Devocional Diário - Vislumbres da Eternidade
19 de dezembroContrastes
Como enganadores e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem-conhecidos; como se estivéssemos morrendo, mas eis que vivemos; como castigados, porém não mortos; como entristecidos, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, mas possuindo tudo. 2 Coríntios 6:8-10
Quando o reino dos Céus está em nosso coração, ele muda tudo ao redor, transformando nossa forma de ver a realidade. Paulo, em suas cartas aos coríntios, nos ensina a olhar com os olhos de Deus, a enxergar as coisas da forma adequada. A sociedade e a igreja em que aqueles cristãos viviam estavam em convulsão, com uma enorme variedade de estilos de vida e cosmovisões que causavam colisões e tensões. Paulo queria colocar as coisas em seus devidos lugares e ensiná-los a enxergar pela perspectiva correta.
Os discípulos de Cristo, naquele tempo, eram vistos como falsos, mas viviam na verdade. Eram quase desconhecidos, mas tinham o verdadeiro conhecimento. Sofriam, mas se mantinham alegres. Eram pobres, mas enriqueciam as multidões. E essa perspectiva mudou o mundo – inclusive os coríntios. Mesmo centenas de anos depois de Paulo lhes haver escrito, pouco parece ter mudado em nossa sociedade. A verdade é confundida em meio a miríades de ilusões verossímeis. Por vezes, temos vergonha de afirmar que vivemos na verdade, e a experimentamos acanhados e de maneira privada.
Relativamente poucos conhecem o nome de nossa igreja, e muitos nos rotulam dentro de outros grupos religiosos mais conhecidos. Nossos jovens experimentam atividades estranhas ao nosso ideário porque pensam que isso é viver. Não gostamos de sofrer, mas a resiliência parece ser uma virtude para nós. Não gostamos de ser pobres, mas nos agrada ter coisas. E queremos mais, precisamos de mais. Se essa descrição se aplica a você, é hora de rever conceitos.
Leia as cartas de Paulo aos coríntios e peça que a graça, o amor e a comunhão de Deus o ajudem a ver as coisas como elas, de fato, são. Que você possa enxergar a verdade, não como algo privado, mas como algo que deve ser vivido e compartilhado. Que sua resiliência e amor pela verdadeira vida possam enriquecer multidões e mudar a realidade. Pois, somente quando aprendemos a olhar com os olhos de Deus, é que podemos viver a real plenitude.
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