domingo, 4 de agosto de 2024

Nem Peter Pan nem Wendy

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
de agosto

     Nem Peter Pan nem Wendy

   Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação. Romanos 15:2

   Com certeza você já ouviu falar que pessoas que não querem crescer e que levam uma vida irreal e cheia de caprichos têm a “síndrome de Peter Pan”. Como no romance de J. M. Barrie, a pessoa afetada por esse distúrbio prefere viver no infantilismo, no raciocínio mágico e na dependência de outros. E para que haja um “Peter Pan”, faz-se necessário que alguém assuma o papel de “Wendy”. Isso quer dizer que há outras pessoas que mantêm essa situação com seu apoio, seu trabalho e assumindo as responsabilidades do outro, que não quer compromisso com nada. Podemos, portanto, falar sobre uma “síndrome de Wendy”, que tende a ser confundida com uma virtude cristã, mas que não é.

   Como identificar uma pessoa que tem esse problema? Primeiro, por questões culturais ou religiosas, a pessoa entende que o amor é equivalente ao sofrimento e à submissão. Além disso, tende a evitar situações de tensão e procura impedir que os demais fiquem zangados ou sintam-se incomodados. Tem uma enorme obsessão por agradar a todas as pessoas ao seu redor. Quando é casada, esquece sua função de esposo ou esposa e adota uma postura paternal ou maternal. Não se importa em se humilhar para evitar situações adversas. Pede perdão, mesmo não sendo culpada do que aconteceu. E, principalmente, depende da aceitação social, ficando deprimida quando não lhe dão a atenção que espera receber.

   Para evitar essa tendência nociva, Paulo propõe que agrademos aos outros por coisas boas. Justificar o erro de um filho, por exemplo, pode até lhe agradar, mas não é bom. Inocentar uma pessoa amada que está vivendo de maneira errada é ser conivente com o pecado. O apóstolo também indica que devemos agradar com o objetivo de edificar, e uma boa edificação requer bons fundamentos. Uma casa pode ser muito bonita, mas sem um bom alicerce, está fadada à ruína.

   O mundo caminha para uma epidemia de “peterpanismo”, mas também não podemos ser “Wendys”. Somos chamados para ser amáveis, mas também para edificar em Cristo, o que não requer uma submissão irracional. Devemos seguir sempre na direção do que é bom, abençoando as pessoas ao nosso redor.

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