Devocional Diário - Descobertas da fé
ILUMINANDO O MUNDO
Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada no alto de um monte. Mateus 5:14
Para quem vive no conforto da luz elétrica, é difícil imaginar uma noite nos dias de Cristo. Nossos olhos, acostumados à claridade artificial, achariam bastante escuro o mundo em que Jesus viveu. Por outro lado, ficaríamos surpresos com a quantidade de estrelas no céu, muitas das quais hoje são invisíveis devido à luminosidade excessiva, e, certamente, dormiríamos melhor, pois não teríamos nenhum celular atrapalhando nosso sono.
Na época de Cristo, as casas eram iluminadas por lamparinas de barro, alimentadas com azeite de oliva, que mantinha a chama acesa por muito tempo. Sem elas, o simples ato de andar no quintal à noite seria uma tarefa arriscada. Por isso, era muito importante tê-las à mão, fato que lembra a parábola das dez virgens (Mt 25:1-13).
Por serem artigos de primeira necessidade, as lamparinas não eram necessariamente caras, mas também não eram baratas. Em Pompeia, seu preço chegava a um asse, dinheiro equivalente a 0,06% do ganho diário em um trabalho braçal. O azeite, por sua vez, poderia custar uma soma elevada, dependendo da qualidade do produto. Em Roma, meio litro de azeite extravirgem custaria 640 asses!
O escritor romano Plínio, o Velho, resumiu a importância do produto: “Existem dois líquidos que são especialmente agradáveis ao corpo humano, o vinho por dentro e o azeite por fora; ambos são excelentes, […] [mas] o azeite é imprescindível” (História Natural, XIV, p. 29).
Ser chamado de “luz do mundo” era uma grande honra, e a comparação seguinte com a cidade edificada sobre um monte também é relevante. Muitos acreditam que, ao falar da cidade que não podia ser ocultada, Jesus Se referia à cidade de Safed, que existe até hoje. Localizada nas colinas da Galileia, cerca de 800 metros acima do nível do mar, era, provavelmente, uma fortaleza nos tempos de Cristo. Suas luzes acesas no alto podiam ser vistas por todos que estivessem nas partes mais baixas, inclusive à beira do mar da Galileia, causando admiração e servindo perfeitamente à ilustração do Mestre.
É exatamente assim que devemos ser em um mundo de trevas: portadores de uma luz que não vem de nós mesmos, mas do Senhor.
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