Alteridade

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
5 de agosto
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Alteridade

Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de seu próximo. 1 Coríntios 10:24

Nossa relação com os outros depende muito de nossa história pessoal. Alguns pensam que alguém que nasceu tímido ou sociável, amoroso ou arredio, falante ou calado, sensível ou insensível não pode fazer nada para mudar. Não é assim. Podemos melhorar nossas habilidades sociais. Pareceria insensato que alguém argumentasse que nasceu sem capacidade para cozinhar e que, por isso, nunca será capaz de fazer nada nesse sentido. Até a pessoa mais desinteressada nesse assunto é capaz de fazer um sanduíche e, com um pouco de esforço, acabará preparando um maravilhoso prato. Algo parecido acontece com as habilidades sociais. É preciso trabalhá-las, pois sempre é possível melhorar.

Recentemente, abordamos o tema da empatia, e eu gostaria de voltar a esse assunto muito importante, pois essa é uma habilidade social fundamental. Apresento a seguir algumas dicas para exercitar essa virtude cristã:

1. Resolva seus preconceitos. Os preconceitos são generalizações que simplificam a realidade, mas não são a realidade. Experimente desafiar os rótulos que circulam em sua mente. Você verá que existem muitas pessoas que não são o que os outros pensam delas.

2. Torne-se um pesquisador. Imagine que você seja um antropólogo e que deve conhecer outras maneiras de pensar e de viver. Seja saudavelmente curioso em relação aos outros. Mostre interesse pela maneira como eles lidam com os mesmos problemas que você tem. Esse interesse no outro se chama “alteridade”.

3. Seja esponjoso, isto é, absorva o que há de melhor (somente o que há de bom!) em cada pessoa. Nesse encontro com o “outro”, esteja disposto a mudar o que precisa ser mudado em sua vida, mas também a manter o que deve ser mantido, tudo à luz da Palavra de Deus.

4. Não tente fazer tudo isso sozinho. Cristo disse “sem Mim vocês não podem fazer nada” (Jo 15:5). Busque o auxílio do Senhor para poder aceitar e amar as outras pessoas, ajudando-as a melhorar e também mudar aquilo que precisam mudar.

Colocar-se nos sapatos de outro nunca foi tarefa simples, mas com a ajuda de Deus podemos fazer isso e muito além. Os mais beneficiados seremos nós mesmos.

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