domingo, 30 de junho de 2024

Divino humor

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
30 de junho

Divino humor

Estava ali certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia. Marcos 5:25


Jesus havia acabado de desembarcar, e uma multidão O rodeava. Enquanto ainda estava na praia, um alto dignitário da sinagoga, Jairo, se aproximou suplicando que o Mestre curasse sua filha que já agonizava. Com todas aquelas pessoas ao redor, os dois percorreram o caminho até a casa de Jairo, com Jesus ficando espremido no meio da multidão. É nesse momento que o relato bíblico muda o foco para uma mulher marginalizada, que sofria de uma enfermidade que a tornava imunda havia 12 anos. Nem mesmo seu marido, seus filhos ou pais podiam tocá-la. Porém, ela sabia que um simples toque de Jesus poderia salvá-la, e assim decidiu tocar a capa do Mestre.

Em meio à agitação da multidão, ela se aproximou lentamente até, por fim, tocar na orla da capa de Jesus, que miraculosamente a curou. Sentindo uma mistura de alegria e vergonha, a mulher decidiu se afastar anonimamente, mas então ouviu Jesus perguntar quem havia tocado em Sua roupa. A pobre sofredora ficou com medo de ser repreendida e provocar agitação e transtorno, mas Jesus a acolheu e declarou que ela estava curada e merecia o carinho de todos. Ele a ressuscitou socialmente e fez isso com bom humor.

Os presentes ainda estavam sorrindo quando um mensageiro informou que a filha de Jairo havia morrido. O pai estava prostrado pela dor, e Jesus pediu que ele confiasse Nele. Profissionais da morte já estavam presentes quando Cristo chegou à casa. As carpideiras gemiam, aumentando a dor dos familiares. Jesus, porém, lembrou a todos que a adolescente estava dormindo e disse: “Menina, levante-se!” O milagre foi realizado, e a menina ressuscitou com uma fome imensa, própria das pessoas saudáveis. Ele a ressuscitou biologicamente e fez isso com bom humor.

Jesus enfrentava as adversidades com a certeza da solução. Ele sabia que nada era impossível para Ele e Se permitia minimizar a enfermidade e a morte. Para Cristo, essas coisas não eram obstáculos, mas oportunidades para mostrar Seu carinho pelos vivos que morrem e pelos mortos vivos. E o mais surpreendente era que Ele fazia tudo isso com muito bom humor.

Assim como nosso Salvador, devemos sempre encarar os problemas da vida com otimismo e uma atitude positiva. Afinal, temos Jesus em nosso viver!

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Miqueias 6 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Miqueias 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MIQUEIAS 6 – Uma síntese deste capítulo facilita nossa compreensão de sua mensagem:

• Ouça atentamente a avaliação de Deus: A justiça divina clama desde as montanhas (Miqueias 6:1-2).

• Relembre constantemente da bondade/bênçãos de Deus: Deus libertou Israel do Egito, libertou pecadores do cativeiro do pecado e guia Seu povo com amor (Miqueias 6:3-5).

• Informe-se sobre a distorção da religião: Formalidades e ritualismos vazios não agradam a Deus; Ele busca corações humildes, sinceros e obedientes (Miqueias 6:6-8).

• Saiba exatamente o que Deus requer de nós: A revelação é clara, Deus requer apenas três itens: Justiça, misericórdia, e humildade diante Dele (Miqueias 6:8).

• Esteja ciente que a corrupção será punida por Deus: Injustiça e engano não escaparão do julgamento divino (Miqueias 6:9-12).

• Reconheça que o caminho do Senhor é a verdadeira vida: A fidelidade a Deus é a nossa maior segurança; opor-se a Ele é prejuízo a nós mesmos (Miqueias 6:13-16).

A essência deste capítulo está no versículo 8. Em vez de pedir coisas exorbitantes (Miqueias 6:6-7), demasiadamente grandes e extraordinárias para nós, “Deus pede três coisas: (1) ‘pratiques a justiça’, ou seja, ser justo com as outras pessoas, em uma dimensão ética e relacional; (2) ‘ames a misericórdia’, ou ter satisfação em ser misericordioso; e (3) ‘andes humildemente com o teu Deus’, isto é, ter uma atitude de humilde sabedoria em resposta ao Senhor. Os dois princípios iniciais estão ligados ao relacionamento horizontal, de ser humano com ser humano, ao passo que o último lida com a relação vertical entre ser humano e Deus. Esses três princípios são o cerne da adoração” (Bíblia Andrews).

A integração desses três princípios – justiça, misericórdia e humildade – cria uma base sólida para a ética pessoal e comunitária. Juntos, eles formam um tripé que sustenta uma vida moralmente íntegra e espiritualmente significativa.

A justiça sem misericórdia pode tornar-se legalismo frio; a misericórdia sem justiça pode ser permissiva e ineficaz; e ambas, sem humildade diante de Deus, podem ser distorcidas pelo orgulho e pela autossuficiência.

Ao aplicar tais princípios, criamos um impacto positivo em nosso entorno. Praticar a justiça promove um ambiente de equidade, amar a misericórdia fomenta uma cultura de compaixão e solidariedade, e andar humildemente com Deus inspira outros a buscar uma vida centrada em valores espirituais e éticos!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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sábado, 29 de junho de 2024

Risoterapia

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
29 de junho

Risoterapia

O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos. Provérbios 17:22

Você é otimista ou pessimista? Está mais que comprovado que o espírito triste enfraquece o sistema imunológico, o que pode resultar em várias doenças. Por outro lado, uma atitude positiva é extremamente benéfica. Gargalhar é um excelente exercício aeróbico, sabia? Rir ajuda a melhorar o humor, a liberar o estresse e a ansiedade. Uma boa sessão de risos é uma das melhores terapias, pois faz com que os níveis de cortisol diminuam. Além disso, o riso aumenta a produção de endorfina e dopamina, que produzem estados de felicidade. E, como se isso não bastasse, melhora a oxigenação do cérebro, o que aumenta a criatividade e a autoestima.

Uma atitude positiva acompanhada de muitos sorrisos, risadas frequentes e até algumas gargalhadas é capaz de melhorar suas relações interpessoais. As pessoas alegres atraem outras pessoas, pois as beneficiam. As pessoas tristes e negativas imprimem uma marca oposta nos demais e não são uma companhia tão apreciável. Ter um coração alegre é sinônimo de uma atmosfera saudável e muitos amigos.

Apresentamos alguns conselhos para você rir mais e melhor:

1. Não se leve demasiadamente a sério. Rir de si mesmo é uma demonstração de inteligência e de uma boa percepção da realidade. Isso significa que somos capazes de superar nossos rótulos pessoais e de ter pensamentos alternativos.

2. Procure encontrar o ponto engraçado. Quando uma situação fica muito tensa, use o bom humor. Dessa forma, a ansiedade diminui, e você pode se concentrar no assunto de maneira mais relaxada e saudável. Evite dramatizar exageradamente algumas situações; isso permitirá que você seja mais criativo e encontre soluções melhores.

3. Liberte-se das lembranças negativas. Todos já passamos por alguma situação em que nos sentimos ridículos por algo que fizemos e que nos deixou pesarosos. Livre-se dessa carga com bom humor. Compartilhe a experiência e se esqueça dela.

Entre tantas outras virtudes, o riso economiza dinheiro. Como disse Roberto Pettinato, “o riso cura. Ele é a obra social mais barata e eficiente do mundo”. Vale a pena dar umas boas risadas hoje, não é mesmo?
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Miqueias 5 Comentário:

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Miqueias 5
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MIQUEIAS 5 – As profecias de Miqueias revelam duas faces de Deus: Sua ira contra o pecado e Seu amor ao pecador. Sua mensagem é complexa; ela mostra o equilíbrio entre justiça divina e misericórdia.

A primeira aplicação de Sua profecia refere-se diretamente ao contexto histórico de Israel e Judá. Deus permitiu que Seu povo sofresse as consequências de seus pecados, levando-os ao cativeiro babilônico. Contudo, Miqueias profetizou a restauração dos remanescentes, cumprida parcialmente nos decretos de Ciro, que permitiram o retorno dos exilados a Jerusalém (Esdras 1:2-4; Isaías 45:1-6). Zorobabel liderou o retorno e a reconstrução do templo, mas a restauração não foi completa; pois, nem todos os israelitas voltaram, e o povo não se tornou a grande nação que Deus desejava.

A profecia de Miqueias ganha um comprimento mais pleno em Cristo. Jesus é o Libertador Supremo, quebrando o poder do pecado e unindo judeus e gentios em um só povo de Deus, a Igreja. Sua morte e ressurreição oferecem garantia de libertação da morte e do pecado (João 10:11, 27-29; Hebreus 2:9-16). Jesus, como o Bom Pastor, abre um caminho de acesso ao Pai e enfrenta as forças do mal para libertar a humanidade (Miqueias 2:12-13; 5:1-6; Colossenses 1:17-23; João 14:6).

A profecia de Miqueias aponta para o cumprimento pleno na segunda vinda de Cristo. A libertação iniciada na cruz será completada quando Jesus retornar para reunir os escolhidos e conduzi-los ao reino dos Céus (Apocalipse 7:9-10). Na segunda vinda, Jesus invadirá o reino do mal, retirando o remanescente fiel e os conduzindo a um ambiente livre de pecado e morte, reinando sobre o Universo em justiça e paz (Miqueias 5:7-15; Mateus 24:30-31; Filipenses 3:20-21; João 14:1-3; Apocalipse 21:1-8, 22-27; 22:1-7).

A profecia foca primariamente a primeira vinda de Cristo:

• O Messias viria de uma origem humilde (Miqueias 5:2).

• Suas origens envolve a eternidade, revelando Sua natureza eterna (Miqueias 5:2).

• O Messias seria Pastor e Rei (Miqueias 5:4).

• Sua presença traria paz na Terra (Miqueias 5:5).

• Ele derrubaria os inimigos e estabeleceria a justiça divina (Miqueias 5:9-15).

Jesus mostra que...

...a grandeza pode surgir de lugares humildes, como Belém;
...Sua vinda era parte de um plano eterno, sublinhando Sua divindade;
...Sua liderança seria serviçal, mas estabeleceria justiça e derrotaria o mal.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 28 de junho de 2024

Um Jesus de verdade

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
28 de junho

Um Jesus de verdade

Por que você vê o cisco no olho do seu irmão, mas não repara na trave que está no seu próprio? Mateus 7:3

Recordo-me do primeiro filme que vi sobre Jesus, O Evangelho Segundo São Mateus, de Pier Paolo Pasolini. A imagem daquele Jesus em preto e branco, sobre vidas cinzentas, ainda me entristece. Agradeço por ter conhecido o Jesus do clássico Ben-Hur, que trouxe cor para minha vida. No entanto, foi somente no final de minha adolescência, ao ler Ellen G. White, que encontrei a imagem mais completa de Jesus. Um trecho de seus escritos representa bem esse encontro: “Procurei desviar-me de Seu olhar, sentindo-me incapaz de suportá-lo por ser tão penetrante. Ele, porém, aproximou-Se com um sorriso e, pondo a mão sobre minha cabeça, disse: ‘Não tema!’ O som de Sua doce voz agitou-me o coração com uma felicidade que nunca antes havia experimentado” (Primeiros Escritos, p. 93, 94 [80, 81]).

O Jesus dos evangelhos é uma figura de amor, cura e salvação, que também tem bom humor. Em Sua época, Jesus usava exageros e ilustrações para transmitir Suas mensagens, como quando disse que “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus”. Embora essa mensagem seja forte, a imagem é engraçada. Jesus gostava das pessoas, mas também tinha que dizer o que precisava ser dito, por isso usava parábolas e humor.

Esses métodos gentis para momentos difíceis são uma boa lição para nossa vida. Independentemente da situação em que nos encontramos, seguir a atitude de Jesus em momentos complicados pode nos ajudar a superá-los. Ele nos ensina que é possível ser amoroso e gentil, mesmo quando se tem que ser direto e claro.

A presença de Jesus pode despertar em nós uma santa reverência e um amor inexprimível. É a lembrança de Seu sorriso amoroso que nos enche de alegria e nos dá força para seguir em frente, mesmo nos momentos mais difíceis.

Ao seguir o exemplo de Jesus, podemos aprender a amar as pessoas e a expressar nosso amor de maneira gentil e clara. Afinal, a mensagem de Cristo é uma mensagem de amor e esperança, que nos ensina a buscar a verdade e a iluminar o mundo com o amor de Deus.

Nunca se esqueça: sua vida é o maior sermão que você poderá pregar. Portanto, reflita Jesus. Que o mundo O conheça através de você.

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Miqueias 4 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Miqueias 4
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MIQUEIAS 4 – Assim como Israel foi liberto do exílio babilônico, Cristo redime a humanidade do cativeiro do pecado. Este capítulo aponta para a realeza restaurada em Jerusalém, que se cumpre em Jesus, o Rei dos reis, que estabelece Seu reino eterno.

Nesse reino, o Messias inclui os marginalizados e aflitos, cumprindo a promessa de reunir e fortalecer os dispersos (Miqueias 4:5-13). O “monte do templo” elevado simboliza a plena manifestação do Reino de Deus no fim dos tempos, onde Ele será reconhecido por todas as nações. A reunião das nações em Jerusalém prefigura a futura unidade global sob o governo divino (Miqueias 4:1-3). A promessa de que as nações não aprenderão mais a guerra realiza-se plenamente no Novo Céu e Nova Terra (I Pedro 3:13).

A imagem de cada um sentado sob a videira e figueira aponta para a segurança e prosperidade eterna dos redimidos na presença de Deus (Miqueias 4:4). A reunião e fortalecimento dos dispersos e aflitos culmina na restauração final dos fiéis na Nova Jerusalém (Miqueias 4:6-8). Assim como Israel foi liberto do exílio no passado, os crentes serão finalmente libertos do sofrimento e habitarão para sempre com o Senhor (I Tessalonicenses 4:17).

O texto de Miqueias 4:1-13 traz uma mensagem rica em significado:

• Teologicamente, reafirma a supremacia de Deus, a importância de Sua Lei, e a promessa de um futuro de paz e justiça. No fim dos tempos, Deus estabelecerá Seu reino de maneira definitiva e visível, reconhecido por todas as nações. Ali a Lei de Deus será a norma eterna de justiça.

• Cristologicamente, prefigura a vinda de Cristo, Sua obra de redenção e Seu reinado eterno sem nenhuma concorrência e oposição. A vinda de Cristo é o início da realização das promessas messiânicas, que serão completadas em Sua segunda vinda trazendo libertação completa das consequências do pecado aos súditos do Seu reino.

• Escatologicamente, aponta aos últimos dias, ao julgamento final, à restauração plena dos fiéis, e à paz universal que reinará no reino divino. Deus julgará as nações, recompensando os justos e punindo os ímpios.

Os planos de Deus nos fazem esperar Novos Céus e Nova Terra onde não haverá mais dor, sofrimento ou guerra, mas onde a paz e a justiça divina reinarão eternamente.

Temos razões para reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 27 de junho de 2024

O brilho das lágrimas

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
27 de junho

O brilho das lágrimas

Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. Salmo 126:5, 6

No meio do shopping, um menino chorava inconsolavelmente, cercado por pessoas que tentavam acalmá-lo. Seu choro encheu o lugar com tristeza e dor. Foi quando a mãe chegou, ofegante e agitada. Os dois se fundiram em um abraço apertado e sentido. A mãe lembrou o filho de que não deveria ter se afastado dela, e o menino, entre soluços, concordou. Dois minutos depois, o sorriso retornou ao rosto da criança, e a mãe estava feliz por tê-la de volta em seus braços. O garoto aprendeu a lição de que não há nada melhor do que estar perto da mãe, enquanto a mãe aprendeu a lição de que deveria ter segurado a mão do filho com mais firmeza.

Às vezes é preciso chorar, e chorar sem pressa. O sorriso que começa com uma lágrima tem a força de uma adversidade superada, do crescimento pessoal, do fortalecimento da confiança. Jesus também nos ensina a ver a alegria através das lágrimas. Em seu Sermão do Monte, Ele nos diz que somos felizes ao chorar, porque seremos consolados. Ele nos permite olhar além do momento para que possamos vislumbrar o final, onde Ele está pronto para nos abraçar e fazer-nos esquecer o pranto. Se choramos por uma dor física, Ele nos lembra que haverá um tempo em que não sentiremos mais dor. Se choramos pelos outros, Ele nos lembra que Seu julgamento é justo e que deseja o melhor para Suas criaturas. Se choramos por nossos pecados, Ele nos lembra que não existe anomalia neste mundo da qual não nos possa tirar.

Neste mundo, muitas vezes sairemos andando e chorando, mas voltaremos com alegria. Não importa o quanto você chore, não desista. Não se preocupe com as opiniões dos outros, nem com as tentações da desesperança, nem com a dor da incompreensão. Chore o quanto precisar, mas não deixe de olhar através das lágrimas. No final, um sorriso estará à sua espera.

Não podemos deixar que o pranto nos cegue para a felicidade que virá depois. Se permitirmos que as lágrimas escorram, podemos encontrar o caminho para um sorriso sincero.

Com fé em Deus, olhe para além da tristeza e encontre a alegria que espera você no final da jornada.

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Miqueias 3 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Miqueias 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MIQUEIAS 3 – O profeta Miqueias denuncia líderes de Israel por sua injustiça, corrupção e opressão do povo, e proclama o julgamento iminente de Deus sobre eles. Ele condena tanto os governantes quanto os profetas e sacerdotes por sus perversão, profetizando que, devido às suas ações pervertidas, a cidade de Jerusalém seria devastada.

Enquanto Miqueias prevê consequências físicas (destruição de Jerusalém) como resultado do julgamento por causa do pecado, o profeta Amós prevê consequências espirituais (fome da Palavra de Deus, Amós 8:11-12). Miqueias e Amós mostram que as ações injustas levam a uma separação de Deus e a um sofrimento subsequente.

O texto de Miqueias 3 fala a todas as épocas, e para nossa realidade não é diferente:

• Assim como os líderes de Israel proclamavam uma falsa segurança enquanto eram corruptos (Miqueias 3:11), no tempo do fim haverá um aumento da apostasia e da falsa segurança entre os líderes religiosos, conforme descrito em várias passagens escatológicas, por exemplo II Tessalonicenses 2:3-4.

• Aqueles que rejeitam à Palavra de Deus no presente, preferindo as palavras dos falsos profetas, quando for tarde demais e a verdadeira Palavra de Deus estiver escassa, muitos buscarão por todos os lados, mas não a encontrarão (Miqueias 3:1-7). Isso é consistente com passagens que falam sobre a escassez do ensino bíblico verdadeiro nos últimos dias (II Timóteo 4:3-4; II Tessalonicenses 2:9-11).

• Os tempos de tribulação antes da segunda vinda de Cristo são caracterizados por grande apostasia e corrupção, como foi antes da destruição de Jerusalém (Miqueias 3:9-12). Assim, tal como Miqueias profetizou a destruição de Jerusalém devido ao pecado, no período escatológico haverá um julgamento final sobre a injustiça e o pecado do mundo. A advertência contra a corrupção e a promessa de julgamento ressoam como um lembrete constante da santidade de Deus e da necessidade de integridade moral (Romanos 2:2).

Se quisermos viver os planos de Deus em meio a corrupção social, devemos atentar para Miqueias 3:8, que nos ensina a:

1. Buscar dependência do Espírito Santo para obter força e coragem.
2. Praticar a justiça como fruto do Espírito.
3. Ser capacitado pelo Espírito para cumprir a missão profética.
4. Ter clareza e ousadia na denúncia do pecado.
5. Desenvolver confiança no Espírito em tempos de apostasia generalizada.

Reavivemo-nos no Espírito! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 26 de junho de 2024

Graça em um mundo sem graça

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
26 de junho

Graça em um mundo sem graça

Ele encherá a sua boca de riso e os seus lábios de alegria. Jó 8:21

A notícia da desgraça de Jó havia se espalhado por todo aquele país, ecoando de aldeia em aldeia, de tenda em tenda, de pastores de rebanhos nas planícies até as portas das cidades. Todos comentavam como ele havia perdido tudo: seus filhos, seus imóveis e produtos, e até mesmo sua esposa havia perdido a sanidade. O que Jó teria feito para merecer tal punição divina? Essa era a pergunta que não saía dos lábios de todos.

Os comentários sobre o caso de Jó chegaram a tal ponto que decidiram criar uma comissão para investigar o assunto. Foram escolhidos três homens, cada um representando uma classe diferente. Elifaz, erudito e excelente teólogo, representava os moradores de Temã. Bildade, de espírito tempestuoso como Adade, considerado deus das tormentas, representava os povos arameus. Zofar, bom conhecedor da natureza e defensor da cultura popular dos nômades, completava o trio. Além desses, acompanhava-os Eliú, jovem aspirante a sábio, que gostava de ser coerente e ter ideias claras. O que todos eles tinham em comum era a crença de que Jó havia feito algo de errado.

Quando se encontraram com Jó pela primeira vez, ficaram chocados com sua condição. O homem estava sozinho, sem posses, abandonado e com uma doença de pele desagradável. Logo começaram a “consolá-lo”, pedindo que ele reconhecesse seus erros para que pudesse se alegrar novamente. Mas Jó não estava interessado em suas palavras vazias. Ele sabia que somente seu Redentor poderia salvá-lo.

Às vezes, deixamo-nos levar pelos estereótipos e preconceitos religiosos e, sem sequer conhecer as pessoas, nós as julgamos. Mas essa não é a forma correta de agir. Somente Deus é capaz de julgar e conceder graça para compensar nossos erros. Jó enfrentou palavras ofensivas de seus amigos, mas manteve sua fé inabalável, confiando no Senhor.

O patriarca compreendeu que, diante da falta de graça deste mundo, a única saída é confiar no Senhor e em Sua misericórdia. A história de Jó é uma lembrança de que, mesmo em meio às maiores adversidades, a fé pode ser uma fonte de força e esperança. Acima de tudo, ela nos mostra que, independentemente das circunstâncias, a graça de Deus está sempre presente para nos salvar.

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Miqueias 2 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Miqueias 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MIQUEIAS 2 – Para compreender melhor a mensagem e o contexto do livro de Miqueias, é essencial reconhecer a continuidade e a relação entre as profecias deste livro e as de outros profetas.

Observe que Miqueias 1 e 2 “tomam os temas de julgamento primeiramente ouvidos em Joel e Amós. Isso se explica pelas denúncias de pecado em Israel e em Judá (1:5-6). Miqueias usou figuras de prostituição para descrever o culto idólatra, como fizera Oseias (1:7). Esses discursos retratavam um dia devastador para Samaria (1:6), mas também falava do perigo junto ao portão de Jerusalém (1:9, 12). Tal perigo chegou no cerco de 701 a.C. (2Rs 18-19). O capítulo 2 lembra Amós ao detalhar os pecados do povo e a falta de disposição deles em ouvir a pregação profética. Miqueias 2:12-13 termina o trecho com uma garantia ambígua de que Deus reuniria todo o Israel em um só lugar, eliminaria as restrições e o conduziria através dele. Deus e o rei iriam adiante do povo. Poderia isso indicar o livramento de uma experiência de prisão? Ou seria um retrato da saída para o exílio? Qualquer que fosse a alusão, Deus iria com eles, aliás, iria adiante deles!” (John Watts).

• Miqueias ergue a voz e condena os injustos; ele denuncia aqueles que planejam iniquidades e praticam o mal, especialmente os que cobiçam campos e casas, roubando-as de seus legítimos proprietários; ele trata da desgraça que Deus traz sobre tais pecadores, os quais serão removidos de suas posses e sofrerão as consequências de seus atos injustos (Miqueias 2:1-5).

• Miqueias confronta os falsos profetas que tentam silenciar suas palavras de julgamento, alegando que não se deve profetizar tais desgraças. Ele denuncia a falsidade desses profetas que enganam o povo e condena os líderes que deturpam a justiça. O texto também aborda a corrupção e avareza dos líderes, que se aproveitam das pessoas vulneráveis, como mulheres e crianças (Miqueias 2:6-11).

• Miqueias, apesar das condenações severas, encerra o capítulo profetizando a reunião do remanescente de Israel. Deus promete reunir Seu povo como um pastor reúne suas ovelhas, conduzindo-os para fora da opressão e para a liberdade (Miqueias 2:12-13).

Deus é o Pastor que reúne Seu rebanho disperso, guiando Suas ovelhinhas com segurança através das tempestades da vida. Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 25 de junho de 2024

Gafanhotos

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
25 de junho

Gafanhotos

Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também éramos aos olhos deles. Números 13:33


Após 40 dias de sua missão, os espias retornaram carregados de enormes cachos de uvas, prontos para apresentar seu relatório. Moisés, juntamente com Arão, convocou todo o povo para ouvir o que os emissários tinham a dizer sobre a terra de Canaã. Eles começaram descrevendo a qualidade dos campos, tão férteis que produziam alimentos de tamanho formidável, um lugar que certamente manava leite e mel. No entanto, os espias também descreveram as pessoas poderosas daquele lugar e suas cidades fortificadas. Alguns de seus habitantes, os filhos de Anaque, eram tão altos que pareciam gigantes.

A multidão já estava desanimada, mas Calebe apresentou sua opinião confiante: “Vamos subir agora e tomar posse da terra, porque somos perfeitamente capazes de fazer isso” (Nm 13:30). Calebe, um homem excepcional e corajoso, confiava no Senhor. Mas suas palavras não foram suficientes, e alguns de seus companheiros se sentiram como gafanhotos diante dos gigantes daquela terra.

O relatório gerou uma forte rebelião no povo, que desejou morrer no deserto. Infelizmente, Deus atendeu esse desejo e ninguém com mais de 20 anos deixou o deserto para trás, exceto Calebe e Josué. O povo se sentia como insetos e morreria como tal. Quarenta anos depois, aqueles que partiram do Egito quando crianças finalmente chegaram à Terra Prometida e a conquistaram. Os reis da região, vassalos do Egito, não paravam de mandar cartas em busca de ajuda, pois não eram capazes de resistir aos hebreus, que adentravam Canaã como nuvens de gafanhotos.

É interessante como a visão do mundo muda quando temos confiança em Deus. Sem Ele, a maioria dos espias se sentia como gafanhotos, meros insetos. Por outro lado, Calebe e o povo que entrou na Terra Prometida com ele, por confiarem em Deus, se assemelhavam a uma praga de gafanhotos, uma força da natureza. O medo que os habitantes de Canaã sentiam diante dos hebreus era resultado da confiança desses últimos em Deus, que lhes dava coragem para superar seus medos e desafios.

Confie no Senhor e enfrente seus temores. Com Ele, você é sempre maioria. Com Ele, você é mais que vencedor!

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Miqueias 1 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Miqueias 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


MIQUEIAS 1 – Deus quer alcançar a todas as pessoas, e usa diferentes personalidades para Seus maravilhosos propósitos. Os diversos escritores bíblicos revelam essa verdade.

“Como seu contemporâneo Isaías, Miqueias era dotado de grande verve literária. Se Isaías era um poeta da corte, Miqueias era um homem rústico, procedente de uma vila obscura. Isaías era estadista; Miqueias evangelizador e reformador social. Isaías era uma voz dirigida aos reis; Miqueias, arauto de Deus junto às pessoas comuns. Isaías abordava questões políticas; Miqueias tratou quase exclusivamente da religião pessoal e da moralidade social” (Merrill Unger).

A diversidade de perspectivas entre Isaías e Miqueias ilustra a importância de diferentes perspectivas. Enquanto Isaías trazia uma visão política e aristocrática, Miqueias focava nas questões sociais e religiosas do cidadão comum.

• Valorize e escute diferentes perspectivas bíblicas, pois cada uma oferece insights valiosos e complementares à compreensão e solução de problemas complexos.

As origens humildes de Miqueias contrastam com a posição privilegiada de Isaías. Miqueias, vindo de uma vila obscura, mostra que a sabedoria e a liderança não estão limitadas à elite ou àqueles em posição de destaque.

• Independentemente da tua origem ou posição social, você pode causar impacto significativo e contribuir para mudanças sociais positivas.

Isaías era uma voz aos reis, enquanto Miqueias era um arauto para as pessoas comuns. Essa distinção mostra a importância de adaptar a comunicação ao público-alvo e revela o objetivo divino de alcançar a todas as pessoas, independentemente de quem seja.

• Quanto mais entendermos o contexto e o alvo das mensagens bíblicas, melhor será nossa compreensão delas, para sermos alcançados por Deus!

O livro de Miqueias inicia com uma teofania e uma lamentação do profeta:

1. Em Miqueias 1:2-7 Deus é retratado descendo dos Céus, pisando as alturas da Terra, abalando montanhas e derretendo vales; essa grandiosa teofania é um prenúncio de julgamento, um chamado ao arrependimento diante da infidelidade e injustiça que permeia a sociedade.

2. Miqueias 1:8-16 é um lamento carregado de dor, indicando que o profeta não é meramente um mensageiro, mas um participante do sofrimento de seu povo. Ele rasga suas vestes e anda descalço, sinal de solidariedade com a aflição prestes a vir. Sua lamentação ecoa a dor divina, é um grito por justiça e um apelo ao arrependimento.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

Brincando com a genética

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
24 de junho

Brincando com a genética

Passarei hoje por todo o seu rebanho, separando para mim todas as ovelhas salpicadas e malhadas, todos os cordeiros negros, e todas as cabras malhadas e salpicadas. Isto será o meu salário. Gênesis 30:32


Jacó estava cansado das artimanhas de seu sogro e decidiu confrontá-lo, apresentando as novas condições do acordo. Ele exigiu que todos os carneirinhos pretos e todos os cabritos malhados e com manchas fossem seus, enquanto as demais ficariam para Labão. Parecia uma oferta vantajosa para o sogro, uma vez que a maioria dos rebanhos da região consistia em animais de cor única. As manchas ou pintas escuras eram raras.

Labão acreditava, como era comum na época, que a reprodução acontecia quando os machos inseriam uma minúscula ovelha ou cabra na fêmea. Com essa crença em mente, ele pegou todos os machos manchados e os levou a uma distância de três dias de viagem. O objetivo era impedir que seu genro prosperasse.

Por sua vez, Jacó acreditava ter descoberto a fórmula secreta para a reprodução de um pequeno rebanho: galhos verdes de álamo, aveleira e plátano. Certamente por tradição popular, ele havia concluído que, se fizesse algumas marcas nesses ramos, as fêmeas dariam à luz algo semelhante. Jacó tinha certeza de que seu método produziria um rebanho manchado ou listrado.

Labão ficou chocado quando percebeu que o rebanho de Jacó estava se multiplicando rapidamente. Como era possível que ovelhas e cabras negras e brancas estivessem dando à luz animais com tantas variações? Isso não tinha graça nenhuma. Enquanto isso, Jacó estava se divertindo muito, convencido de que tinha transformado seu rebanho usando apenas alguns ramos verdes. Foi então que o Senhor mostrou a verdade a Jacó: a bênção vinha somente de Deus, e não dos galhos mágicos. O rebanho era híbrido e, portanto, mesmo que as ovelhas e cabras fossem brancas ou negras, elas poderiam dar à luz animais de qualquer tipo. Jacó tinha brincado com as leis da genética sem saber. Naturalmente, levaria alguns séculos até que Mendel as descobrisse.

O mais interessante nessa história é ver como Deus nos abençoa apesar de nossa visão estreita da realidade, pois Ele conhece nossas limitações.

Seja fiel ao Senhor, pois o que realmente garante o sucesso não são os estratagemas humanos, mas a bênção de Deus (Pv 10:22).

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Jonas 4 - Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jonas 4

Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JONAS 4 – Quando as pessoas respondem com arrependimento diante da mensagem de julgamento, Deus responde com compaixão e misericórdia, desviando a destruição que Ele havia planejado. Isso mostra o coração misericordioso de Deus em relação aos que se voltam para Ele.

As pessoas, facilmente ficam indignadas frente à graça, misericórdia, bondade e perdão de Deus. A sede de vingança e o senso de justiça parecem atrapalhar a religião delas. Tanto Jonas quanto o irmão mais velho na parábola do filho pródigo (Lucas 15:25-32) demonstram ressentimento e falta de compreensão diante da graça e misericórdia de Deus para com os errantes arrependidos.

Semelhante à reação de Jonas, a atitude do irmão mais velho reflete um sentimento de injustiça; ambos ficaram irados ao verem a misericórdia de Deus sendo concedida aos pecadores. O irmão mais velho e Jonas sentiram-se traídos pela generosidade divina, incapazes de aceitar que o arrependimento genuíno resulta em perdão e celebração.

Jonas se importa mais com aboboreiras que murcham tão rápido quanto crescem, do que com uma grande cidade com pessoas que Deus ama e deseja salvar. Tanto o irmão mais velho da parábola, Jonas e nós mesmos, precisamos aprender que a verdadeira justiça divina não se baseia no merecimento humano, mas na abundante graça e amor divinos para todos que se arrependem sinceramente. Em ambas as histórias, Deus convida os ofendidos a celebrar a redenção e a misericórdia, desafiando-os a superar seu próprio egoísmo e abraçar a alegria do perdão.

Deus fez a seguinte pergunta a Jonas: “Você tem alguma razão para essa fúria?”. A partir de Jonas 4:4 e seu contexto missionário, vamos extrair algumas lições:

• A pergunta feita por Deus ressalta que a missão é guiada pela vontade divina e não pelas preferências ou lógicas humanas.

• Deus escolhe os alvos da missão e atua segundo os Seus propósitos, mesmo que tais propósitos desafiem nossas expectativas e preconceitos.

• A missão que Deus nos dá não é sobre condenação, mas sobre redenção e reconciliação.

• Os missionários devem refletir a compaixão de Deus em suas ações, buscando alcançar todos os povos com o amor divino.

• A pergunta de Deus revela a necessidade de transformação no próprio missionário.

• Deus não apenas trabalha através dos missionários, mas também trabalha neles.

Temos muito a aprender! – Heber Toth Armí.

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domingo, 23 de junho de 2024

Cúmplices

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
23 de junho
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Cúmplices

Abimeleque, rei dos filisteus, olhou por uma janela e viu que Isaque acariciava Rebeca, sua mulher. Gênesis 26:8


A chegada de Rebeca transformou a vida de Isaque em um conto de amor bíblico, no qual a perfeita orientação de Deus guiou Eliézer até a moça, que era tão disposta, amorosa e crente quanto Isaque. A química entre o casal foi instantânea e profunda, marcando o início de um amor que perduraria para sempre. Esse tipo de relacionamento, tão intenso e significativo, é de uma profundidade humana fascinante e inesquecível.

Isaque e Rebeca se tornaram cúmplices, desses casais que possuem uma sintonia tão forte que só com um gesto ou um olhar já conseguem se entender completamente. Eles tinham uma conexão tão forte que chegavam a dizer muito mais com um olhar do que com palavras. Com ternura e bom humor, eles aproveitavam cada momento juntos, mesmo nas pequenas mentiras, como quando Isaque dizia que Rebeca era sua irmã. Embora essa fosse uma meia-verdade, a profundidade do amor que compartilhavam era inegável.

Certo dia, Abimeleque, o rei dos filisteus, notou algo surpreendente através de sua janela: o relacionamento entre Isaque e Rebeca não era de irmãos, mas de um casal profundamente apaixonado. O texto hebraico sugere que Isaque possivelmente estivesse fazendo cócegas em sua esposa, o que era mais do que apenas uma brincadeira engraçada. Esse momento de proximidade inocente e brincalhona definia perfeitamente o relacionamento do casal, mostrando que há coisas mais importantes no casamento do que a simples sexualidade.

O relato da intimidade de Isaque e Rebeca é uma bela demonstração da cumplicidade e do amor verdadeiros entre um casal. É uma oportunidade rara e especial, que poucos têm o privilégio de experimentar. Esses momentos de risos na intimidade podem ser terapêuticos e curativos, trazendo felicidade e harmonia para o casamento.

O amor verdadeiro é um princípio elevado e santo, completamente diferente daquele amor que surge por impulso e desaparece rapidamente quando testado. O casamento, em vez de ser o fim do amor, deve ser apenas o começo. É nesse amor puro e profundo que Isaque e Rebeca foram um exemplo para todos os casais, e sua história continua a inspirar e comover até hoje.

Inspire-se também. Ame com o verdadeiro amor.

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Jonas 3 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jonas 3
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JONAS 3 – Se acaso a narrativa de Jonas fosse considerada alegoria, ou parábola, poderia surgir uma discussão sobre a historicidade e a autenticidade das histórias de outros profetas, questionando-se até que ponto tais relatos são literais ou simbólicos.

Se o relato de Jonas não é literal, qualquer aplicação seria subjetiva. Porém, como o próprio Jesus considerou a literalidade desse relato (Mateus 12:39-40), sendo Ele a própria Verdade (João 14:6), me submeto ao Seu escrutínio. E, acredito que os ninivitas pagãos se converterem e o profeta fujão ainda precisava de conversão!

Sendo literal o relato da conversão dos cruéis ninivitas, inserido na Bíblia para inspiração de todos os povos, essa história serve de instrução para missões e evangelismo, mostrando que qualquer nação ou grupo de pessoas, independentemente de seu histórico ou crenças pagãs, pode voltar-se para Deus.

Considere alguns princípios de Jonas 3:

• A missão é iniciada e dirigida por Deus. Ele é Quem chama e comissiona missionários (vs. 1-2).
• A obediência é a melhor resposta ao chamado divino. Inicialmente Jonas resistiu, mas depois cumpriu a missão. Deus conta conosco na execução de Seus planos (v. 3-4).
• A missão pode resultar em grande resposta e transformação de uma nação inteira, basta nos colocarmos à disposição de Deus (vs. 5-9).
• A missão de Deus é motivada por Sua misericórdia e desejo de salvar. Quando as pessoas se arrependem, Ele responde com graça e perdão (v. 10).

“Entre as lições ensinadas pela profecia de Jonas, sobressai a verdade de que a graça de Deus traz a salvação a todos (Tt 2:11), e que ela não era, de fato, limitada aos judeus, mas devia ser revelada também aos gentios. Deus também garante aos gentios o ‘arrependimento para a vida’ (At 11:18). Como Pedro (At 10), Jonas percebeu relutantemente que Deus recebe os de qualquer nação que se volta para Ele. Ao se referir aos ‘ninivitas’ que responderam ao apelo de Jonas para o arrependimento, Jesus condenou os judeus farisaicos e orgulhosos de sua época (ver Mt 12:41; Lc 11:32). Também condenou a todos que, em sua complacência religiosa e falsa sensação de segurança, se enganam em pensar que são o povo favorecido de Deus, e que isso lhes garante a salvação” (CBASD).

Fujamos para Deus, não de Deus! – Heber Toth Armí.

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sábado, 22 de junho de 2024

Quem ri por último ri melhor

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
22 de junho

Quem ri por último ri melhor

Sara disse: “Deus me deu motivo de riso. E todo aquele que ouvir isso vai rir comigo.” Gênesis 21:6


Mesmo nos dias de hoje, seria difícil acreditar na história. De acordo com os registros, Rajo Devi Lohan é a mulher que ficou gestante na idade mais avançada. Essa senhora indiana deu à luz sua filha Naveen aos 70 anos de idade, depois de um tratamento de reprodução assistida. Porém, Sara tinha 89 anos e Abraão, 100 anos. Não é de surpreender que Sara, escondida atrás de uma cortina de pele de cabra, tenha rido ao ouvir a promessa de Deus de que ela se tornaria mãe. E o que dizer de Abraão, que foi considerado “praticamente morto” pelo autor de Hebreus (Hb 11:12)? Suponho que ele tenha rido pensando que o Senhor é um grande humorista.

No ano seguinte, a promessa de Deus foi cumprida, e Sara ficou grávida. Nem ela podia acreditar. Após os primeiros enjoos, suponho que as primeiras risadas vieram. Talvez uma gargalhada quando o bebê se mexeu pela primeira vez. Foi uma gravidez de cuidados e alegria. Imagino que Sara chegou ao momento do parto com uma overdose de endorfina, pois nada é melhor do que desfrutar dos milagres com alegria.

Com essa história, Abraão não teve dificuldade em escolher um nome para seu filho: Isaque. É um nome sonoro e onomatopeico, que soa como uma gargalhada. Bastava que alguém chamasse Isaque (em hebraico) para que todos tivessem vontade de rir. Além disso, Isaque significa “rirá”, o que mostra que a “piada” de Deus foi tão engraçada que eles ririam por muito tempo. Sara, por sua vez, comentou que qualquer um que ouvisse a história a acharia engraçada.

Por que Deus agiu dessa maneira? Ele havia feito uma promessa a Abraão, que, por sua vez, se deixou levar pelas capacidades humanas e usou métodos incorretos para ter um descendente, pois achava que seria impossível de outra forma. Mas para Deus nada é impossível, e Ele decidiu fazer tudo de maneira grandiosa, chamando a atenção de todos. Com delicadeza, decidiu acrescentar bom humor e graça à história, a fim de não envergonhar Abraão. Deus é fiel! Suas promessas sempre se cumprem.

O Senhor ainda tem a maravilhosa capacidade de converter nosso pranto em riso. Hoje, Ele pode fazer isso por você. Peça. Confie. Ele encherá de alegria seu viver.

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Jonas 2 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jonas 2
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JONAS 2 – O profeta que pensou poder fugir de Deus, descobre que Deus está presente inclusive no profundo mar, no ventre de um peixe. Além disso, Jonas percebe que Deus não está em todos os lugares para condená-lo, mas para restaurá-lo. Sua história fala de como Deus o resgatou do abismo, percebendo a misericórdia divina mesmo em sua desobediência!

Em Jonas 1 a situação do profeta é uma consequência direta de sua desobediência e fuga. Em Jonas 2, Jonas se arrepende e oferece uma oração de ação de graças, prometendo cumprir suas palavras. Ele reconhece que a salvação pertence a Deus. E, ele precisava ser salvo.

Jonas descreve sua experiência como estar nas profundezas do Sheol (o mundo dos mortos) e de lá Deus o resgatou. Qualquer pessoa, em qualquer situação pode ser alcançada e resgada por Deus, independentemente do que tenha feito. O Deus que havia mostrado Seu poder enviando e acalmando a tempestade e depois enviando o peixe para engolir Jonas (Jonas 1), agora no capítulo 2, como resposta da oração do profeta fujão, Deus ordena ao grande peixe que o vomite em terra firme. Isso mostra que, quando Deus pune, almeja a restauração.

A oração de Jonas reflete seu reconhecimento do poder e da misericórdia divina, seu arrependimento pela desobediência e seu compromisso renovado de obedecer a Deus e cumprir a missão que recebeu do Criador. Essa oração ensina lições importantes para evangelismo e ações missionárias:

• A necessidade de arrependimento,
• A confiança na soberania de Deus,
• A importância da transformação pessoal,
• A centralidade da mensagem de salvação e
• A ênfase na misericórdia e graça divinas.

Essas lições preparam e equipam os missionários para cumprir eficazmente a missão que Deus lhes confiou. Deus sabia que Jonas fugiria, mas visando salvar os ninivitas, Deus estava salvando Seu profeta. Não somos melhores que Jonas quando...

• ...Tentamos fugir daquilo que Deus nos chamou para fazer, preferindo seguir nossos próprios caminhos!

• ...Ignoramos a voz de Deus e escolhemos desobedecer, mesmo sabendo qual é Sua vontade para nós!

• ...Depois de sermos resgatados por Deus, ainda lutamos com sentimentos de julgamento ou ressentimento contra os outros!

• ...Somos chamados a cumprir uma missão e precisamos ser primeiramente transformados e alinhados com a vontade de Deus para sermos eficazes!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Penélope

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
21 de junho
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Penélope

Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Tiago 5:7


Homero, um poeta grego antigo, é conhecido por duas obras que ficaram famosas na Antiguidade: a Ilíada e a Odisseia. Esta última conta as aventuras e desventuras da viagem de Ulisses, também chamado Odisseu, o rei de Ítaca que partiu para a Guerra de Troia e deixou sua esposa, Penélope, à espera de seu retorno. Mas a ausência durou 20 anos e, durante todo esse tempo, Penélope manteve-se fiel ao seu amado, mesmo quando enfrentou inúmeros pretendentes que queriam se casar com ela. Para mantê-los afastados, ela prometeu que se casaria com um deles apenas quando terminasse de tecer um sudário. Mas, na verdade, ela desfazia o trabalho à noite, mantendo a esperança de que o marido voltasse.

O que teria motivado Penélope a esperar tantos anos? Especialistas em sua história afirmam que a primeira virtude que ela cultivou foi a memória. Para manter vivo o amor pelo marido, ela se lembrava constantemente dos momentos que passaram juntos e da vida que tinham antes de sua partida. Além disso, Penélope manteve-se pura, colocando a força de seu amor acima de quaisquer emoções ou interesses. No final, ela ficou com o sudário, mesmo que não fosse o do marido, mantendo a esperança de que ele estivesse vivo e voltasse para casa – o que, de fato, aconteceu.

Assim como Penélope, somos chamados a esperar pacientemente pelo retorno de Jesus. A história dela nos ensina três características que devemos cultivar para nos mantermos firmes em momentos de dúvida ou impaciência. Em primeiro lugar, devemos manter viva a memória de Jesus, por meio da leitura da Bíblia e da herança dos que nos precederam na fé. Em segundo lugar, devemos evitar aquilo que não fortalece nossa identidade cristã, mantendo-nos puros e fiéis aos valores de Deus. E, por último, devemos tecer o tempo com esperança, mantendo a certeza de que Cristo está vivo e voltará em breve.

Decida manter a memória de Jesus em seu coração, seja sempre puro em suas escolhas e conserve a esperança da segunda vinda em sua mente. Cristo logo voltará, e a recompensa com Ele virá. É só um pouco mais, e abraçaremos nosso Redentor. Toda a espera terá valido a pena.
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Jonas 1 Comentário

Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Jonas 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JONAS 1 – Jonas falhou? No que ele errou? Se os Dez Mandamentos fossem utilizados friamente para apontar seu erro, conclui-se que ele não praticou idolatria, não prostrou-se diante de imagens de esculturas, não tomou o nome de Deus em vão, não ignorou o sábado, nem matou, adulterou, roubou, ou falou inverdades sobre alguém, nem mesmo tenha cobiçado coisa alguma do seu próximo... Então,

• Por que Jonas pagou um alto preço se estava aparentemente em dia com a ética do Decálogo?
• Ou sua vida não estava em harmonia com a vontade de Deus?
• Por que uma tempestade em sua vida?
• Por que foi descoberto e então atirado ao mar para morrer afogado?

Note! Deus deu a Jonas uma tarefa clara: “Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença” (Jonas 1:2). Em vez de obedecer à ordem, Jonas fugiu na direção oposta, embarcando num navio para Társis. A fuga da presença de Deus é uma forma de desobediência direta à ordem divina.

Portanto, a ideia da desobediência em relação a Deus vai além dos Mandamentos específicos de Êxodo 20:3-17. Jonas foge para escapar da responsabilidade para com Deus e o próximo. A história de Jonas mostra que desobedecer a Deus vai além dos Dez Mandamentos, é uma rejeição ao propósito e ao chamado que Ele designou para o indivíduo. Considere o seguinte texto:

Liberte os que estão sendo levados à morte;
Socorra os que caminham trêmulos para a matança!
Mesmo que você diga: “Não sabíamos o que estava acontecendo!”
• Não o perceberia Aquele que sonda os corações?
• Não o saberia Aquele que preserva a sua vida?
• Não retribuirá Ele a cada um segundo o seu procedimento? – Provérbios 24:11-12.

Provérbios 24:10 diz: “Se você vacila no dia da dificuldade, como será limitada a sua força”. Vacilante estava o profeta Jonas diante da responsabilidade de salvar os condenados pecadores. Não estamos vacilando também?

Deus preserva nossa vida objetivando que alcancemos outras vidas com a mensagem do evangelho (Mateus 28:18-20). Estamos fugindo como Jonas desta missão? Como vivemos a vida preservada por Deus?

Seguir a vontade de Deus exige coragem para superar nossos medos, preconceitos e resistências. Obedeçamos aos propósitos divinos para nossa vida! Por que fugir? – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 20 de junho de 2024

Obadias 1 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Obadias 1
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


OBADIAS 1 – Ao analisar a mensagem curta do profeta Obadias, nota-se que o alvo é um povo pedante, orgulhoso, autoconfiante e indiferente ao povo e à mensagem de Deus.

Edom é originário de Esaú, filho do patriarca Isaque com Rebeca; irmão de Jacó, que originou aos israelitas. Assim, edomitas e israelitas eram irmãos; porém, em constante tensão, pelo ódio abrigado no coração dos descendentes do irmão mais velho.

• Obadias mostra que a arrogância e o orgulho levam à queda. No mundo atual, onde o sucesso muitas vezes é medido por status e poder, é crucial lembrar que a humildade é uma virtude. Devemos erradicar a arrogância e o sentimento de superioridade, buscando a humildade e reconhecendo nossa dependência de um Ser Superior que é Deus (Obadias 1:1-7).

• Devemos estar vigilantes e atentos aos sinais dos tempos. A sabedoria e o entendimento humanos são limitados e podem facilmente falhar. No mundo moderno, onde o conhecimento e a informação estão em constante mudança, é importante manter uma perspectiva espiritual e estar atentos aos ensinamentos divinos (Obadias 1:8-9).

• Precisamos aprender a ser solidários e empáticos, especialmente em tempos de adversidades. A indiferença e a alegria com o sofrimento alheio são atitudes condenáveis. No mundo atual, onde há tanto sofrimento e desigualdade, é essencial praticar a empatia e apoiar aqueles que estão em necessidade ou situação vulnerável (Obadias 1:10-14).

• É importante estarmos cientes que nossas ações têm consequências. O conceito de justiça divina enfatiza que o mal será punido e o bem recompensado. No contexto atual, isso nos lembra a importância de agir com justiça e integridade, sabendo que nossas ações não passarão despercebidas (Obadias 1:15-16).

• Mais importante ainda é saber que Deus sempre visa a restauração; até mesmo em um contexto de condenação. Obadias 1:17-21 revela que já sempre esperança de redenção e restauração para aqueles que buscam o bem. Mesmo em um mundo corrupto e cheio de ódio, existe a promessa de um futuro melhor. É necessário manter a fé e trabalhar para restaurar a fé das pessoas que sofrem injustiças e humilhações em nossa sociedade opressora.

Carecemos da graça, da sabedoria e do poder de Deus para navegar num mundo podre e cheio de ódio; preparando-nos para um futuro onde justiça e retidão prevalecem! Animemo-nos! – Heber Toth Armí.

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Influência em longo prazo

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
20 de junho
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Influência em longo prazo

Quanto aos homens idosos, que sejam moderados, respeitáveis, sensatos, sadios na fé, no amor e na perseverança. Tito 2:2

Conta-se a história de que o rabino Isaac Lev de Berdichev era um homem conhecido por sua bondade e paciência. Em um dia de jejum, ao passar em frente a um restaurante que não seguia as prescrições alimentares judaicas, ele observou que um membro de sua comunidade estava comendo ali. O rabino bateu na janela e pediu que o homem saísse, perguntando-lhe se ele sabia que aquele era um dia de jejum e que aquele restaurante não seguia as normas alimentares que os judeus respeitam. O homem respondeu que sim, sabia de tudo aquilo. O rabino, então, olhou para o céu e disse: “Senhor do Universo, olhe que filhos maravilhosos Tu tens. Eles podem até comer em dia de jejum, inclusive num restaurante não kosher, mas jamais ouvirás uma mentira da boca deles.”

O rabino compreendia que suas batalhas não eram resolvidas no curto prazo. Ele acreditava que o poder é para hoje, mas a paciência é para o amanhã. Ele não queria se identificar com o erro daquele homem, mas sim deixar uma porta aberta para o futuro. Sua atitude gentil visava buscar o melhor do outro e criar um vínculo duradouro. O rabino pensava no depois, no longo prazo, e buscava com paciência influenciar positivamente as pessoas.

Quando Paulo fala para Tito sobre as características que uma pessoa responsável por liderar a igreja deve ter, ele destaca o amor e a paciência. O amor é uma das ferramentas mais poderosas de liderança que existem no Universo. Além disso, a paciência é essencial, pois a influência que exercemos deve ser de longo prazo. Ser uma pessoa influente é participar da estratégia de Deus, que trabalha em curto, médio e longo prazo. A paciência é necessária para chegar a todos esses momentos.

O “já” é de Deus, pois é o Espírito Santo quem toca o coração. O “depois” também pertence a Ele, pois Ele tem o poder de fazer o impossível acontecer. E o que vem por último é igualmente do Senhor, pois Ele coloca as coisas em seu devido lugar. Nós simplesmente acompanhamos esse processo, aprendendo a ser pacientes e confiantes Naquele que tem o controle de tudo.

Você confia em Deus completamente? Então plante sementes hoje para colher lindos frutos em curto, médio e longo prazo.

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quarta-feira, 19 de junho de 2024

Esse nariz não me é estranho

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
19 de junho

Esse nariz não me é estranho

Os irmãos de José vieram e se prostraram com o rosto em terra, diante dele. Gênesis 42:6

Houve um tempo em que a forma do nariz era um assunto de grande importância e gerava debates acalorados. Na verdade, acreditava-se que o formato do nariz estava diretamente relacionado ao destino e sucesso de uma pessoa. Curiosamente, essa crença persistiu até o século 19, quando personalidades importantes como Nietzsche e Charles Darwin foram julgados pelo formato de seus narizes.

Na Antiguidade, a forma do nariz também tinha um papel importante. A diferença entre possuir um tipo de nariz ou outro era notável e muitas vezes influenciava a vida dos indivíduos. Blaise Pascal, por exemplo, afirmou que, se o nariz de Cleópatra tivesse sido mais curto (referindo-se à sua beleza), o curso dos acontecimentos poderia ter sido outro.

Quando os irmãos de José se encontraram com ele, não puderam deixar de notar a semelhança de seu nariz com o do vice-rei. No entanto, eles não tiveram muito tempo para pensar nisso, pois estavam ocupados com seus rostos tocando o chão em sinal de respeito. É interessante notar que a expressão “rosto em terra” na verdade significa “nariz no solo”. Isso nos leva a uma reflexão paradoxal: os irmãos que antes, possivelmente, se orgulhavam de seus narizes agora estavam com eles amassados e sujos de terra.

No entanto, José não se importou com o nariz antes empinado, mas agora humilhado, de seus irmãos. Ele seguia o estilo de Deus, que é extremamente misericordioso e paciente, mesmo quando somos merecedores de punição. O Senhor é muitas vezes descrito no Antigo Testamento como tendo “nariz grande”, uma expressão idiomática que significa que Ele é muito paciente antes de Se irritar. A paciência e misericórdia de Deus nos inspiram a ser semelhantes a Ele. José, seguindo o exemplo divino, não permitiu que seus irmãos fossem punidos pelo que haviam feito no passado, dando-lhes a oportunidade de demonstrar que haviam mudado.

Portanto, não importa a forma do seu nariz. O que realmente importa é que ele seja divino, respirando oportunidades e misericórdia. Assim como José, podemos escolher seguir o exemplo de Deus e ser pacientes e misericordiosos com aqueles que nos cercam.

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Amós 9 Comentário

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Amós 9
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


AMÓS 9 – “Amós deve ser classificado entre os mais importantes profetas por causa da eloquência simples e clara, do vigor e da grandeza de seu pensamento. Poucos profetas são mais penetrantes em compreender os fundamentos do mundo natural e moral, ou apresentam mais conhecimento sobre o poder, sabedoria e santidade de Deus” (CBASD).

Embora a visão inicial de Amós 9, que viu Deus junto ao altar, seja um sinal de julgamento, o livro encerra com uma nota de esperança (vs. 11-15). A “descrição cuidadosa” que Amós faz “abrange a transgressão em toda parte e é como um gráfico revelador dos acontecimentos da vida diária das pessoas. Nenhuma prática do mal parece ter escapado à sua atenção. Ele contou que era seu dever alertar Israel, Judá e as nações vizinhas acerca dos juízos divinos que certamente viriam sobre eles se persistissem na iniquidade. No entanto, ele conclui seu livro com um glorioso quadro do triunfo final da justiça sobre a iniquidade” (Idem).

A mensagem de juízo proferida pelo profeta Amós se cumpriu, e a intenção de restauração prometida também Se cumpre. “A destruição que abateu o reino do norte foi um juízo direto do Céu. Os assírios foram meramente o instrumento de que Deus Se serviu para realizar o Seu propósito... Nos terríveis juízos acarretados sobre as dez tribos, o Senhor havia tido um sábio e misericordioso propósito. Aquilo que não mais podia fazer por intermédio deles na terra de seus pais, procuraria realizar espalhando-os entre os pagãos. Seu plano para a salvação de todo aquele que escolhesse apropriar-se do perdão mediante o Salvador da raça humana devia de alguma forma ser cumprido; e nas aflições levadas a Israel, estava Ele preparando o caminho para que Sua glória fosse revelada às nações da Terra. Nem todos os que foram levados cativos eram impenitentes. Entre eles havia alguns que tinham permanecido leais a Deus, e outros que tinham se humilhado perante Ele. Por intermédio desses, os ‘filhos do Deus vivo’ (Oseias 1:10), Ele levaria multidões no reino assírio ao conhecimento dos atributos de Seu caráter e beneficência da Sua lei” (EGW, PR, 391-392).

Independente de nossa posição e situação, também podemos contribuir com o propósito de Deus de testemunhar de Seus maravilhosos planos de restauração. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 18 de junho de 2024

Ovos contra pedras

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
18 de junho

Ovos contra pedras

Mesmo que o nosso ser exterior se desgaste, o nosso ser interior se renova dia a dia. 2 Coríntios 4:16

Alguns anos atrás, deparei-me com um artigo interessante que falava sobre Física e ovos de galinha. Não se tratava do eterno debate sobre o ovo ou a galinha, mas sim de uma expressão chinesa, Yi luan ji shi, que se refere ao impacto de um ovo contra uma rocha, em que sempre é o ovo que se quebra. Essa ideia se fixou em minha mente como um modelo de quando duas forças desiguais colidem. É provável que isso lembre alguma experiência que você já teve na vida. No entanto, uma frase anônima que li recentemente me fez repensar minha concepção sobre “ovos” e “rochas”. Ela dizia: “Se for uma força externa que quebra um ovo, a vida se acaba. Se for uma força interna, a vida começa. Mude a partir do seu interior.” Essa frase espetacular me fez refletir que talvez o problema não esteja nas rochas.

O galo-da-serra-andino, também conhecido como Rupicola peruvianus, é a ave nacional do Peru e é uma das mais belas aves que já vi. Ele recebe o nome de “rupícola” por viver e fazer seu ninho em rochas montanhosas nos Andes. As fêmeas se camuflam perfeitamente nas encostas dos montes, tornando-se difíceis de serem vistas. Para essa espécie, as rochas não representam um problema, pois essas aves não temem as alturas. Talvez seja por isso que muitos as chamam de “galinho das rochas”.

Passamos a vida temendo as “rochas” e o impacto que elas podem causar em nossa existência, quando deveríamos estar nos desenvolvendo interiormente para sairmos do ovo e viver plenamente! É por isso que Paulo aconselha os coríntios a não desistirem e a terem a paciência necessária para crescerem internamente, mesmo que externamente sejam alvos de impactos. Devemos nos renovar a cada dia e voltar a tentar, pois a paciência molda o nosso caráter e nos fortalece para lidar com as dificuldades da vida.

Lembre-se: a maioria de nossas lutas não é contra o mundo exterior, mas sim com nosso mundo interior. Portanto, em vez de temermos as dificuldades e os desafios do viver, devemos encará-los como oportunidades de crescimento e aprimoramento. Que possamos, com o poder do Espírito Santo, buscar a força necessária para encarar as rochas da vida e nos tornar seres humanos melhores.
https://mais.cpb.com.br/meditacao/ovos-contra-pedras/

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Amós 8 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse


Leitura Bíblica – Amós 8
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


AMÓS 8 – Este capítulo inicia com uma visão de um cesto de frutas maduras, que haviam chegado ao fim de seu ciclo, prestes a apodrecerem. Este simbolismo de maturidade e decadência iminente é crucial para entender a mensagem do livro de Amós.

“Amós foi chamado para cumprir sua missão num tempo em que Israel e Judá eram prósperos... [Porém] os frutos comuns da prosperidade, como orgulho, luxo, egoísmo e opressão, amadureceram em ambos os reinos [Israel e Judá]. No entanto, a situação foi pior em Israel por causa da adoração ao bezerro, que havia sido instituída por seu primeiro rei, Jeroboão I (ver 1Rs 12:25-33). Sem dúvida, o culto ao bezerro foi a razão pela qual Amós e Oseias foram encarregados de dirigir suas profecias especialmente contra o reino do norte” (CBASD).

As frutas maduras simbolizam que a nação chegara ao ponto de maturidade em seus pecados; a paciência de Deus se esgotara, e a nação estava prestes a enfrentar as consequências das injustiças e corrupção. Amós denunciou repetidamente e no capítulo 8 reiterou os pecados da opressão dos pobres (v. 4), a desonestidade nos negócios (v. 5), a exploração humana (v. 6) e, a hipocrisia e corrupção religiosa (v. 14), justificando a necessidade de um julgamento divino (vs. 7-13).

• O cesto de frutas maduras é um sinal de que Deus vê o comportamento corrupto da humanidade e decide que é hora do juízo.

“O propósito principal de Amós foi chamar a atenção do povo de Deus para seus pecados e tentar levá-lo ao arrependimento. Como o espírito de Paulo se agitou em Atenas quando viu a cidade entregue à idolatria, assim Amós deve ter ficado impressionado com a luxúria e os pecados que descreve em detalhes. Ele repreendeu os pecados que brotavam da prosperidade material, as extravagâncias, as folias, o deboche dos ricos, que agiam assim ao mesmo tempo que oprimiam os pobres e pervertiam a justiça por meio do suborno e extorsão...” (CBASD).

• Considerando nossa sociedade com base na mensagem de Amós, indaguemos: Nosso mundo não é um grande cesto de frutas maduras para o juízo?

• Além desta pergunta global, reflitamos: Em nossa vida pessoal, que “frutas podres” de pecado ou negligência podemos identificar que necessitam de arrependimento e mudanças imediatas?

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

#rpsp #ebiblico #palavraeficaz
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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Fortalecidos pelas provações

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
17 de junho

Fortalecidos pelas provações

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança, a perseverança produz experiência e a experiência produz esperança. Romanos 5:3, 4

Meu irmão é um corredor de longa distância que segue uma rotina rigorosa para garantir uma corrida eficiente. Ele começa com exercícios de aquecimento, seguidos pela corrida em determinadas distâncias e velocidades específicas e termina com alongamentos. Além disso, ele ocasionalmente se submete a “desafios” para melhorar seu desempenho, como carregar pesos nos tornozelos para fortalecer os músculos das pernas. Essas dificuldades tornam-no um corredor ainda melhor.

Em relação às tribulações, Paulo nos incentivou a nos gloriarmos nelas. Mas como isso é possível? Tudo depende da maneira como encaramos os problemas. Se os vemos apenas como problemas, ficamos paralisados com preocupações e incapazes de lidar com a adversidade. No entanto, se os encaramos como desafios, temos a oportunidade de nos aproximarmos de Deus e testemunhar Seu poder em ação. Podemos nos provar e desenvolver uma atitude paciente e dependente Dele. A paciência é essencial, já que o cronograma de Deus nem sempre é o mesmo que o nosso. Mas a espera vale a pena, pois Deus sempre age no momento certo. À medida que vivenciamos essas evidências pessoais, a esperança cresce e a certeza de que um dia todos os problemas serão resolvidos também.

Ellen G. White escreveu: “Deus leva Seu povo para perto de Si através de dolorosas experiências, mostrando-lhes suas próprias fraquezas e incapacidade, e ensinando-lhes a confiar Nele como seu único auxílio e salvaguarda. Então se cumpre Seu propósito. São preparados para ser usados em qualquer emergência, para ocupar importantes posições de confiança e realizar os grandes desígnios para os quais lhes foram dadas as suas faculdades” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 77 [86]).

A vida é repleta de desafios e tribulações, e a forma como lidamos com essas situações pode determinar nosso sucesso ou fracasso na corrida da existência. Mas, ao seguir o exemplo do corredor de longa distância, podemos nos exercitar com Jesus e desenvolver a resistência necessária para enfrentar qualquer dificuldade. Corramos com Cristo, e seremos vencedores com Ele!
https://mais.cpb.com.br/meditacao/fortalecidos-pelas-provacoes/
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Amós 7 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Amós 7
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


AMÓS 7 – O alvo das mensagens de Amós eram os poderosos moradores de cidades fortificadas (Amós 2:5). O contexto de suas pregações era para uma sociedade desfrutando de boas condições econômicas.

Seus ouvintes moravam em belos palácios (Amós 3:11), possuíam casas de inverno e de verão, enfeitadas de marfim, verdadeiras mansões (Amós 3:15). As mulheres viviam luxando e festejando regaladamente (Amós 4:1).

As cidades dos destinatários de suas exortações eram fortalezas, cheias de mansões de pedra, com grandes vinhedos, ruas e praças (Amós 5:11, 16), onde alegres festividades aconteciam, com volumosas ofertas religiosas ao som de instrumentos músicas (Amós 5:21-23). O alvo do profeta eram pessoas tranquilas, autoconfiantes sentindo-se seguras, bem estabelecidas na sociedade, que dormiam em camas de marfim e se espreguiçavam em sofás empanturradas de comidas requintadas e bebidas nobres (Amós 6:1, 4-6).

Em contraste com os destinatários de suas mensagens, Amós era “criador de ovelhas em Tecoa” (Amos 1:1) - “uma pequena vila 10 quilômetros ao sul de Belém”, explica Eugene Merrill. Ele se apresenta assim: “Eu não sou profeta nem pertenço a nenhum grupo de profetas, apenas cuido do gado e faço colheitas de figos silvestre. Mas o Senhor me tirou do serviço junto ao rebanho e me disse: ‘Vá, profetize a Israel, o meu povo’” (Amós 7:14-15). Com coragem e ousadia ele profetizou muitas coisas, tais como:

“O Senhor, o Soberano, jurou por Si mesmo! Assim declara o Senhor, o Deus dos Exércitos: ‘Eu detesto o orgulho de Jacó e odeio os seus palácios; entregarei a cidade e tudo o que nela existe’” (Amós 6:8).

Ele mexeu com pessoas que estavam quietas/acomodadas/tranquilas. Embora Amós intercedesse em favor do povo, suscitando a misericórdia de Deus (Amós 7:1-9), o resultado foi catastrófico:

“Então o sacerdote de Betel, Amazias, esta mensagem a Jeroboão, rei de Israel: ‘Amós está tramando uma conspiração contra ti no centro de Israel... Depois, Amazias disse a Amós: ‘Vá embora, vidente! Vá profetizar em Judá; vá ganhar lá o seu pão. Não profetiza mais em Betel...” (Amós 7:10-13). Mas sem titubear, ele fez uma profecia mais ousada ainda (Amós 7:16-17).

Amós nos desafia a refletir sobre nossas prioridades, a buscar a justiça e a equidade, a viver em humildade e a ter coragem de falar sempre a verdade! – Heber Toth Armí.

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domingo, 16 de junho de 2024

Vale a pena

 Devocional Diário

Vislumbres da eternidade
16 de junho
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Vale a pena

O Senhor é bom para os que esperam Nele, para aqueles que O buscam. Lamentações 3:25

Para nós, a paciência é uma virtude difícil de ser praticada e muitas vezes é associada a expressões como “suportar”, “sofrer”, “ser colocado à prova” ou “aguentar”. No entanto, a Bíblia e outros pensadores procuraram nos mostrar os aspectos positivos da paciência, seu valor e o que ela pode nos trazer. É por isso que compartilharei algumas pérolas de sabedoria sobre esse tema.

Plutarco, um historiador que viveu em uma época em que as coisas eram resolvidas à força bruta, afirmou que “mais vale a paciência do que a força”. Ele entendeu que a força pode impor, mas a paciência pode propor. Buscar soluções com paciência é deixar os problemas sem argumentos, e eles acabarão por desaparecer. Ao escolher como reagir, escolha a paciência, ela é o que funciona melhor.

Dom Bosco, um religioso que jejuava assiduamente, afirmou que “mais vale uma hora de paciência do que um dia de jejum”. Ele preferia a paciência, o que o tornou um dos melhores educadores do século 19. A paciência supera os misticismos para tornar a fé algo habitual.

O poeta Amado Nervo ensinava com sabedoria: “Por que aguardas as coisas com impaciência? Se elas são inúteis para tua vida, também é inútil aguardá-las. Se são necessárias, elas virão e virão a tempo.” A paciência nos ajuda a fazer distinção entre o superficial e o realmente essencial. O superficial tende a se diluir, o essencial permanece.

Salomão, em Provérbios 16:32, esclarece que “é melhor ter paciência do que ser herói de guerra”. Ser “herói de guerra” tem menor alcance do que ser paciente. Quando aquilo que consideramos valioso desaparece, a paciência permanece, pois ela tem o tempo do seu lado. Ser paciente não é apenas uma virtude, é um poder que nos dá a capacidade de enfrentar as adversidades.

Jeremias, em seu livro de Lamentações, nos ensina que Deus é bom com aqueles que sabem esperar por Ele e têm paciência para crer no cronograma divino. O profeta foi um homem que “suportou”, “sofreu”, “sentiu-se provado” e “aguentou” com paciência porque amava o Senhor, e Deus foi bom com ele. Vale a pena esperar e ter paciência, pois isso pode nos levar a grandes recompensas.

Espere confiantemente no Senhor. A resposta virá.

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Amós 6 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Amós 6
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


AMÓS 6 – Desde Amós 1 até o capítulo 5, a mensagem do profeta evolui de uma denúncia geral das nações vizinhas de Israel para uma repreensão incisiva e detalhada do povo de Deus e seus líderes. No capítulo 6, ele enfatiza que a escolha de Israel como povo de Deus traz uma responsabilidade maior de viver de acordo com a justiça divina.

Desde o início, o profeta de Deus condena a opressão dos pobres, a hipocrisia religiosa e a falsa segurança baseada em riquezas. O mais importante e relevante é que através de suas profecias inspiradas, Amós clama por reavivamento resultante de arrependimento visível no comportamento que preza pela verdadeira justiça e retidão.

Não é pecado ser rico; porém, Amós vem combatendo contundentemente a riqueza, a prosperidade e o luxo nas páginas de seu livro. Entenda:

• Em Amós 2:6, Israel é condenado por vender justos por prata e pobres por um par de sandálias, mostrando que a prosperidade e o lucro obtidos à custa da justiça e da dignidade humana é pecado ofensivo a Deus.

• Em Amós 3:10, o profeta denuncia líderes e ricos de Samaria que acumulam riquezas através da opressão, exploração e roubo. Tal riqueza servirão de testemunho contra seus possuidores, pois foi adquirida por meios corruptos e injustos (Tiago 5:1-6).

• Em Amós 4:1 as mulheres ricas de Samaria estão em foco. Amós as delata por oprimirem os pobres e de exigirem que os senhores deles lhes forneçam luxo e bebidas à custa dos vulneráveis.

• No capítulo 5, Amós faz apelo para que a justiça corra como as águas e a retidão como um ribeiro perene (v. 24), contrastando a verdadeira justiça com a falsa segurança da prosperidade material.

• No capítulo 6, Amós foca os ricos que vivem em luxo, à vontade em Sião e Samaria (vs. 1-7). Ele descreve que a vida de indulgência e complacência, deitando-se inclusive em camas de marfim, comendo cordeiros do rebanho e bebendo vinho em taças não é sinal de verdadeira espiritualidade, nem de prosperidade real. Essa prosperidade é vista como sinal de arrogância e desconsideração pelo sofrimento do outros (vs. 7-14), resultando em terrível destruição!

Ricos orgulhosos, arrogantes e corruptos, mesmo altamente religiosos, precisam saber que riquezas e luxos não os protegerão do julgamento divino! – Heber Toth Armí.

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