Devocional Diário - Descobertas da fé
REVERTENDO BABEL
Em toda a terra havia apenas uma língua e uma só maneira de falar. Gênesis 11:1
Após o dilúvio, algumas pessoas desafiaram a ordem de Deus, aglomerando-se em um mesmo lugar em vez de se espalharem e povoarem a Terra. Posteriormente, praticaram a idolatria e iniciaram a construção de uma torre, supondo que sua altura as salvaria de uma nova inundação.
Foi Ninrode quem fundou a cidade e a torre, ambas com o mesmo nome. Os sumerianos a chamavam de Ka-dingir, e os babilônios, Bab-ilu, que significa “portal de Deus”. Porém, o Gênesis troca o nome original por Babel ou Bavel, que em hebraico significa “confusão”.
É curioso que Babel vem do verbo balal, que significa “misturar”, e aqui temos um problema, pois na história da torre não houve mistura, mas dispersão. Talvez um antigo mito nos ajude a entender isso.
De acordo com o Enuma Elish, a versão babilônica da criação, a cidade de Babilônia foi fundada para servir como local de encontro dos deuses. Segundo essa crença, era nos templos em formato de torre que os 900 deuses do céu e do submundo se reuniriam, recebendo a adoração do povo.
É nesse sentido que o Gênesis declara que a Babilônia não era um lugar de reunião divina, mas de dispersão humana. O trocadilho denuncia um movimento agitado que pretende unir as pessoas, mas as separa em um caótico movimento que as confunde.
Hoje, novas tecnologias prometem pôr fim ao dilema de Babel, pois os aplicativos de tradução estão cada dia mais sofisticados. No entanto, você já notou que, quanto mais os meios de comunicação evoluem, mais as pessoas se desentendem?
Não sou avesso à tecnologia, contudo, não me iludo com suas promessas. De acordo com a Bíblia, o Pentecostes é a única solução contra a confusão de Babel. O dom de línguas em Atos 2, além de facilitar o anúncio do evangelho, também reverteu os efeitos da velha torre. Por isso, o mesmo poder que capacitou a fala dos discípulos, permitiu o entendimento dos povos.
Sem o Espírito Santo, nossa comunicação delira entre gestos e falas que conversam muito e não dizem nada. Os apóstolos precisavam do dom de línguas; nós, do dom da compreensão.
https://mais.cpb.com.br/meditacao/revertendo-babel/
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