Devocional Diário
Vislumbres da eternidade11 de agosto
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A Era da Distração
Traga o povo que é cego, ainda que tenha olhos, e que é surdo, ainda que tenha ouvidos. Isaías 43:8
Um dos filósofos mais importantes do século 20 insistia que, naquele século, vivíamos na Era da Técnica. Tudo havia começado com as máquinas a vapor. Nessa época, tudo que era atual estava incluído no que se chamava de “moderno”. O moderno estava relacionado com o progresso científico; a ciência era uma vaca sagrada que não podia ser questionada. A palavra “dever” tinha muita relevância, e as pessoas viviam em função dela. Devia-se estudar porque esse era o dever de uma criança ou de um jovem. Devia-se trabalhar porque esse era o dever de um adulto responsável. Devia-se ter uma família porque esse era o dever social, pois as famílias formariam uma grande pátria. Mas chegaram as bombas atômicas, o câncer se instalou, as crises econômicas se intensificaram, e a ciência caiu do seu pedestal.
Hoje vivemos outros tempos, e a palavra “dever” foi substituída por “gostar”. Muitos jovens pensam mais nas atividades do fim de semana do que nas da própria semana. Os adultos sonham em “fazer o que gostam” e viver disso. As relações familiares ou do casal estão vinculadas ao prazer e subsistem em condições de instabilidade. Não resta dúvida de que vivemos na Era da Distração.
Atualmente quase ninguém dura muito tempo em alguma coisa. Antes, um trabalho era para toda a vida. Hoje, as atividades laborais são intermitentes, algumas vezes por desejo e, muitas vezes, por uma realidade social. Antes, uma amizade durava anos. Hoje, o problema não é estabelecer contatos, mas manter relações. Antes, o amor sonhado era para sempre. Hoje, a maioria vive uma onda de emoções que vão e vêm. Falta concentração e somos constantemente interrompidos. Algo semelhante ocorre na vida espiritual. Antes, um sermão devia nos melhorar como pessoas e tínhamos o dever de crescer religiosamente. Hoje, apenas gostamos ou não do sermão. Antes, ler a Bíblia era a forma de compreender a Deus. Hoje, é a opinião pessoal que faz a teologia.
Tudo isso é muito grave! Não é errado fazer aquilo de que gostamos, desde que esteja em harmonia com o que cremos. A questão primordial é dar prioridade ao que diz a Palavra de Deus. Você tem se concentrado no mais importante?
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