisso que reside a singularidade do evangelho. Se Pitágoras for um mito, nada muda, pois a matemática pode existir sem ele. Já o cristianismo jamais existiria à parte da figura histórica de Jesus. O teorema sobrevive sem Pitágoras, mas o evangelho é nada sem Cristo. Nossa fé não se sustenta no aprendizado de um teorema, mas no relacionamento com o Filho de Deus.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/Jesus-ou-Pitagoras-parte-2/

Hebreus 5 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


HEBREUS 5 – Cristo é o verdadeiro Sumo Sacerdote, superior a qualquer dos homens que assumiram essa função no Santuário/Templo terrestre.

Hebreus 5:1-4 – Demonstra que o sumo sacerdote humano era escolhido entre os homens para representar o povo perante Deus, oferecendo sacrifícios pelos pecados. Ele precisava ser compassivo, pois era sujeito à fraquezas. O sacerdócio não era uma função autoproclamada, mas um chamado divino, como aconteceu com Arão.

Hebreus 5:5-6 – Cristo não Se autoproclamou sumo sacerdote; Ele foi designado por Deus, como indicado no Salmo 2:7 e 110:4. Jesus é da ordem de Melquisedeque, um sacerdócio eterno e superior ao levítico.

Hebreus 5:7-8 – Os dias de orações e súplicas, “em alta voz e com lágrimas” referem-se à angústia de Jesus no Getsêmani. Ele aprendeu a obediência por meio do sofrimento – não que Jesus era desobediente, mas que experimentou a plena realidade da obediência da perspectiva humana sob sofrimento extremo.

Hebreus 5:9-10 – Cristo, tornando-Se “perfeito” (ou completo em Sua missão), tornou-Se a fonte de salvação eterna para os que O obedecem. Ele foi designado Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, superior ao sacerdócio levítico.

Nos últimos versículos, Hebreus 5 muda para uma exortação. Os leitores tinham se tornado “lentos para aprender” (v. 11), ou seja, estavam espiritualmente imaturos. Eles ainda precisavam do “leite” da doutrina básica, pois não estavam prontos para o “alimento sólido” da verdade mais profunda (v. 12).

• Os adultos espirituais “têm experiência no ensino da justiça” (v. 13), eles desenvolvem discernimento espiritual (v. 14).
• O crescimento espiritual ocorre somente pelo “exercício constante” da Palavra de Deus, que treina a mente “para discernir tanto o bem quanto o mal” (v. 14).

O fato de Cristo ser nosso Sumo Sacerdote e intercede por nós no Santuário Celestial é um incentivo para amadurecermos na fé. Então, reflita:

• Você não foi chamado para viver de “leite espiritual” quando Cristo oferece o banquete da verdade.
• Quem não cresce na fé, corre sério risco de morrer espiritualmente.
• Sem profundidade na Palavra de Deus, você nunca discernirá entre o certo e o errado corretamente.
• Se Cristo intercede por você no Céu, por que tua fé precisa estar rastejando na Terra?

Enfim, Hebreus mostra-nos que Deus quer discípulos maduros, não amadores espirituais, rasos na fé e superficiais no conhecimento bíblico... – Heber Toth Armí.

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domingo, 23 de fevereiro de 2025

JESUS OU PITÁGORAS? – PARTE 1

 Devocional Diário - Descobertas da fé

23 de fevereiro

JESUS OU PITÁGORAS? – PARTE 1

Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, ela é poder de Deus. 1 Coríntios 1:18


Certa vez, o matemático ateu Bertrand Russell, um crítico ácido do cristianismo, afirmou que deveríamos parar de perder tempo com Jesus e nos dedicarmos mais a Pitágoras, considerado por ele como o homem mais inteligente da história. Russell dizia que Jesus era um mito, enquanto Pitágoras era real.

Segundo Russell, apenas pessoas ingênuas continuariam a acreditar na lenda do Carpinteiro que salva, enquanto as mentes elevadas deveriam reconhecer Pitágoras como pai da ciência, o fundador da matemática e pilar da cultura ocidental.

Essa declaração, feita por alguém que havia recebido o Prêmio Nobel de Literatura, tinha grande peso. O tratado de Russell, Principia Mathematica, era uma obra monumental sobre os fundamentos da lógica, mostrando, sem dúvida, sua mente brilhante. A retórica de Russell parecia incontestável.

No entanto, o mais estranho é que qualquer aluno de filosofia sabe que Pitágoras é uma figura incerta em termos históricos. Embora suas ideias estejam bem documentadas, não existem relatos contemporâneos que confirmem sua biografia. O que temos são relatos tardios e fantasiosos.

Pitágoras pode até ser lembrado como matemático, filósofo e idealizador do teorema que leva seu nome. Contudo, na antiguidade, era mais conhecido como líder de uma seita mística, obcecado por numerologia, transmigração de almas e vegetarianismo, embora odiasse legumes. O regime alimentar que ensinava não tinha nada a ver com um estilo de vida saudável. Pitágoras acreditava que seres humanos poderiam renascer como animais. Logo, quem comesse carne estaria devorando alguém reencarnado. Seria isso superior aos ensinos de Cristo? Jamais.

Então, por que Russell enaltecia tanto Pitágoras, quando há mais provas históricas sobre Jesus? Não se sabe ao certo, mas talvez um pensamento de G. K. Chesterton forneça a resposta: “Não há problema em não acreditar em Deus; o problema é que quem deixa de acreditar em Deus começa a acreditar em qualquer bobagem” (citado em The Monstrosity of Christ, p. 87). De fato, a cada dia, convenço-me mais de que erudição e sabedoria não são sinônimos perfeitos. Portanto, cuidado com os gênios deste mundo.

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Hebreus 4 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


HEBREUS 4 – Três aspectos destacam-se neste capítulo:

1. O descanso sabático como antecipação do descanso escatológico: Hebreus 4:1-11 não apenas reafirma a validade do sábado, mas também o conecta ao descanso final dos redimidos. Desta forma, o sábado semanal vai além de um mero memorial da criação (Gênesis 2:1-3; Êxodo 20:8-11); pois é um sinal profético do descanso escatológico (Isaías 66:22-23).

• O sétimo dia, divinamente separado, é uma amostra do descanso eterno que será concedido aos fiéis na Nova Terra; acreditar nisso motiva o cristão a guardar o sábado neste mundo. Assim, observar o quarto mandamento da Lei divina é um sinal de lealdade exclusiva a Deus no tempo do fim (Apocalipse 14:7, 12).

2. A relação entre a fé e a entrada do descanso prometido: Hebreus 4:2-4 menciona que Israel não pôde entrar no descanso de Deus por causa da incredulidade; assim como os israelitas perderam a entrada na Terra Prometida por falta de fé, aqueles que rejeitam a graça de Cristo hoje também perderão o descanso final no Reino de Deus.

• A entrada no descanso escatológico depende da perseverança na fé e da obediência à vontade de Deus. Precisamos fugir dos erros dos israelitas do passado.

3. O papel de Cristo como Sumo Sacerdote na experiência final do crente fiel: Hebreus 4:14-16 destaca que Cristo é nosso Sumo Sacerdote, que atua no Santuário Celestial, onde realiza a obra de intercessão e de juízo antes de Seu retorno (Daniel 8:14; Apocalipse 14:6-7). Por isso, os crentes são convidados a se aproximarem do trono da graça antes que chegue o descanso escatológico, o qual será plenamente realizado quando Cristo concluir Sua obra sacerdotal e retornar para buscar os Seus.

• É a intercessão de Cristo no Santuário Celestial que garante a entrada no descanso prometido, revelado em Sua Palavra.

Hebreus 4:12-13 merecem atenção! Ali há uma verdade inescapável: A Palavra de Deus não é um mero conjunto de letras, mas uma força ativa que julga pensamentos, intensões e expõe o íntimo do ser humano. Ela é poderosa: desnuda a alma – nenhuma máscara religiosa, nenhuma fachada de piedade resistirá diante da inspeção divina!

Antes de adentrarmos o descanso escatológico prometido, seremos provados pela Palavra: Serão separados os cristãos verdadeiros dos falsos cristãos e dos incrédulos...

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sábado, 22 de fevereiro de 2025

O PODER DA MANSIDÃO

 Devocional Diário - Descobertas da fé

22 de fevereiro

O PODER DA MANSIDÃO

Tomem sobre vocês o Meu jugo e aprendam de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma. Mateus 11:29


Em uma época em que não existiam maquinários de colheita, o jugo era uma peça fundamental no campo. Trata-se de uma ferramenta usada na cabeça de dois animais com a finalidade de emparelhá-los durante o arado. No Brasil, especialmente no Nordeste, é conhecido como “canga”, enquanto em Portugal é chamado de “parelha”. Há também o termo “cangalho”, que se refere às madeiras da canga que se ajustam ao pescoço do animal, ou seja, no seu “cangote”, que significa nuca.

Os rabinos usavam a metáfora do jugo para se referir à lei judaica ou às escolas rabínicas. Em ambos os casos, a figura de linguagem denotava algo pesado que deveria manter as pessoas sob controle. Uma citação datada de 200 anos a.C. fala sobre a busca pela sabedoria, e soa semelhante tanto aos ensinamentos de Cristo quanto a Provérbios 2 a 4: “Aproximai-vos de mim, ignorantes, entrai para a escola. Por que pretendeis vos privar destas coisas, quando vossa garganta está sedenta? Abro a boca para falar: comprai-a [a sabedoria] sem dinheiro, colocai o vosso pescoço sob o jugo, recebam vossas almas a instrução […]. Vede com os vossos olhos: como estou pouco cansado para conseguir tanto repouso” (Eclesiástico 51:23-27).

Jesus oferece um jugo suave. Então manda que aprendam Seu exemplo, pois é manso e humilde de coração. A palavra “manso” no original é praus. Nas antigas fontes gregas, esse termo era usado para se referir a medicamentos que traziam calma ao aflito e ânimo ao desanimado, algo parecido com um calmante e um estimulante medicinal. Dessa forma, Jesus acalma os agitados e desperta os sonolentos. O “manso”, nesse sentido, não é um covarde; ele pode até ficar irado, mas controla sua raiva e acalma aqueles que estão ao seu redor.

Jesus também é humilde de coração. Humildade, como disse um professor que tive, não é a menina bonita dizendo que é feia, ou o rapaz inteligente dizendo que é tolo; é admitir os dons que Deus lhe deu e usá-los para o bem. Se quero ensinar, devo aprender humildemente a servir e mansamente a consolar, exatamente como fez o nosso Senhor.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-poder-da-mansidao/

Hebreus 3 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

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HEBREUS 3 – Até aqui entendemos que temos um Salvador que não apenas pagou com sacrifício e vida o preço de nossa redenção, mas continua cuidando de nós até o fim.

Por ser Criador do Universo, Jesus é superior aos honrados anjos do Céu, como revelado nos dois capítulos anteriores. Hebreus 3 nos mostra que Jesus é superior a Moisés – o primeiro escritor da revelação de Deus e o maior líder que Israel conheceu.

“Se Cristo deve substituir o sacerdócio de Arão, instituído por Moisés, Ele deve ser superior a Moisés, ou não teria o poder de revogar o que Moisés tinha instituído. Portanto, Cristo é apresentado como Deus” (CBASD).

Jesus estava simbolizado em todos os ritos cerimoniais do Santuário Terrestre. Com Sua vinda ao mundo, essas cerimônias perderam sua função e por isso deveriam ser descartadas. “Era preciso descartar os ritos e cerimônias que apontavam para o Cristo por vir, e substituí-los por outros que demonstrassem fé em um Cristo que havia chegado. Permitir que o crente em Deus fizesse isso exigiria novas revelações do Céu”. Por isso, “a epístola inicia diretamente uma discussão doutrinária [Hebreus 1:1-3] sem as habituais saudações de abertura” (Idem).

• Diante disso, é imprescindível que nossa fé precisa estar ancorada não em Moisés, mas em Jesus, o apóstolo e sumo sacerdote que confessamos. Esse é um chamado celestial (Hebreus 3:1).

• Moisés foi fiel como servo, mas Jesus é superior a Moisés na casa de Deus. A casa de Deus agora somos nós, desde que permaneçamos firmes na confiança e esperança em Cristo (Hebreus 3:2-6).

• A geração do Êxodo, liderada por Moisés, não entrou no descanso divino devido à dureza de coração e incredulidade. O Espírito Santo nos alerta a não repetir esse erro; temos de ouvir a voz de Deus a responder positivamente enquanto temos oportunidade (Hebreus 3:7-11).

• A fé perseverante é evidenciada por um compromisso sério com Cristo e pela exortação mútua entre os crentes. Precisamos de vigilância espiritual (Hebreus 3:12-14).

• A verdadeira obediência nasce da fé – sem fé, não podemos experimentar as promessas divinas. Assim como os israelitas duvidaram e ficaram fora da Terra Prometida, a incredulidade nos impede de desfrutar do descanso de Deus (Hebreus 3:15-19).

Através desse texto, somos chamados à fidelidade na jornada cristã! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O QUE DEUS NÃO PODE FAZER

Devocional Diário - Descobertas da fé


21 de fevereiro

O QUE DEUS NÃO PODE FAZER

Por acaso, existe algo demasiadamente difícil para o Senhor? Gênesis 18:14


O texto bíblico de hoje remete à gravidez miraculosa de Sara, que provocou risos e uma gentil repreensão por parte de Deus. Uma frase semelhante foi dita pelo anjo a Maria, novamente num contexto de gestações impossíveis – a dela por ser virgem e a de Isabel por ser idosa (Lc 1:37). A teologia chama esses atos de onipotência divina, mas o que significa chamar Deus de onipotente?

Muitos pensam, equivocadamente, que ser onipotente significa que Deus pode fazer qualquer coisa indistintamente. Sendo assim, alguns ateus desafiam o pensamento cristão questionando com ironia: “Poderia Deus criar uma pedra que nem Ele mesmo pudesse carregar?” Os filósofos chamam isso de o paradoxo da onipotência.

A pergunta é capciosa. Se Deus puder criar tal pedra, deixará de ser onipotente, pois haverá algo que efetivamente não poderá fazer. Se não puder criá-la, também deixa de ser onipotente, pois existe algo que Ele não pode realizar. Como resolver esse dilema?

De fato, as Escrituras dizem em várias passagens que Deus é todo-poderoso (cf. Jó 42:2; Mt 19:26; Ap 19:6). Mas note que a mesma Bíblia traz uma lista de coisas que Deus simplesmente não pode fazer. Ele não pode mentir (Tt 1:2), quebrar uma promessa (Hb 6:17), negar-Se a Si mesmo (2Tm 2:13),macular Seu próprio nome nem dar Sua glória para outrem (Is 48:11), duelar com Seu caráter (Ml 3:6) nem ser tentado pelo mal (Tg 1:13).

Assim, entendemos que onipotência não é sinônimo de “vale tudo”. Se o fosse, então estaríamos dizendo que Deus seria capaz de existir e não existir ao mesmo tempo, significando que tanto o ateísmo quanto a fé estariam certos. Um Deus que criasse a terceira margem de um rio ou estabelecesse a quadratura de um círculo não seria onipotente, seria ilógico.

Deus é capaz de fazer qualquer coisa que esteja em acordo com Sua natureza e Seu caráter. Ele é, antes de tudo, essencialmente coerente Consigo mesmo. É por essa coerência e pelo amor que tem por nós que Deus preferiu arcar com as consequências da queda humana, quando poderia dar um jeitinho onipotente criando outro casal ou fingindo que essa realidade nunca existiu. Ele ama você, e isso é algo que não pode ser mudado.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-que-Deus-nao-pode-fazer/

Hebreus 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


.HEBREUS 2 – Este capítulo aprofunda o que foi apresentado anteriormente, enfatizando tanto a divindade quanto a humanidade de Jesus. Ele destaca a supremacia de Cristo, Sua humilhação ao tornar-Se homem, Sua vitória sobre o pecado e a morte, e Seu papel sacerdotal aos que são tentados.

Em Hebreus 2:1-4, somos advertidos a não negligenciar a salvação provida por Cristo, cuja mensagem foi confirmada por sinais, milagres e dons do Espírito Santo. Essa exortação só faz sentido se Cristo for realmente Deus e o Revelador supremo, conforme Hebreus 1:1-3.

Hebreus 2:5 afirma que o mundo vindouro não foi sujeito aos anjos, mas ao Filho/Jesus. Cristo sempre teve soberania sobre toda criação. Ele...

• Criou e governa todas as coisas (Hebreus 1:2-3).
• Recebeu autoridade sobre o futuro, onde reinará plenamente após destruir o pecado (Hebreus 2:5).
• É superior aos anjos, mesmo tendo escolhido tornar-Se temporariamente menor que eles (Hebreus 2:9).

Cristo, antes da encarnação, era Deus eterno, Criador e sustentador do Universo, mas por amor à humanidade escolheu assumir nossa natureza para cumprir o plano da redenção.

Hebreus 2:9-1 é essencial. Aqui temos verdades profundas sobre a encarnação e o sacrifício de Cristo:

• Feito menor que os anjos – Jesus assumiu uma posição humilde, tornando-Se verdadeiramente homem para poder morrer por nós.
• Sofreu a morte – Sua morte foi substitutiva, abrangendo toda a humanidade.
• Foi aperfeiçoado mediante o sofrimento – Moralmente, Ele não precisava ser aperfeiçoado; porém, ao experimentar o sofrimento tornou-Se um Salvador plenamente qualificado para nós.

Hebreus 2:14-15 explicam que Cristo veio para destruir o Império do Diabo e libertar quem estava sujeito ao medo da morte. Sem medir esforços, Jesus entrou em batalha, enfrentou o imperador maquiavélico, e venceu!

Após Sua vitória sobre o pecado, o diabo e a morte, Cristo não apenas voltou à glória, mas assumiu um novo papel: O de Sumo Sacerdote no Santuário Celestial (Hebreus 2:16-18). Este trecho revela que Cristo...

• ...intercede por nós como nosso Sumo Sacerdote.
• ...entende nossas fraquezas, pois experimentou o sofrimento e a tentação.
• ...socorre os tentados, oferecendo graça e força para vencer o pecado.
• ...fez propiciação pelos pecados, aplicando os méritos de Seu sacrifício em nosso favor.

Ao compreender o ministério de Cristo, somos motivados a confiar nEle, rejeitar a negligência espiritual e permanecer fiéis apesar dos desafios! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

A MÚMIA DE MOISÉS

Devocional Diário - Descobertas da fé


20 de fevereiro

A MÚMIA DE MOISÉS

Pela fé, Moisés, sendo homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado. Hebreus 11:24, 25

Em 2021, o mundo parou para ver um exótico desfile de múmias no Egito, levadas para o Novo Museu do Cairo. Sempre recomendo aos visitantes que conheçam antecipadamente a identidade dessas múmias e sua relação com a Bíblia.

No museu, é possível ver praticamente todos os membros da família real que participaram dos eventos relacionados ao Êxodo: Ahmose, o faraó que não conheceu José; Hatshepsut, a provável mãe adotiva de Moisés; e Tutmose III, que perseguiu o povo até chegar ao Mar Vermelho. Todos são membros da 18a dinastia.

A identificação é hipotética, pois a Bíblia não menciona o nome deles, embora haja muitas evidências nessa direção. O próprio nome de Moisés, que em egípcio seria Mose, é muito semelhante aos títulos faraônicos dessa família, que combinam o nome de um deus ao nascimento do rei. Ahmose significa “nascido de Ah”, o deus da lua, e Tutmose, “nascido de Tut”, o deus escriba.

Moisés, ou Mose, seria “nascido de”, mas de quem? Falta o complemento divino. Considerando que seu nome foi dado por ter sido tirado das águas (Êx 2:10), supõe-se que seu nome original fosse Hapimose, sendo Hapi o nome sagrado do rio Nilo. Assim, ao descobrir sua origem hebreia, Hapimose teria abandonado o prenome Hapi, ficando apenas com Mose ou Moisés.

Embora seja uma hipótese, uma coisa é certa: se Moisés houvesse escolhido o trono do Egito, não teria cumprido o chamado de Deus, e hoje veríamos sua múmia no museu do Cairo. Mas ele trocou o trono pelo deserto, o cetro pelo cajado, o palácio pela tenda. Guiou um povo rebelde e teve sua paciência testada.

Como vimos anteriormente, em um momento de fraqueza, desobedeceu a Deus e, por isso, não entrou em Canaã. Aceitou a disciplina e morreu no monte Nebo. Deus, contudo, não Se esqueceu dele. Sua ressurreição foi antecipada, e hoje ele desfruta da gloriosa presença de Deus, que só teremos na volta de Cristo.

As perdas por amor do Reino podem não fazer sentido aos olhos mortais, mas a história do libertador hebreu comprova que, ao lado de Deus, até o aparente prejuízo é lucro.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/a-mumia-de-Moises/

Hebreus 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Hebreus 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


.HEBREUS 1 – É essencial que compreendamos Quem É realmente Cristo e Sua obra. Este capítulo provê um vislumbre profundo sobre Sua identidade, missão e posição no Universo, desde a eternidade passada até Sua obra presente no Santuário Celestial.

Cristo existia antes da Criação: Ele é o agente criador (Colossenses 1:15-17; João 1:1-3). Ele é chamado de:

• Filho (Hebreus 1:2, 5), mas não é no sentido de ser criatura, ou gerado em algum tempo remoto; refere-se ao relacionamento eterno com Deus Pai.

• Resplendor da glória de Deus e expressão exata do Seu Ser (Hebreus 1:3), indicando Sua plena divindade (Colossenses 2:9).

• Sustentador do Universo “por Sua palavra poderosa” (Hebreus 1:3), mostrando que Ele criou e tem poder para manter Sua criação.

Antes da cruz, Jesus era Deus, estava ao lado do Pai e exercia autoridade divina; e, voluntariamente escolheu Se esvaziar e vir nascer como ser humano neste mundo (Filipenses 2:6-8).

O Divino e Eterno Filho de Deus tornou-Se o Redentor e Purificador do mundo. Hebreus 1:3 ainda informa que Cristo realizou a purificação dos pecados; isso aponta para Sua obra expiatória na cruz; onde Ele:

• Tomou sobre Si os pecados da humanidade (Isaías 53:4-6).
• Morreu como Cordeiro de Deus, oferecendo-Se em sacrifício perfeito (João 1:29).
• Realizou a obra de redenção, como prefigurado no Santuário Terrestre (Hebreus 9:12-14).

A cruz não diminuiu a divindade de Jesus; na verdade, revelou Seu amor e justiça que é a essência do caráter divino. Como Deus-homem, Ele sofreu e pagou o preço do pecado com Sua morte; contudo, Sua vitória foi completa: Ele ressuscitou e ascendeu poderosamente ao Céu (Hebreus 1:3).

Após a cruz, Jesus foi exaltado e iniciou Seu ministério por nós no Santuário Celestial. Hebreus 1:4-14 reforça que:

• Cristo é superior aos anjos, pois Ele é o Filho eterno e recebeu adoração celestial (vs. 4-7, 14).
• Cristo reina com cetro de justiça, cumprindo a promessa messiânica (vs. 8-9).
• Cristo é imutável, ou seja, permanece o mesmo Deus que criou todas as coisas (vs. 10-12).
• Cristo reina até que todos os inimigos sejam derrotados (v. 13).

Cristo é Eterno, Criador, Sustentador, Redentor, Sumo Sacerdote e Rei. Desde a eternidade passada, passando pela cruz e até Sua obra atual no Santuário Celestial, Ele é o centro de tudo!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

RESPONSABILIDADE

 Devocional Diário - Descobertas da fé

19 de fevereiro

RESPONSABILIDADE

Assim Moisés, servo do Senhor, morreu ali, na terra de Moabe, segundo a palavra do Senhor. Deuteronômio 34:5

O versículo de hoje fala de Moisés, que, antes de morrer, viu a Terra Prometida, mas não entrou nela. “Então Moisés subiu das campinas de Moabe ao monte Nebo […]. E o Senhor lhe mostrou toda a terra […]. E o Senhor disse a Moisés: ‘Esta é a terra que, sob juramento, prometi a Abraão, a Isaque e a Jacó […]. Estou permitindo que você a veja com os seus próprios olhos, mas você não entrará nela” (Dt 34:1-4).

Eu já visitei o monte Nebo várias vezes e, com o tempo limpo, consegui avistar de longe as regiões descritas nessa passagem. Até mesmo o brilho de alguns prédios em Jerusalém pude ver. Mas por que Deus não permitiu que Moisés entrasse na Terra Prometida, após tantos desafios?

A razão é explicada em Deuteronômio 32:51: “Porque vocês foram infiéis a Mim no meio dos filhos de Israel, nas águas de Meribá.” O episódio em questão é descrito em Números 20:8 a 11. Lá é mencionado que Moisés não cumpriu ao pé da letra o que Deus tinha ordenado. Quando o povo pediu água, ele bateu com raiva na rocha, enquanto Deus havia instruído que apenas falasse a ela.

Talvez você pergunte: Que Deus é esse que não tolera um equívoco tão pequeno? A resposta está na posição que Moisés ocupava. Se um supervisor de aeroporto encontrar um faxineiro dormindo, provavelmente lhe dará uma bronca, mas, se observar um controlador de voo cochilando sobre o computador, certamente lhe dará demissão sumária. Qual é a diferença, se o erro de ambos foi apenas um cochilo? É que o sono do primeiro pode resultar em um banheiro sujo, enquanto o do segundo pode causar uma tragédia aeronáutica.

Ser um líder é um privilégio, mas também uma grande responsabilidade. Seus erros podem afetar a vida de muitos. E, para que ninguém pense que essa advertência é só para as autoridades constituídas, lembre-se de que todos somos líderes em algum canto deste mundo. Pode ser em casa perante os filhos ou no quarto onde dormimos. As consequências de nossas ações são proporcionais às bênçãos que recebemos de Deus, e Ele pedirá contas disso. Como você tem exercido suas responsabilidades diante do Senhor?

https://mais.cpb.com.br/meditacao/responsabilidade-3/

Filemom Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Filemom
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


FILEMOM – Imagine a força transformadora do evangelho que, ao alcançar um coração outrora marcado pela escravidão e fuga, não apenas redireciona seu caminho, mas também desafia as barreiras sociais, convidando ao perdão, à reconciliação e a nova identidade em Cristo – é exatamente essa a poderosa realidade que encontramos na história de Onésimo e na sábia intervenção do apóstolo Paulo.

“Foi quando estava na prisão que Paulo parece ter anunciado o evangelho a Onésimo e o conduzido a Cristo. Posteriormente, Onésimo serviu a Paulo com dedicação durante seu encarceramento, e os dois estabeleceram um forte vínculo cristão (v. 10-11, 16). Contudo, a menos que Onésimo desejasse passar o resto da vida como fugitivo, sua situação tinha de ser resolvida legalmente. A lei romana fornecia a Paulo três resoluções possíveis: (1) ele poderia fazer com que Onésimo fosse vendido a um novo senhor, e o produto da venda seria devolvido a Filemom; (2) providenciar para que Onésimo encontrasse refúgio em um templo até que fosse vendido a outro senhor ou comprar sua própria liberdade; e, por último, (3) intervir junto a Filemom para corrigir a situação e reconciliar os dois. Paulo optou pela última alternativa, mas chegou a pedir a Filemom que concedesse liberdade a Onésimo e o recebesse como irmão igual em Cristo (v. 16)” (Delbert W. Baker).

O evangelho não apenas transforma indivíduos, mas redefine completamente as relações humanas, rompendo cadeias invisíveis de preconceito e desigualdade, para edificar uma comunidade fundamentada no amor, na graça e na reconciliação.

“O livro de Filemom é curto, mas transformador. Seu tema principal é o perdão obtido por meio do trabalho de um mediador. Este perdão resulta em reconciliação amorosa, unidade cristã e aceitação da igualdade de todos os crentes. Esse relato apaixonado e persuasivo fornece um exemplo vivo do poder do evangelho para transcender normas e preconceitos culturais e sociais inadequados. Esse livro fornece um roteiro fundamental para as relações interpessoais cristãs na igreja e na sociedade. Sua plena implementação na igreja vai defini-la como uma comunidade de crentes livres de desigualdades sociais e raciais, que são incompatíveis com o evangelho de Jesus Cristo”, analisa Baker.

O evangelho não apenas nos liberta do passado, mas orienta-nos a construir um futuro de reconciliação, restauração e amor.

Então, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

A INVENÇÃO DO ALFABETO

 Devocional Diário - Descobertas da fé

18 de fevereiro

A INVENÇÃO DO ALFABETO

E Moisés foi educado em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e obras. Atos 7:22


A escrita foi inventada pelos sumérios por volta de 3200 a.C. No começo, os escribas usavam centenas de sinais complexos para reproduzir sons, ideias ou ações. Primeiramente, surgiu o cuneiforme da Mesopotâmia e, depois, os hieróglifos do Egito.

O alfabeto só veio 1.400 anos após a invenção da escrita. Antes disso, os sinais gráficos eram predominantemente silábicos. Por exemplo, em sumeriano, a expressão “cesto de junco” era escrita com dois sinais que se liam gir-gu. Se estivéssemos falando de um “grande cesto de junco”, teríamos gir-gu-da. E assim por diante.

A invenção do alfabeto não se deve aos fenícios nem à elite cultural, mas, sim, aos operários que escavavam minas de cobre e turquesa na península do Sinai. Por serem iletrados e não conseguirem escrever na complexa forma dos faraós, eles simplificaram o processo, inventando um conjunto de sinais, que se tornaria a forma mais primitiva do que hoje chamamos de alfabeto.

Todos os alfabetos do mundo (latino, árabe, russo, siríaco, grego e até mesmo hebraico) derivam daquele inventado no Sinai. A falta de domínio das grafias, combinada com uma vida distante do mundo cultural antigo, libertou aqueles homens do convencional, possibilitando um jeito novo de escrita.

Por serem de Canaã, não só simplificaram o processo, como também possibilitaram que dialetos locais tivessem uma versão escrita. Aqui entra Moisés. Em sua fuga para o deserto, a península do Sinai fez parte de sua rota e se tornou sua morada enquanto pastoreava ovelhas no Horebe.

Moisés provavelmente tenha entrado em contato com a escrita do Sinai e a utilizou para escrever os livros ordenados por Deus. Veja a providência divina. As demais formas de escrita, cuneiforme e hieroglífica, com o tempo caíram em desuso, e ninguém mais conseguia ler seu conteúdo.

Somente no século 19, Henry Rawlinson e François Champollion conseguiram decifrar os antigos códigos, possibilitando a leitura. Se Moisés não tivesse adotado esse jeito simples e novo de escrita, preferindo o que aprendera nas escolas do Egito, teríamos que esperar até 1822 – ano em que Champollion decifrou os hieróglifos – para ler qualquer sentença do livro do Gênesis. Como é bom ver Deus agindo na história!

https://mais.cpb.com.br/meditacao/a-invencao-do-alfabeto/

Tito 3 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Tito 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


TITO 3 – O cristão verdadeiro tem um estilo de vida próprio; e isso, os líderes espirituais devem deixar claro através de ensinos, orientações, exortações e disciplinas.

Comentando Tito 3, David Dockery salientou: “É importante observar que o ensino cristão nos primórdios não estava limitado ao meio de salvação, mas incluía exortações quanto às implicações práticas para a vida diária (veja Rm 13:1-7; 1Pe 2:13-17)”.

Tito 3 aborda uma variedade de temas importantes para a vida cristã e a liderança da igreja. Considere com atenção e oração:

• O cristão e a submissão às autoridades: Paulo exorta Tito a orientar os crentes a serem submissos aos governantes e autoridades, obedecendo as leis e cumprindo seus deveres cívicos (Tito 3:1). Tal submissão, todavia, não é incondicional; deve ser guiada pelos princípios bíblicos e a consciência cristã.

• O cristão e a conduta cristã: Paulo enfatiza a importância de uma conduta cristã exemplar, caracterizada pela bondade, mansidão, paciência e amabilidade para com todos (Tito 3:1-3). Somos chamados e evitar a maledicência, a contenda e qualquer comportamento que prejudique o avanço da missão.

• O cristão e a justificação: Os crentes devem ser lembrados que foram justificados pela graça divina, não pelas próprias obras (Tito 3:4-7). Essa justificação é um presente de Deus, baseada na fé em Jesus, que capacita os conversos a viverem de forma justa e piedosa.

• O cristão e as boas obras: Embora a salvação seja pela graça, os crentes são chamados a praticar os frutos da fé e gratidão a Deus (Tito 3:8, 14). As boas obras testemunham do amor e da transformação que o evangelho opera em nossa existência.

• O cristão e aos falsos ensinamentos: Paulo adverte contra os ensinamentos e genealogias inúteis, que só geram discussões e não edificam a fé (Tito 3:9-11). Ele ordena que o líder evite pessoas briguentas e sectárias, que promovem heresias e desviam-se da verdade.

• O cristão e a disciplina eclesiástica: É essencial aplicar disciplina na igreja, especialmente aos que causam transtornos na igreja (Tito 3:10). O líder deve admoestar os indisciplinados, se não se arrependerem, devem ser afastados da comunidade.

Evidentemente, é importante que o líder espiritual cumpra suas responsabilidades na igreja local. Os crentes devem ser exortados, os falsos ensinos combatidos e a disciplina aplicada quando necessária!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

DESUMANIZANDO PESSOA

Devocional Diário - Descobertas da fé


17 de fevereiro

DESUMANIZANDO PESSOAS

E Deus disse: “Façamos o ser humano à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança.” Gênesis 1:26


O mundo ficou chocado ao descobrir que os nazistas, para aplacar a consciência, criaram um programa de desumanização dos judeus. Até mesmo soldados aparentemente insensíveis poderiam ter uma crise psicológica ao se depararem com a tarefa de matar tantas pessoas indefesas. A fim de evitar esse impacto emocional, os oficiais decidiram que os prisioneiros deveriam definhar nos campos de extermínio para, em seguida, serem eliminados como se fossem pragas. O genocídio foi executado quando as vítimas pareciam menos humanas, com semblantes desfigurados.

Nossa maior dignidade é sermos feitos à imagem e semelhança de Deus. O que isso significa? Para alguns, nascemos como ícones racionais e só adquirimos a essência divina ao nos convertermos. Para outros, não há diferença entre as partes. Houve até quem comparasse Adão à Trindade por ser composto de consciência, amor e conhecimento.

De um modo geral, a tendência era unificar ou dividir a natureza humana, incluindo ou não a parte física no processo. O único ponto comum a todas as teses era que, devido ao pecado, essa imagem foi perdida e precisava ser restaurada.

Ao que parece, ambas as dimensões estão presentes aqui. O homem e a mulher foram feitos à semelhança divina tanto na aparência exterior quanto no caráter. Assim como os filhos se parecem com os pais, Adão e Eva se pareciam com Deus.

A perda dessa imagem demandou um plano de salvação que nos desse a oportunidade de voltarmos ao paraíso. Por isso, a intenção de Satanás é desconfigurar ao máximo o que restou da imagem de Deus em nós. Ele faz isso por meio de comportamentos desumanizadores. Basta observar a fisionomia de um viciado, de um invejoso ou de alguém que promove as mais diferentes formas de segregação.

Não se iluda. Infâmia, calúnia e até mesmo uma inflexão de voz são parte da propaganda desumanizadora do diabo. É por isso que Jesus disse: “Quem insultar o seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem o chamar de tolo estará sujeito ao inferno de fogo” (Mt 5:22). Use sua voz hoje apenas para restaurar a imagem de Deus na vida das pessoas.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/desumanizando-pessoas/

Tito 2 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Tito 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


TITO 2 – É necessário que os líderes da igreja saibam não apenas lidar, mas instruir aos outros líderes como tratar diferentes grupos na mesma igreja:

1. Ensino da sã doutrina (Tito 2:1). O líder deve, primariamente, priorizar o ensino correto e integral das Escrituras.

• A igreja deve ser alimentada espiritualmente com a verdade bíblica.
• O ensino do evangelho deve ser sólido, baseado inteiramente na Palavra de Deus, jamais em opiniões pessoais.

2. Orientação espiritual aos idosos (Tito 2:3-4). É importante valorizar a maturidade e experiência dos mais velhos.

• Os homens experientes devem ser exemplos de fé, paciência, maturidade e integridade.
• As mulheres experientes devem ser irrepreensíveis e mentoras das mais jovens.
• O líder deve incentivar esses grupos a usarem a experiência em favor do desenvolvimento dos mais novos visando a edificação da igreja.

3. Direção para os jovens (Tito 2:4-8). Os jovens na igreja precisam de auxílio para desenvolver caráter e disciplina.

• As jovenzinhas devem aprender a serem boas esposas e mães, promovendo estabilidade familiar.
• Os jovenzinhos devem ser incentivados a ter domínio próprio e integridade.
• O pastor deve ser exemplo vivo aos jovens, mostrando coerência entre ensino e prática do evangelho bíblico.

4. Orientação da conduta dos servos e trabalhadores (Tito 2:9-10). Os líderes espirituais devem ensinar ética e fidelidade no trabalho.

• Os servos (ou no contexto moderno, os trabalhadores/funcionários) devem ser leais, íntegros e diligentes.
• O líder deve ensinar os membros a verem seu trabalho como um meio de testemunhar a fé cristã.

5. Deve ser pregada a graça de Deus como fundamento da vida cristã (Tito 2:11-14). A liderança eclesiástica deve enfatizar a transformação da vida pela graça divina.

• A salvação exclusivamente pela graça deve ser a essência de cada pregação.
• A graça nos ensina a abandonar a impiedade e viver com justiça e piedade.
• O pastor deve lembrar à igreja sobre a doutrina da segunda vinda de Cristo, incentivando a uma vida santificada.

6. A liderança deve ser ativa, agindo com autoridade e amor (Tito 2:15). Na igreja é necessário corrigir com firmeza e amor.

• Falar com autoridade, sem ser autoritário(a).
• Corrigir e exortar sempre com base nas Sagradas Escrituras, visando edificação/restauração.
• O pastor não deve permitir que ninguém despreze sua missão de orientar, corrigir e edificar a igreja

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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domingo, 16 de fevereiro de 2025

1 João 2 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 1 João 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


I JOÃO 2 – É fundamental entender a verdadeira natureza de Cristo e a natureza humana para compreendermos nossa necessidade de um Salvador. Foi isso que João deixou claro no capítulo anterior, além de destacar o aspecto da comunhão.

Quanto ao problema do pecado que afeta a comunhão, João declara que temos um advogado, O qual sacrificou-Se por nossos pecados visando purificar-nos (I João 2:1-2). Desta forma, a graça divina não é “licença” para pecar, mas um chamado a viver em santidade, sabendo que temos Jesus como intercessor.

A mera opinião torna-se convicção sem a revelação. Para alertar-nos, João diz que quem afirma conhecer a Deus, mas não Lhe obedece, está mentindo. A obediência é a evidência de conhecê-lO (I João 2:3-6). “Quando a fé sadia, a obediência e o amor operam juntos, eles resultam em felicidade, santidade e certeza. Constituem a evidência, a prova decisiva, de um verdadeiro cristão” (John MacArthur).

João lembra que o amor ao próximo é um mandamento antigo – desde o Antigo Testamento – porém, também é novo, porque Jesus o viveu de maneira perfeita (I João 2:7-11); portanto,

• Quem ama seu irmão na fé permanece na luz.
• Quem, porém, o odeia, está em trevas sem saber aonde vai.

João faz uma pausa e dirige-se a três grupos na fé (I João 2:12-14):

• Filhinhos, os novos convertidos – que conhecem o Pai.
• Jovens, os espiritualmente mais maduros – que venceram o maligno.
• Pais, os mais experientes na fé – que conhecem Deus a mais tempo.

Depois, João alerta que o amor ao mundo é incompatível com o amor a Deus. E apresenta três tipos de tentações que intentam afetar-nos espiritualmente (I João 2:15-17):

• A cobiça da carne – desejos pecaminosos.
• A cobiça dos olhos – materialismo, consumismo.
• A ostentação dos bens – orgulho, vaidade.

Na sequência, João alerta contra os anticristos e falsos profetas. É fundamental que os crentes estejam cientes dos falsos cristãos, saibam discernirem falsos ensinos e permaneçam na verdade – na doutrina de Cristo (I João 2:18-23).

Por fim, o apóstolo lembra que os crentes receberam a unção do Espírito Santo, que os ensina e mantém-nos na verdade (I João 2:24-27):

• Permanecer na Palavra divina garante a vida eterna.
• Praticar a justiça evidencia a vida regenerada em Cristo.

Portanto, rejeitemos influências que nos afastam de Cristo! – Heber Toth Armí.

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PALAVRAS GERAM CONSEQUÊNCIAS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

16 de fevereiro

PALAVRAS GERAM CONSEQUÊNCIAS

O que contamina a pessoa não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca; isto, sim, contamina a pessoa. Mateus 15:11

Não é incomum encontrar pessoas que usam esse texto bíblico para justificar hábitos alimentares que prejudicam a saúde. O paladar distorcido delas interpreta que Cristo liberou aquilo que os médicos proíbem. Contudo, essas mesmas pessoas provavelmente não estariam dispostas a comer rato ou a jantar em um ambiente imundo.

Jesus estava respondendo à acusação de que Seus discípulos transgrediam a “tradição dos anciãos” por comerem sem lavar as mãos. Ele não estava falando de higiene nem revogando leis de saúde; era um assunto relacionado a um rito religioso, e a denúncia de Cristo estava centrada na hipocrisia dos acusadores.

Ao afirmar que o que sai da boca contamina o indivíduo, Jesus destacou que as palavras proferidas têm uma potencialidade que não pode ser ignorada. Elas são tão poderosas que lembram o próprio ato de Deus ao criar o mundo por meio de Sua palavra (Sl 33:6). Foi também pela palavra que Jesus venceu o inimigo: “O ser humano não viverá só de pão, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4:4).

Embora nossa fala não tenha o poder criador de Deus, o que dizemos afeta o ambiente ao nosso redor. Não é que nossas palavras mudem a realidade, mas elas podem influenciar a forma como a percebemos. Palavras proferidas geram pensamentos que, por sua vez, alimentam a repetição das mesmas palavras, criando um círculo virtuoso ou vicioso, dependendo do conteúdo.

Palavrões, blasfêmias e discursos de ódio têm o poder de moldar negativamente nossa visão de mundo. Crianças expostas a um ambiente de brigas tendem a reproduzir esses padrões. Se são constantemente recriminadas, podem desenvolver inseguranças. O xingamento é um convite para que Satanás lance maldições sobre o lar, substituindo a Palavra bendita de Deus pelo som amaldiçoador do inimigo. “Não vos enganeis”, diz a Bíblia, “as más conversações corrompem os bons costumes” (1Co 15:33, ARC).

Por outro lado, se nossa fala for recheada de coisas boas, isso com certeza afetará de forma positiva o ambiente ao nosso redor, independentemente das provações que enfrentarmos. Que suas palavras hoje sejam uma fonte de paz, alegria e restauração.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/palavras-geram-consequencias/

Tito 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica Tito 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


TITO 1 – A influência dos falsos cristãos “alastra-se como câncer” (II Timóteo 2:17). Os ensinos dos falsos mestres visam a egolatria (Filipenses 3:19). O perfil dos hipócritas está presente entre o povo de Deus; por isso, Paulo é enfático nesse tema ao escrever a Tito.

Tito 1 trata diretamente da organização e da liderança da igreja, destacando a importância da gestão e da disciplina eclesiástica. Ele escreve ao seu “verdadeiro filho” na “fé comum” (vs. 1-4).

A partir do versículo 5, Paulo instrui Timóteo a estabelecer presbíteros/anciãos em cada cidade, indicando a necessidade de uma liderança organizada e bem estruturada na igreja. A boa gestão...

• Garante que a igreja opere de maneira eficaz e ordeira.
• Ajuda a manter o foco na missão da pregação do evangelho.
• Evita conflitos e divisões que podem surgir da falta de direção.
• Permite que recursos espirituais e materiais sejam administrados com fidelidade.
• Inibe a atuação dos falsos convertidos na condução do povo de Deus.

A igreja não pode ser conduzida de forma aleatória ou negligente. A liderança precisa estabelecer diretrizes, delegar funções e manter a ordem na Casa de Deus (I Coríntios 14:40).

Há um padrão a ser seguido na igreja cristã (I Timóteo 3:15). Por isso, Tito 1:10-16 fala dos falsos influenciadores e pessoas rebeldes que estavam distorcendo a doutrina e prejudicando a igreja. Paulo orienta que é necessário repreendê-los severamente – “é necessário que sejam silenciados, pois estão arruinando famílias inteiras”.

Desta forma, a disciplina na igreja é essencial para...

• Corrigir erros doutrinários e morais, preservando a integridade do evangelho.
• Proteger os membros fiéis de influências nocivas, e impedir que o erro se alastre.
• Demonstrar compromisso com a santidade, conforme orientado em toda a Bíblia.
• Restaurar os que erram, conscientizando-os a voltar ao caminho da verdade.

Uma igreja sem disciplina é vulnerável à corrupção e ao afastamento dos princípios divinos.

Em Tito 1:6-9 temos as qualificações bíblicas dos líderes da igreja – irrepreensíveis, fiéis no matrimônio, sóbrios, moderados, não violentos, hospitaleiros e apegados à sã doutrina.

• A conduta desordenada de um líder enfraquece o testemunho da igreja.
• A liderança deve ser firme na Palavra e no caráter para ensinar, aconselhar e corrigir corretamente.

Tito 1 é essencial para o crescimento saudável da igreja e para a glória de Deus! – Heber Toth Armí.

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sábado, 15 de fevereiro de 2025

LÍNGUA VENENOSA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

15 de fevereiro

LÍNGUA VENENOSA

Refreie a língua do mal e os lábios de falarem palavras enganosas. Salmo 34:13


O molusco Conus geographus é um dos animais mais perigosos do planeta. Ele possui uma rádula, isto é, uma espécie de língua áspera cheia de toxinas, que se estende o suficiente para atingir sua presa em frações de segundos. Os ferrões dessa língua contêm analgésicos mais potentes que a morfina, o que leva a vítima a não perceber a picada, embora haja veneno em quantidade suficiente para matar até 20 pessoas.

De maneira figurada, podemos comparar o perigo da língua humana a essa criatura letal. Tiago 3:8 adverte que a língua “é mal incontido, cheio de veneno mortal”. Suas palavras venenosas matam de maneira silenciosa.

O versículo que introduz a reflexão de hoje vem de um salmo de Davi. No original hebraico, ele usa a expressão lashon hara’, que significa literalmente “língua, idioma ou conversa do mal”. Embora alguns traduzam isso por “difamação”, rabinos famosos ensinaram que, diferentemente de dizer mentiras acerca de uma pessoa, a “língua do mal” se refere a comentários negativos que podem incluir coisas verdadeiras.

Em outras palavras, enquanto a calúnia é legalmente condenável até mesmo no direito comum, falar mal de alguém não o é. Isso é mais aceitável socialmente, inclusive nos meios religiosos, em que muitos odeiam o traidor, mas amam a traição.

Além disso, o simples fato de dar palco ao difamador, ouvindo com atenção a sua fala e rindo de seus insultos, coloca o espectador na mesma condição de lashon hara’. Este, de acordo com Mateus 5:22, “estará sujeito ao inferno de fogo”.

Exceto em casos de denúncia grave, em que o ocultamento de um crime torna o indivíduo cúmplice do delito, a pressa em revelar faltas alheias é própria daqueles que não amam a vida (Sl 34:12).

A revelação disso talvez gere o mesmo sentimento dos discípulos quando disseram: “Sendo assim, quem pode ser salvo?” Ainda bem que o texto não termina aí. “Jesus, olhando para eles, disse: […] para Deus tudo é possível’” (Mc 10:26, 27). Portanto, confie em Deus e peça o cumprimento da promessa de Sofonias 3:9: “Então darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor e O sirvam de comum acordo.”

https://mais.cpb.com.br/meditacao/lingua-venenosa/

2 Timóteo 4 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica 2 Timóteo 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II TIMÓTEO 4 – Diferentemente de I Timóteo, que contém instruções pastorais para organizar a igreja, II Timóteo apresenta um tom mais pessoal e urgente. Aqui Paulo dá suas últimas exortações e reflete sobre sua vida ministerial.

Paulo inicia com linguagem solene para enfatizar a seriedade da missão do ministro do evangelho. É imprescindível pregar a Palavra, corrigir, repreender e exortar (II Timóteo 4:1-2). Paulo já havia instruído o jovem ministro a perseverar no ensino correto e a não negligenciar seu dom espiritual (I Timóteo 4:11-16).

Além disso, há um alerta sobre um tempo em que as pessoas não suportariam a sã doutrina (II Timóteo 4:3-5). Algo que já havia sido mencionado em I Timóteo 4:1-3, onde Paulo previu o surgimento de falsos mestres e doutrinas deturpadas. A repetição desse tema mostra que a apostasia não era um problema para um futuro distante, mas era uma realidade iminente. Atualmente, não é diferente!

Ao apresentar o próprio testemunho prevendo seu fim (II Timóteo 4:6-8), Paulo declara: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé”. Assim enxergava sua missão como cumprida, contrastando com I Timóteo 6:12, onde exortou Timóteo a “combater o bom combate da fé”.

• O maior legado que um discípulo de Cristo pode deixar, é preparar um discípulo para continuar o ministério.

Antes da despedida e bênção (II Timóteo 4:19-22), Paulo lista várias pessoas que o abandonaram: Demas, Crescente, Tito. Ele pediu que Timóteo levasse João Marcos até ele, mostrando reconciliação e reconhecimento de maturidade espiritual no jovem (II Timóteo 4:9-11).

Paulo menciona Alexandre, o latoeiro, que causou-lhe grandes males e a forma como muitos o abandonaram em sua defesa; contudo, Deus o fortaleceu. Essa confiança é essencial para todo líder cristão que enfrenta constantemente dissabores causados por aqueles que deveriam ser benção aos pastores (II Timóteo 4:14-17). A confiança em Deus diante das adversidades (II Timóteo 4:18) lembra I Timóteo 1:12, onde Paulo agradece a Cristo por tê-lo fortalecido no ministério.

Em I Timóteo, Paulo prepara um pastor iniciante para os desafios ministeriais; em II Timóteo, ele passa o bastão e faz um testamento de fé. Fica a mensagem: Apesar da apostasia e do abandono humano, o ministro do evangelho deve perseverar até o fim, confiando na justiça e fidelidade divinas!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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FERMENTO

  Devocional Diário - Descobertas da fé 14 de abril FERMENTO Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento do ma...