Devocional Diário - Descobertas da fé
25 de janeiroDESCRENÇAS
Diz o insensato no seu coração: “Não há Deus.” Salmo 53:1
O ateísmo é um fenômeno difícil de mensurar historicamente. Dizer quando e porque ele começou não é tarefa fácil. Pode-se afirmar que há muito tempo já existiam ateus no mundo, embora fossem uma minoria muitas vezes escondida.
Será que hoje existem mais ateus do que no passado? Em termos numéricos, sim, pois a população do mundo cresceu. No entanto, em termos percentuais, é difícil determinar, especialmente porque, no domínio eclesiástico que moldou a Idade Média, muitos talvez fossem ateus, mas não o diziam por medo de represálias.
Considere ainda que o ateísmo não é a única forma de duvidar de Deus. Temos ainda os desdobramentos do agnosticismo, deísmo, panteísmo e outras formas de negação do Sagrado, conforme ensinado nas Escrituras.
De modo geral, a palavra ateísmo tem sido usada de maneira bem diversificada. Muitos religiosos a consideram sinônimo de demonismo e depravação, enquanto pessoas seculares a interpretam como uma elevada disposição mental que admite a realidade como ela é.
Poucos talvez saibam, mas, no passado, os cristãos foram chamados de ateus pelo Império Romano. Naquele contexto, ateu era quem não observava algumas práticas da religião romana, que, por sua vez, era fruto do sincretismo de vários cultos politeístas.
Assim, o ateísmo cristão era a não participação nos ritos. O cidadão comum não precisava ser devoto dos deuses; bastava, em respeito a eles, realizar certas performances ocasionais, como fazer um voto ao passar por um túmulo imperial, oferecer um sacrifício ou se assentar por um instante orando aos deuses. Os cristãos, é claro, não aceitavam isso e, por essa razão, eram formalmente acusados.
Existe, porém, outro tipo de ateísmo que ameaça mais os crentes do que qualquer outra forma de ceticismo. Refiro-me ao ateísmo prático. Enquanto o ateu teórico diz que Deus não existe, o ateu prático diz que Ele existe, mas vive como se não existisse. Portanto, não saia de casa hoje sem se perguntar como estão suas obras em relação à sua fé. Elas refletem ou desmentem sua crença em Deus?
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