sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

A VALIDADE DO SAL

 Devocional Diário - Descobertas da fé

3  de janeiro

A VALIDADE DO SAL

Se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Mateus 5:13


Essas palavras sempre me intrigaram e me fazem lembrar de um químico que afirmava que o sal nunca perde o sabor. Se é assim, por que pacotes de sal vêm com data de validade? E o que faço com as palavras de Cristo? Será que o Mestre não entendia de química?

Sabemos que o sal teve um papel importante na história humana. Mesmo que a ideia de legionários romanos recebendo sal como ordenado provavelmente seja um mito, é fato que eles ganhavam sacas de sal como bônus após uma batalha vencida, e a palavra “salário” tem origem no latim salarium, que significa “pagamento com sal”.

Em uma época sem geladeiras, o sal servia como tempero e para manutenção dos alimentos. Os judeus tinham a vantagem de possuir um gigantesco depósito de sal no Mar Morto, a 33 km de Jerusalém. Era de lá que vinha o sal usado no templo, conforme a ordem de Levítico 2:13: “Em todas as suas ofertas você aplicará sal.” Justamente pelo fato de ser um elemento “perpétuo”, Deus utilizou o sal como símbolo da aliança eterna (cf. Nm 18:19).

Se é assim, por que há data de validade nos pacotes de sal e nas palavras de Cristo? Ocorre que, mesmo que o sal natural nunca estrague, se ele for misturado com aditivos, como é o caso do sal de cozinha, acabará perdendo o sabor e a textura, pois esses aditivos se degradam com o tempo, razão pela qual o sal da sua casa dura aproximadamente cinco anos.

Ao que parece, no tempo de Cristo, era comum a contaminação do sal pela mistura com outras substâncias que o corrompiam, não quimicamente, mas de acordo com as leis de purificação do judaísmo. Imagine um saco de sal derramado no chão, por exemplo. Como limpá-lo da poeira? Não seria mais possível utilizá-lo, pois ficaria sujo e com gosto de terra.

Quando Cristo falou sobre o sal perder seu sabor, estava Se referindo a isto: quando os filhos de Deus têm sua vida misturada com coisas degradantes, eles correm o risco de se corromper, ainda que tenham sido criados para a eternidade. Portanto, a necessidade de nos mantermos imaculados pela graça de Cristo ainda é a essência da santidade, “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).

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