quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Vendo o invisível

 Devocional Diário - Vislumbres da Eternidade

4 de dezembro

Vendo o invisível

Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos. Romanos 8:24, 25


José Saramago escreveu um romance intitulado Ensaio Sobre a Cegueira. A ficção trata de uma estranha enfermidade que vai deixando cega toda a população de uma cidade, exceto uma pessoa. É um texto pungente que traz à tona o que há de pior no ser humano, mas que menciona algumas verdades do mundo em que vivemos. A certa altura, o autor diz: “Creio que não ficamos cegos; creio que estamos cegos, cegos que veem, cegos que, vendo, não veem.” Parece um jogo de palavras, mas representa uma grande realidade.

O apóstolo Paulo, por sua vez, distingue dois tipos de esperança: a esperança que se vê e a esperança que não se vê. Para ele, a esperança que se vê não é verdadeira esperança. Mas o que seria então? Talvez apenas aspirações, algo que nos move, mas que não tem uma base sólida para se apoiar. Todos nós temos aspirações na vida. Quando crianças, sonhamos em ser astronautas ou super-heróis. Quando adultos, sonhamos em ter uma vida feliz e bem-sucedida. Mas muitas vezes essas aspirações se chocam com a realidade do existir, e os resultados nem sempre são os esperados.

As pessoas costumam depositar sua esperança em elementos externos a elas, como na loteria ou em jogos de azar. Mas o olhar brilhante de quem compra um bilhete é apenas uma ilusão, uma falsa esperança. O mesmo acontece quando esperamos que bens materiais nos tragam a felicidade. Essas ilusões são temporárias, e logo precisamos de outro objeto para nos iludir novamente. A verdadeira esperança, no entanto, está associada à salvação, a um panorama novo em que o material e o momentâneo já não são relevantes. É uma visão do mundo que nos oferece confiança em um futuro melhor, mesmo que não saibamos exatamente como ele será.

É preciso olhar para além do horizonte, deixar para trás o materialismo e a efemeridade e abraçar a fé que nos move em direção ao mundo por vir. Deus e Sua Palavra são a base da verdadeira esperança. Alimente essa esperança todos os dias através de sua comunhão com o Eterno, pois é ela que manterá firmes os seus passos neste mundo de cegueira e confusão.

https://mais.cpb.com.br/meditacao/vendo-o-invisivel-3/

Romanos 10 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 10
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 10 – Paulo aborda questões fundamentais sobre justiça divina, a incredulidade de Israel e a responsabilidade dos crentes em proclamar a mensagem da salvação.

Romanos 10 inicia com Paulo expressando sua profunda tristeza pela condição de Israel, que possui “zelo por Deus, mas o seu zelo não se baseia no conhecimento”. Ele reconhece que os judeus buscavam a justiça diante de Deus por meio da Lei, mas falhou em reconhecer que Cristo é o cumprimento dela. O apóstolo introduz uma dicotomia central em sua teologia: A justiça baseada na Lei (que depende do esforço humano) e a justiça baseada na fé (que é concedida por Deus). A declaração do versículo 4, “porque o fim da Lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê”, aponta para Cristo como o clímax e o propósito da Lei.

Paulo continua contrastando as duas formas de justiça, citando textos do Antigo Testamento visando reforçar sua argumentação; menciona Levítico 18:5, que associa a obediência à Lei com a vida, mas rapidamente enfatiza que a justiça que vem da fé “está perto de você, está em sua boca e em seu coração” (Romanos 10:8). Então, Paulo apresenta a essência do evangelho:

“Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus O ressuscitou dentre os mortos, será salvo” (Romanos 10:9). A confissão verbal e a crença interior são inseparáveis, refletindo a integralidade da resposta humana à graça divina. Essa salvação é universal: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13; Joel 2:32).

Após estabelecer que a salvação está disponível a todos, Paulo enfatiza a necessidade de proclamar o evangelho. Ele apresenta uma sequência lógica: “Como, pois, invocarão Aquele em quem não creram? E como crerão em Quem não ouviram falar? E como pregarão se não forem enviados?” (Romanos 10:14-15). Aqui está a centralidade da missão cristã no plano de Deus para a salvação. A fé vem pelo ouvir a Palavra de Cristo (Romanos 8:17).

O capítulo conclui tratando da incredulidade israelita ao evangelho. Citado Salmo 19:4, Deuteronômio 32:21 e Isaías 65:1-2, Paulo explica que Deus estendeu a salvação aos gentios, porém, isso não implica abandono absoluto a Israel.

Deus chama a todos para a salvação. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Só de passagem

 Devocional Diário - Vislumbres da Eternidade

1° de dezembro

Só de passagem

Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe havia sido dito: “Assim será a sua descendência.” Romanos 4:18


Os aeroportos internacionais são, em sua maioria, muito semelhantes entre si. Ainda que alguns possam argumentar que Istambul, Dubai, Singapura, Paris, Madri, São Paulo, entre outras cidades, são extremamente diferentes em sua cultura, a verdade é que todos os aeroportos internacionais, em maior ou menor grau, têm algo em comum. Os aeroportos, assim como as rodovias, os elevadores e os shopping centers, são locais de passagem. Lugares nos quais ninguém, em sã consciência, deseja morar.

Lembro-me da história de Tera e sua família, que partiram de Ur em busca da Terra Prometida, mas não estavam sozinhos. Uma das maiores levas migratórias de sua época ia da Mesopotâmia ao Ocidente, e Harã era um dos destinos mais comuns. Para a maioria dos emigrantes, Harã era o fim da linha, mas não para Tera e sua família. Mesmo assim, acabaram ficando ali, naquela cidade que se transformou em um “local de passagem”, cheio de gente que buscava uma promessa que nunca se cumpria. Abraão, porém, sabia que Harã não era o lugar que Deus havia prometido e esperou pacientemente que seu pai morresse para continuar a viagem, uma jornada longa, mas cheia de esperança.

Outro caso interessante é o de Julio Cortázar e sua esposa, que, após uma viagem de férias pela autoestrada de Paris a Marselha, escreveram um diário de bordo sobre aquela experiência excêntrica. Foram 33 dias de viagem por um trajeto que levaria apenas um dia. Sim, foram 33 dias de viagem. Parece engraçado, e é. Quem tira férias em uma rodovia? Quem decide se contentar em morar em um shopping center? Quem sobe de elevador e não desce? Muita gente, e não é engraçado.

Este mundo, como o conhecemos, é um “não lugar”. Além de ser um local de passagem, as coisas se complicaram e não é fácil viver aqui. Muitas pessoas consideram esta realidade o destino final da viagem. Mas, para os que creem em Jesus, a linha de chegada é o novo céu e a nova terra.

Portanto, não pare nem desista. Prossiga em sua viagem e tenha esperança, pois em breve chegaremos à nossa verdadeira pátria. Espere, ainda que demore; então você verá que sua esperança valeu a pena.

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Romanos 9 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 9
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 9 – O caráter de Deus é justo; Deus é soberano e amoroso, trabalha pacientemente para salvar tanto judeus quanto gentios.

Paulo escreve a respeito da soberania divina e a responsabilidade humana. Ele equilibra a soberania de Deus com Seu amor e justiça.

Romanos 9 compõe uma seção que vai até o capítulo 11, a qual trata do papel de Israel no plano da salvação. Paulo não está discutindo a salvação individual de forma isolada, mas a eleição corporativa de Israel e o propósito redentor de Deus. O apóstolo está lidando com a tensão entre o chamado histórico de Israel como povo escolhido e sua rejeição a Jesus como o Messias.

Em Romanos 9, a eleição é vista como uma escolha funcional, não arbitrária, para cumprir um plano divino. Deus escolhe pessoas e nações para desempenharem papéis específicos na história da redenção. Por exemplo, quando Paulo menciona Jacó e Esaú (Romanos 9:10-13), o foco não é na salvação pessoal, mas na escolha de Jacó como portador de promessas de Deus. Essa escolha não contradiz a justiça divina, porque está enraizada do propósito redentor de toda a humanidade.

Um dos temas centrais em Romanos 9 é a soberania de Deus. Paulo usa exemplos como o endurecimento do coração de Faraó (Romanos 9:17-18), para destacar que Deus, como Criador, tem poder para realizar Seus propósitos. No entanto, a soberania divina nunca opera de forma arbitrária ou injusta. Deus endurece o coração de Faraó após várias rejeições da Sua graça, mostrando que a realidade humana está presente mesmo em meio à soberania divina.

Os “vasos de ira” e “vasos de misericórdia”, em Romanos 9:22-23 são frequentemente mal compreendidos como uma afirmação de predestinação absoluta. Essa metáfora deve ser lida no contexto da paciência divina.

Deus suporta com paciência os vasos de ira para oferecer-lhes oportunidade de arrependimento. Os vasos de misericórdia, por outro lado, representam aqueles que responderam à graça celestial. Assim, a ênfase está na justiça e na misericórdia divina, não na condenação predestinada.

O clímax de Romanos 9 é a inclusão dos gentios no plano da salvação. A eleição de Israel tinha como objetivo ser uma bênção para todas as nações (Gênesis 12:3). Até hoje, todos podem desfrutar da salvação e proclamá-la às nações!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Petricor

 Devocional Diário - Vislumbres da Eternidade

1° de dezembro

Petricor

[Jacó] se aproximou e o beijou. Então [Isaque] aspirou o cheiro da roupa dele e o abençoou. Ele disse: “Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou.” Gênesis 27:27


Nossas memórias mais profundas e íntimas são permeadas de cheiros, aqueles que nos fazem reviver momentos especiais. O perfume dos pãezinhos da infância durante as férias, o aroma das rosas de pétalas grossas na Semana Santa, o das flores de laranjeira e o da grama recém-cortada. O cheiro do mar e o dos bosques de pinheiros. E, acima de todos, o petricor – aquele aroma único que emana quando a chuva cai sobre o campo, o famoso “cheiro de terra molhada”, uma fragrância que traz consigo uma sensação de plenitude e felicidade.

Para Isaque, o petricor era uma reminiscência de sua vida nômade, quando as chuvas traziam vida aos campos ressequidos, os pássaros voltavam a cantar e a paisagem explodia de cores e flores. O cheiro de seu filho Jacó (disfarçado de Esaú) era o de seus sonhos como peregrino. E ele não pôde resistir e se pôs a abençoar. A lembrança saudável de experiências pessoais com Deus produz o mesmo efeito em nós.

Pode ser que o petricor, no final das contas, seja apenas uma lembrança latente de nosso lar original, o Éden. Os galegos têm uma palavra de difícil tradução que faz referência a essa nostalgia pela terra distante à qual desejamos voltar. Chamam isso de morriña. O petricor desperta em cada um de nós a morriña do paraíso, daquele jardim regado todas as manhãs pelo orvalho, onde podíamos caminhar lado a lado com o Criador.

Não fomos feitos para viver entre concreto e asfalto. Não é da nossa natureza habitar entre alumínio e cerâmica. Somos da terra, pessoas sujeitas às inclemências da natureza, mas que sabem que Deus pode dominá-las para o nosso bem. Somos seres que apreciam as belezas naturais, pois isso é natural para nós. Seres que têm lembranças de casa e que, com toda a saudade do mundo, anseiam voltar para ela.

Que o petricor continue a nos transportar para nossas lembranças mais profundas, para o lar original do qual viemos e para onde um dia esperamos retornar. Que nossas memórias mais íntimas nos façam viver à luz daquela terra de glória em que nunca estivemos, mas da qual morremos de saudade. Já posso sentir o aroma daquele magnífico lugar!

https://mais.cpb.com.br/meditacao/petricor/

Romanos 8 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Romanos 8
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 8 – A luta descrita por Paulo em Romanos 7, não é o fim da história; ela aponta para a vitória em Cristo, uma esperança que nos sustenta enquanto aguardamos Seu retorno. Romanos 8 continua seu raciocínio: “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo e a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte”.

• “Ninguém que crê em Jesus Cristo está sob a escravidão da Lei de Deus; pois Sua Lei é uma Lei de vida, não de morte, para aqueles que obedecem aos seus preceitos. Todos os que compreendem a espiritualidade da Lei, todos os que compreendem Seu poder como detector do pecado estão numa condição tão desesperadora como o próprio Satanás, a menos que aceitem a expiação provida para eles no sacrifício curativo de Cristo, que é nossa expiação – ou reconciliação – com Deus” (Ellen White).

Romanos 8 é um dos capítulos mais elevados e triunfantes da Bíblia. Paulo nos conduz a uma visão clara da vitória em Cristo, da obra do Espírito Santo e da certeza da salvação. A condenação que antes recaía sobre o crente em virtude de sua incapacidade de obedecer a Lei foi removida em Cristo.

A libertação não significa que a Lei foi abolida, mas que a condenação da Lei foi superada pelo sacrifício de Cristo. Paulo enfatiza a obra do Espírito Santo como o agente transformador na vida cristã. Ele liberta da lei do pecado e da morte (Romanos 8:2), habita nos crentes (Romanos 8:9) e os capacita a viver segundo a vontade divina, não mais na carne (Romanos 8:3-13).

• “Deus nos comprou, e reivindica um trono em cada coração. Nossa mente e corpo devem estar subordinados a Ele, e os hábitos e apetites naturais devem ser subservientes às mais elevadas necessidades da alma. Mas não devemos pôr nossa confiança em nós mesmos nesta obra. Não podemos com segurança seguir nossa própria orientação. O Espírito Santo precisa renovar-nos e santificar-nos” (Ellen White).

Paulo apresenta nossa adoção por Deus – uma das mais belas realidades do evangelho. Essa adoção confere ao cristão não apenas uma nova identidade, mas também uma herança gloriosa (Romanos 8:14-39). Em Cristo, somos mais que vencedores! Quantos privilégios! – Heber Toth Armí.


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domingo, 1 de dezembro de 2024

Fortaleza em Tempos de Angústia

 Fortaleza em Tempos de Angústia

Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio sempre presente na adversidade.
Salmos 46:1 NVI


Em momentos de angústia, podemos encontrar refúgio e fortaleza em Deus. Ele é nosso socorro sempre presente, pronto para nos amparar e sustentar. Quando nos sentimos sobrecarregados pelas dificuldades, podemos correr para Deus e encontrar segurança em Sua presença. Ele é nossa rocha inabalável, sempre pronto para nos proteger e guiar.
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Esperançosos

 Devocional Diário - Vislumbres da Eternidade

1° de dezembro

Esperançosos

A esperança não nos deixa decepcionados, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi dado. Romanos 5:5

É possível viver de ilusões, mas há algo mais nobre e sublime que pode preencher o vazio deixado pela decepção: a esperança. Aqueles que se apegam a números da loteria ou ao desejo de riqueza e poder muitas vezes encontram apenas frustração e insatisfação. Porém, para os esperançosos, há uma posição especial na vida, uma perspectiva que abrange tanto o passado quanto o futuro.

A esperança nos posiciona de maneira única no mundo. Enquanto os iludidos se concentram apenas no presente, os esperançosos compreendem a segurança proporcionada pelo passado e a promessa do futuro. Eles sabem que Deus Se preocupa com suas histórias e que um dia compartilharão a história com o Senhor. Por isso, vivem com a tranquilidade que vem de saber que sua vida é guiada por uma mão divina.

Essa tranquilidade é muito diferente da ansiedade que atormenta os iludidos. A esperança traz paz ao coração e acalma todos os medos. Ellen G. White escreveu: “Quando Cristo, a esperança da glória, estiver formado em nós, seremos bem equilibrados; não seremos mutáveis, mas nos colocaremos acima das influências que desalentam e inquietam aqueles que não estão firmados em Cristo” (Conselhos Sobre Saúde, p. 362). Para os esperançosos, todas as adversidades são oportunidades para crescer e melhorar.

A esperança é um dom que Deus oferece a todos, independentemente de suas ilusões ou decepções. Não é algo que fica preso dentro de uma caixa, como na história de Pandora, mas algo que é derramado sobre todos os corações. É uma esperança que não desilude, pois vem acompanhada do amor divino. Essa esperança é o antídoto perfeito para a decepção e o desencanto.

Diante disso, estimulo você a orar: “Senhor, que o mesmo Espírito que deu esperança a tantos no passado seja concedido a nós hoje.” A partir dessa oração, busque uma vida de esperança, fé e amor, que o guiará todos os dias de sua vida. Meu sincero desejo é que a esperança seja sua bússola, apontando sempre para um futuro maravilhoso e cheio de possibilidades. Acima de tudo, que a esperança do retorno de Jesus alimente o seu coração.ainda/

https://mais.cpb.com.br/meditacao/esperancosos/

Romanos 7 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Romanos 7
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


ROMANOS 7 – Há uma tensão entre a Lei de Deus, o pecado, e a experiência humana. Em Romanos 7 temos uma visão rica da condição do ser humano caído e o papel da graça.

Paulo começa com uma analogia do casamento ilustrando a relação do pecador convertido com a Lei. Ele declara que a Lei tem domínio sobre uma pessoa enquanto ela vive, mas que a morte traz liberdade dessa jurisdição. Para o convertido, morrer com Cristo significa ser liberto da condenação da Lei, mas não da sua relevância moral (Romanos 7:1-6).

Romanos 7:12 afirma, “de fato a Lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom”. A Lei reflete o caráter divino. Desta forma, a Lei divina é imutável e serve como espelho, revelando o pecado (Romanos 7:7). Contudo, ela não é um meio de salvação, mas aponta para a necessidade da graça.

• A função da Lei é diagnosticar a condição pecaminosa do ser humano, mas somente Cristo pode prover o remédio.

A partir de Romanos 7:14, o apóstolo descreve uma luta intensa: “Sabemos que a Lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado”. Paulo retrata uma guerra interna entre a vontade de Deus e a inclinação natural para o pecado. “Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer esse eu continuo fazendo” (Romanos 7:19). Essa luta é uma realidade na jornada da santificação – uma obra contínua do Espírito Santo, levando o fiel a refletir cada vez mais o caráter de Cristo.

• A vitória só é possível somente através da entrega completa ao poder de Cristo (Romanos 7:25).

A angústia do cristão culmina na expressão de Paulo: “Miserável homem que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” Essa pergunta retórica aponta para a única resposta: “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Romanos 7:20-25). Essa libertação em Cristo é o coração do evangelho.

• A liberdade em Cristo não é uma licença para pecar, mas um poder sobrenatural para vencer o pecado.

• Na teologia bíblica, a Lei não foi abolida. Romanos 7 mostra que ela continua sendo um guia moral aos cristãos, enquanto a graça os capacita à obediência.

Diante disso, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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Vendo o invisível

  Devocional Diário - Vislumbres da Eternidade 4 de dezembro Vendo o invisível Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê nã...