sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

A ERA DO AMOR

 Devocional Diário - Descobertas da fé

17 de janeiro

A ERA DO AMOR

E, por se multiplicar a maldade, o amor se esfriará de quase todos. Mateus 4:12

A mídia atual parece desmentir essa predição de Cristo. “Como o amor se esfriará se estamos na era do amor?”, alguns podem perguntar. Desde o slogan do movimento hippie “faça amor, não faça guerra”, as músicas, a poesia e os romances nos convencem de que, mais do que nunca, o amor está no ar, especialmente o amor romântico.

Nos anos 1970, uma música dos Beatles tinha como título: “Tudo o que Você Precisa é Amor”. Será? Não precisamos de mais nada? Às vezes, usamos palavras sem refletir sobre sua definição, e isso é grave. O que queremos dizer por amor? Nossa definição é a mesma das Escrituras?

O verdadeiro amor é tão divino que a Bíblia não se limita a dizer que Deus ama, como em João 3:16. Ela também afirma que “Deus é amor” (1Jo 4:8). No entanto, aí começam as discrepâncias, pois, pelos critérios atuais, quem ama não julga, não pune, não recrimina. Mas o Deus da Bíblia – não apenas do Antigo Testamento – julga, pune e recrimina. Logo, o mesmo critério que define amor na atualidade contradiz o Deus das Escrituras.

O historiador John Gillis pesquisou a fundo esse assunto e concluiu que, a partir do século 19, o amor assumiu feições autoritárias e sentimentais. Autoritário porque impõe regras do tipo “você tem que me amar”, e sentimental porque se alimenta de paixões idealísticas, como aquelas dos romances.

A rápida ascensão de ideologias autoritárias, atraindo ativistas radicais em nome de novas formas de amar, e a anulação do pensamento em favor do sentimento são sintomas dessa nova era do amor. Dificilmente vemos um momento em que as pessoas são incentivadas a pensar; o estímulo é para que apenas sintam, sem amarras e moralismos. Porém, a emoção se impõe sobre os princípios, fazendo com que valores eternos sejam sacrificados em nome do aqui e agora.

Foi refletindo sobre isso que compreendi que o amor verdadeiro não se esfriaria para dar lugar ao ódio. Seria óbvio demais. O sentimentalismo não é assumidamente oposto ao bem; é uma cópia barata dele. Diante disso, precisamos resgatar em nossa vida o amor de Deus ensinado na Bíblia, em vez do amor do mundo proclamado pela mídia.

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