sábado, 4 de janeiro de 2025

SEM SABOR E SEM GRAÇA

 Devocional Diário - Descobertas da fé

4 de janeiro

SEM SABOR E SEM GRAÇA

Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. Mateus 5:13


No texto de ontem, você viu que o sal, mesmo sendo um produto resistente, pode perder o sabor. Jesus foi claro ao apontar o sentido espiritual disso. Mas a sequência de Suas palavras continua enigmática: Por que o sal sem gosto é pisado pelos homens?

Por se tratar de um elemento imprescindível nos sacrifícios judaicos, grandes quantidades de sal eram trazidas do Mar Morto para Jerusalém (cf. Ed 6:9; 7:22). No templo, havia uma câmara só para armazenar o produto. Os levitas jogavam sal tanto nas ofertas quanto na rampa do altar para evitar que os sacerdotes escorregassem nela (Talmude, Eruvin 104a).

O motivo para isso estava na neve que caía em Jerusalém durante o inverno. Até hoje, em países muito frios, o sal é espalhado no asfalto para evitar o acúmulo de neve e a formação do “gelo negro” (black ice em inglês), que, por ser muito escorregadio, pode causar acidentes. Mesmo andando a pé, uma fina camada de gelo pode resultar em escorregões perigosos. Por isso, a aplicação de sal é fundamental para derreter o gelo.

O problema era que, apesar de sua eficácia, o sal era muito caro para ser jogado no chão do templo. Ainda mais que, não somente a rampa, mas todo o complexo de 144 mil metros quadrados precisava ser “salinizado” a fim de impedir que os peregrinos escorregassem nos ladrilhos de calcário, alabastro e mármore. Com o gelo na superfície, eles ficavam muito lisos.

A solução foi utilizar aqueles carregamentos de sal que eventualmente caíam durante o transporte e se contaminavam com terra ou outros elementos, tornando-os impróprios para consumo e muito menos para o serviço no templo. Provavelmente, era esse sal que eles jogavam no pátio para ser “pisado pelos homens”. Imagine as sandálias passando por cima de uma mistura de terra, sal e neve derretida. Um produto tão caro virava lama!

É claro que alguém pode dizer: “Mesmo assim, o sal continuava servindo para alguma coisa.” Sim, é verdade. Isso ilustra que, tanto os salvos quanto os perdidos confirmam para o Universo o caráter justo de Deus, que ofereceu salvação a todos sem forçá-la a ninguém. Mas certamente é melhor pertencer ao grupo que não perdeu seu sabor, você não acha?

https://mais.cpb.com.br/meditacao/sem-sabor-e-sem-graca/

2 Coríntios 9 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – 2 Coríntios 9
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II CORÍNTIOS 9 – A teologia de Paulo sobre a doação de ofertas contrasta com muitas campanhas de doações contemporâneas, que apelam para a culpa, barganha ou a obrigação.

Para um público acostumado a questionar as instituições e a buscar experiências autênticas, aprofundar no estudo de II Coríntios 8 e 9 levará a uma compreensão correta, equilibrada e espiritual da contribuição financeira para o avanço do Reino de Deus.

O tema da alegria é um elemento central em II Coríntios 9. Em sua sabedoria, Paulo não impõe uma quantia específica ou estabelece uma forma de dar. Ao invés disso, ele enfatiza a atitude do coração: “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (II Coríntios 9:7).

Este capítulo nos desafia a refletir sobre o ato de dar, não apenas do ponto de vista material, mas especialmente, espiritual.

Após considerar com oração II Coríntios 9, dê atenção aos seguintes princípios:

• A alegria de contribuir deve começar antes mesmo da ação em si, como uma expressão de fé e de gratidão por tudo o que Deus já fez (vs. 1-5).
• Dar com alegria reflete uma compreensão espiritual madura da fé cristã. Quando damos generosa e alegremente, experimentamos a bênção de ser usados por Deus para impactar a vida de outras pessoas (vs. 6-7).
• A alegria vem de compreender que Deus é o verdadeiro provedor e que Ele nos abençoa a sermos bênçãos (vs. 8-10).
• Participar da obra de Deus através da generosidade nos conecta à alegria de testemunhar o impacto eterno de nossas ações (vs. 11-13).
• A generosidade une os crentes em amor, graça e gratidão, promovendo alegria mútua no corpo de Cristo (v. 14-15).

Atos de generosidade aumentam a felicidade e o bem-estar. Pois, ao doar, não apenas ajudamos os outros, mas alcançamos realizações que satisfazem o nosso coração. Além disso, interessante nesse texto sagrado é a promessa de Deus de suprir todas as nossas necessidades (II Coríntios 9:8). Assim, ao confiarmos em Deus, podemos experimentar uma paz e uma alegria que transcendem as circunstâncias.

A maior fonte de alegria é o reconhecimento do presente inefável de Deus, que é Jesus. Toda generosidade cristã é um reflexo da indescritível generosidade divina.

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

A VALIDADE DO SAL

 Devocional Diário - Descobertas da fé

3  de janeiro

A VALIDADE DO SAL

Se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Mateus 5:13


Essas palavras sempre me intrigaram e me fazem lembrar de um químico que afirmava que o sal nunca perde o sabor. Se é assim, por que pacotes de sal vêm com data de validade? E o que faço com as palavras de Cristo? Será que o Mestre não entendia de química?

Sabemos que o sal teve um papel importante na história humana. Mesmo que a ideia de legionários romanos recebendo sal como ordenado provavelmente seja um mito, é fato que eles ganhavam sacas de sal como bônus após uma batalha vencida, e a palavra “salário” tem origem no latim salarium, que significa “pagamento com sal”.

Em uma época sem geladeiras, o sal servia como tempero e para manutenção dos alimentos. Os judeus tinham a vantagem de possuir um gigantesco depósito de sal no Mar Morto, a 33 km de Jerusalém. Era de lá que vinha o sal usado no templo, conforme a ordem de Levítico 2:13: “Em todas as suas ofertas você aplicará sal.” Justamente pelo fato de ser um elemento “perpétuo”, Deus utilizou o sal como símbolo da aliança eterna (cf. Nm 18:19).

Se é assim, por que há data de validade nos pacotes de sal e nas palavras de Cristo? Ocorre que, mesmo que o sal natural nunca estrague, se ele for misturado com aditivos, como é o caso do sal de cozinha, acabará perdendo o sabor e a textura, pois esses aditivos se degradam com o tempo, razão pela qual o sal da sua casa dura aproximadamente cinco anos.

Ao que parece, no tempo de Cristo, era comum a contaminação do sal pela mistura com outras substâncias que o corrompiam, não quimicamente, mas de acordo com as leis de purificação do judaísmo. Imagine um saco de sal derramado no chão, por exemplo. Como limpá-lo da poeira? Não seria mais possível utilizá-lo, pois ficaria sujo e com gosto de terra.

Quando Cristo falou sobre o sal perder seu sabor, estava Se referindo a isto: quando os filhos de Deus têm sua vida misturada com coisas degradantes, eles correm o risco de se corromper, ainda que tenham sido criados para a eternidade. Portanto, a necessidade de nos mantermos imaculados pela graça de Cristo ainda é a essência da santidade, “sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14).

https://mais.cpb.com.br/meditacao/a-validade-do-sal/

2 Coríntios 8 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica –  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse
Leitura Bíblica – 2 Coríntios 8
Comentário: Pr. Heber Toth Armí

II CORÍNTIOS 8 – O líder espiritual deve revelar maturidade espiritual e sensibilidade pastoral ao tratar sobre generosidade e a participação financeira na igreja.

• Paulo revela ser um líder exemplar, e temos lições a explorar neste capítulo.

É importante considerar a relevância da liderança, da estrutura eclesiástica e da união dos irmãos para o avanço do evangelho e do Reino de Deus.

1. A liderança exemplifica e motiva a generosidade nas ofertas (II Coríntios 8:1-7): Paulo destaca o exemplo dos irmãos da Macedônia, que, mesmo em meio à pobreza extrema, transbordaram em riqueza de generosidade. A liderança cristã deve apontar para ações concretas de fé e serviço na obra de Deus.

2. A generosidade é uma resposta ao Evangelho (II Coríntios 8:8-9): Paulo lembra que Jesus Cristo, sendo rico, Se fez pobre para enriquecer a todos nós com a graça divina. Entender e assimilar à vida esse sacrifício é a motivação suprema para a generosidade cristã. É mais que uma obrigação, é uma resposta de amor ao que Cristo fez por nós: Cada ação de generosidade, seja tempo, recursos ou habilidades, é uma forma de refletir o caráter de Cristo ao mundo.

3. A união dos irmãos fortalece a missão da igreja (II Coríntios 8:13-15): Paulo enfatiza o equilíbrio entre os recursos, para que todos tenham o suficiente. A união dos irmãos reflete o espírito do evangelho, onde cada membro deve contribuir, mas de acordo com suas possibilidades, fortalecendo a comunidade: A igreja cresce quando seus membros estão unidos em espírito e propósito, ajudando-se mutuamente para alcançar os objetivos do Reino.

4. A estrutura eclesiástica organiza e facilita a obra de Deus (II Coríntios 8:10-20): Paulo menciona que os irmãos organizaram uma coleta para ajudar os santos em Jerusalém. Esse esforço não foi desorganizado; ao contrário, foi cuidadosamente planejado para que houvesse integridade e transparência. Paulo elogia a diligência de Tito e de outros irmãos que foram designados para administrar a coleta: A obra de Deus requer responsabilidade e boa administração.

Enfim, assim como os macedônios participaram generosamente, cada membro da igreja hoje é chamado a contribuir para a missão.

Sejamos líderes exemplares, trabalhemos com organização e unamo-nos em amor, para que o Reino Divino avance com poder e eficácia neste mundo tomado pela dor! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
••••Pr. Heber Toth Armí

II CORÍNTIOS 8 – O líder espiritual deve revelar maturidade espiritual e sensibilidade pastoral ao tratar sobre generosidade e a participação financeira na igreja.

• Paulo revela ser um líder exemplar, e temos lições a explorar neste capítulo.

É importante considerar a relevância da liderança, da estrutura eclesiástica e da união dos irmãos para o avanço do evangelho e do Reino de Deus.

1. A liderança exemplifica e motiva a generosidade nas ofertas (II Coríntios 8:1-7): Paulo destaca o exemplo dos irmãos da Macedônia, que, mesmo em meio à pobreza extrema, transbordaram em riqueza de generosidade. A liderança cristã deve apontar para ações concretas de fé e serviço na obra de Deus.

2. A generosidade é uma resposta ao Evangelho (II Coríntios 8:8-9): Paulo lembra que Jesus Cristo, sendo rico, Se fez pobre para enriquecer a todos nós com a graça divina. Entender e assimilar à vida esse sacrifício é a motivação suprema para a generosidade cristã. É mais que uma obrigação, é uma resposta de amor ao que Cristo fez por nós: Cada ação de generosidade, seja tempo, recursos ou habilidades, é uma forma de refletir o caráter de Cristo ao mundo.

3. A união dos irmãos fortalece a missão da igreja (II Coríntios 8:13-15): Paulo enfatiza o equilíbrio entre os recursos, para que todos tenham o suficiente. A união dos irmãos reflete o espírito do evangelho, onde cada membro deve contribuir, mas de acordo com suas possibilidades, fortalecendo a comunidade: A igreja cresce quando seus membros estão unidos em espírito e propósito, ajudando-se mutuamente para alcançar os objetivos do Reino.

4. A estrutura eclesiástica organiza e facilita a obra de Deus (II Coríntios 8:10-20): Paulo menciona que os irmãos organizaram uma coleta para ajudar os santos em Jerusalém. Esse esforço não foi desorganizado; ao contrário, foi cuidadosamente planejado para que houvesse integridade e transparência. Paulo elogia a diligência de Tito e de outros irmãos que foram designados para administrar a coleta: A obra de Deus requer responsabilidade e boa administração.

Enfim, assim como os macedônios participaram generosamente, cada membro da igreja hoje é chamado a contribuir para a missão.

Sejamos líderes exemplares, trabalhemos com organização e unamo-nos em amor, para que o Reino Divino avance com poder e eficácia neste mundo tomado pela dor! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

O PARADOXO DE DEUS

 Devocional Diário - Descobertas da fé

1°  de janeiro

O PARADOXO DE DEUS

Eu sou o Senhor, e não há outro; além de Mim não há Deus. Isaías 45:5

Você já notou como a Bíblia apresenta informações aparentemente contraditórias sobre Deus? Em um momento, Ele sabe todas as coisas; em outro, pergunta a Adão onde ele está. Em um trecho, é descrito como imortal; em outro, morre em uma cruz. Embora existam respostas sensatas para cada uma dessas questões, meu foco hoje é entender: Por que Deus parece ser tão contraditório?

Para responder a essa pergunta, é importante saber que nem tudo que aparenta ser contraditório é necessariamente incoerente. Existem incongruências que seriam melhor descritas como paradoxos verídicos, ou seja, afirmações conflitantes que são surpreendentemente verdadeiras.

A famosa frase “estou farto de não possuir nada” é um exemplo de paradoxo; se não possui nada, como pode estar “farto”? No entanto, ela é verdadeira, apesar da ambiguidade. Assim também é Deus. E sabe por quê? Por causa de Seus filhos.

Pense por um instante: Que tipo de Deus seria necessário para nos garantir que “a angústia não se levantará duas vezes” (Na 1:9)? Ele não poderia ser um Deus limitado, ou mesmo um Super-Homem, poderoso em tudo, exceto diante de uma kryptonita. Nossa confiança em Suas promessas repousa naquilo que Ele é: todo-poderoso.

Por outro lado, precisamos igualmente de um Deus frágil, semelhante a nós, que entenda nossas dores, por tê-las sentido na pele. Alguém que, apesar de eterno, caiba no diâmetro do nosso abraço e ria das nossas piadas. Um amigo íntimo que, mesmo possuindo tudo, sinta nossa falta porque nos ama.

Esse é o paradoxo de Deus. Nem o céu pode contê-Lo; ainda assim, Ele habita no coração humano. Nele não há melhorias nem atualizações. Sua mente não admite informações que já não possua. Um ser acima de tudo, mas que Se senta no jardim e pergunta como foi o meu dia. Não dá para ser íntimo de Deus se Ele não descer ao nosso nível, como fez na pessoa de Cristo.

Foi em um momento de aflição que entendi o paradoxo de Deus. Mais do que um conceito teológico, é uma resposta divina ao grito da alma: “Ó grande Deus, seja pequeno o bastante para me ouvir neste momento! Amém.”

https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-paradoxo-de-Deus/

2 Coríntios 7 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – 2 Coríntios 7
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II CORÍNTIOS 7 – Sentimentos fazem parte da existência humana tanto quanto a religião verdadeira os influencia. A religião bíblica não é fria; tem emoção, satisfação e alegria.

Paulo, inspirado por Deus, revelou sua alegria em II Coríntios 7, após tratar da santificação no primeiro versículo. É digno de nota que reavivamento começa com um compromisso de purificação e separação do pecado, o que resulta em contentamento espiritual, alegria e satisfação no coração.

Por isso, a alegria de Paulo está profundamente conectada à resposta positiva da Igreja de Corinto ao seu ministério apostólico – especialmente no contexto de disciplina, arrependimento e reconciliação. Essa alegria não é meramente emocional, mas teológica e ministerial, enraizada em três dimensões principais:

1. A alegria pela resposta positiva ao arrependimento (II Coríntios 7:8-10): Paulo refere-se a uma “carta severa”, que foi dura na confrontação dos pecados da igreja. Inicialmente, ele sentiu certo pesar por causar tristeza; mas, alegrou-se, posteriormente, ao saber que essa tristeza gerou arrependimento genuíno.

• No ministério, essa dinâmica é central: A mensagem de correção, quando guiada pelo Espírito Santo, não apenas confronta o pecado, mas produz reavivamento espiritual.
• A razão da alegria de Paulo é a evidência de que seu ministério foi usado por Deus para promover mudança no coração dos crentes.

2. A alegria pela presença de companheiros no ministério com boas-novas (II Coríntios 7:6-7, 13): Paulo menciona que foi consolado não apenas pela chegada de Tito, mas também pela notícia que Tito trouxe sobre o carinho, o arrependimento e o zelo dos coríntios.

• O pastor (líder) deseja não apenas “chamar o pecado pelo nome”, mas também restaurar os pecadores.
• A alegria de Paulo resulta de saber que a mensagem do evangelho foi efetivamente internalizada e praticada pela igreja que recebera “a carta severa”.

3. A alegria pela confirmação da obra de Deus (II Coríntios 7:11-12, 14-16): Paulo celebra os frutos visíveis que o arrependimento gerou nos coríntios: zelo, indignação contra o pecado, desejo de justiça e restauração.

• O líder espiritual se alegra com os frutos de seu trabalho junto ao povo de Deus.
• Tito e Paulo estavam alegres, revigorados e refrigerados espiritualmente.
• Paulo alegrou-se pelo fato de seu ministério produzir fidelidade e maturidade espiritual na igreja.

Temos motivos para nos alegrar também? O que impede reavivarmo-nos? – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

O VALOR DE UM PARDAL

Devocional Diário - Descobertas da fé


1°  de janeiro

O VALOR DE UM PARDAL

Não se vendem dois pardais por uma moedinha? Entretanto, nenhum deles cairá no chão sem o consentimento do Pai de vocês. Mateus 10:29


Esse é um bom versículo para começar o ano. Ele ilustra o cuidado de Deus por meio da simples venda de alguns pardais. A moeda mencionada se chama assarion, que é o diminutivo de “asse”. Por isso, algumas versões da Bíblia dizem: “Não se vendem dois pardais por um asse?”

Essa foi a primeira moeda romana. No tempo de Jesus, ela ainda circulava, valendo apenas uma fração de denário. Eram necessários 16 asses para completar um denário e assim pagar um dia de trabalho. Seu nome provavelmente tenha derivado do fato de ser fundida ou literalmente “assada”. O metal era derretido, colocado em moldes e então preparado para o comércio.

Por ser de pequeno valor, havia muitos tipos de asses em Roma. As moedas mais antigas traziam de um lado a proa de um navio e do outro um sujeito com duas faces olhando para frente e para trás. Era Janus, o deus romano das portas, considerado o primeiro fabricante de moedas.

Quando Júlio César fixou o novo calendário, homenageou Janus dando seu nome ao primeiro mês (janeiro). Desse modo, suas duas faces representavam a passagem do ano velho para o ano novo. Sua moeda também se tornou objeto de adivinhação e deu origem ao jogo “cara ou coroa”, que existe até hoje.

É possível que, entre os vários tipos de moedas em circulação na época de Cristo, algumas ainda tivessem o duplo rosto de Janus. No dia 1o de janeiro, era comum que os romanos apelassem a Janus para que os livrasse das dívidas e de sua condição miserável. Muitos judeus também embarcavam nessas crendices, e Jesus sabia disso.

O olhar infalível do Mestre viu ali uma oportunidade de ilustrar o amor de Deus. Valendo-se das moedas e dos pardais, Ele apresentou uma bela lição. Essas aves, ao que parece, eram artigos baratos e muito pechinchados. Tanto que, se em Mateus um asse pagaria dois pardais, em Lucas 12:6, dois asses comprariam cinco – um iria de brinde!

O ponto aqui não é o custo desses pequenos pássaros, mas a certeza de que, se até mesmo aves tão baratas tinham seu valor de mercado e eram cuidadas por Deus, quanto mais nós que somos Seus filhos. Portanto, neste ano que se inicia, lembre-se das palavras do Mestre: “Não temam! Vocês valem bem mais do que muitos pardais” (Mt 10:31).

https://mais.cpb.com.br/meditacao/o-valor-de-um-pardal/

2 Coríntios 6 -Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – 2 Coríntios 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


II CORÍNTIOS 6 – Receber a graça de Deus em vão significa desperdiçar ou não corresponder à graça divina revelada. Por isso, Paulo exorta seus leitores a não apenas receber a graça, mas permitir que ela produza frutos.

A graça de Deus é o dom da salvação em Cristo, oferecida gratuitamente. Recebê-la em vão significa ouvir o evangelho – até mesmo aceitar externamente – mas não permitir que ela transforme o coração e a vida. Isso é evidente naqueles que professam a fé, mas vivem de maneira incoerente com o chamado divino.

• A graça que salva também nos capacita a viver uma vida santa. Recebê-la em vão significa falhar em crescer espiritualmente, resistindo à ação do Espírito Santo, ou sendo indiferente ao processo de santificação.

Nós, cristãos, somos feitos “embaixadores de Cristo” (II Coríntios 5:20). Receber a graça implica numa responsabilidade de proclamar o evangelho e demonstrar o amor de Deus através de nossas ações.

• Se não vivermos como testemunhas, estamos tornando a graça ineficaz em nossa existência.

Paulo reiteradamente enfatiza a necessidade de viver em resposta à graça, como em II Coríntios 3:3-10, onde ele descreve os sofrimentos e os esforços que ele e seus companheiros enfrentaram para não trazer descrédito ao evangelho e ao ministério.

• Receber a graça em vão é não demonstrar gratidão prática por meio da obediência e dedicação ao Reino de Deus.

Por isso, Paulo apela: “Digo que agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação!” (II Coríntios 6:2). Paulo abria o coração e falava abertamente, e ansiava por uma resposta honesta da parte dos coríntios (vs. 11-12). Isto revela-nos que a graça divina exige uma resposta imediata e contínua; não podemos adiar ou viver de maneira indiferente ao sacrifício de Cristo.

Há uma exortação espiritual para os cristãos não se colocarem em jugo desigual com incrédulos (II Coríntios 6:14-18). Esse trecho está diretamente relacionado à pureza moral, à fidelidade a Deus e ao chamado gracioso para viver uma vida separada e dedicada ao Senhor.

Não é que o crente deva evitar todo contato com não-crentes (I Coríntios 5:9-10), mas evitar parcerias que comprometam a fidelidade a Deus, como casamentos, sociedades comerciais, ou até mesmo amizades que nos afastam de uma vida santa.

Portanto, reavivemo-nos na graça verdadeiramente bíblica! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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SEM SABOR E SEM GRAÇA

  Devocional Diário - Descobertas da fé 4 de janeiro SEM SABOR E SEM GRAÇA Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos...