Devocional Diário
Mispa
E Labão disse: “Seja hoje este montão de pedras por testemunha entre mim e você.” Por isso foi chamado de Galeede e Mispa, pois disse: “Que o Senhor vigie entre mim e você e nos julgue quando estivermos separados um do outro.” Gênesis 31:48, 49
Quem for passear pelo noroeste da Argentina vai encontrar, de quando em quando, montes de pedras onde os que creem na Pachamama (divindade dos povos indígenas dos Andes) deixam suas oferendas. No Havaí, esses amontoados de pedras são chamados de ahu e servem para indicar as diferentes rotas que os turistas podem utilizar nas excursões. E os escoteiros empregam pedras para indicar o caminho certo; eles as chamam de “patos” (duckies, em inglês).
Em Israel sobram pedras. Elas estão por todos os lados, e chegam a ser um estorvo. Nos campos, para que se pudesse cultivar a terra adequadamente, as pedras eram retiradas e, segundo o costume, com elas se construíam muros ou divisas que marcavam os limites. Pedras eram usadas também para recordar um acordo ou evento. Ninguém as tiraria dali, pois eram símbolo de uma aliança. Foi o que aconteceu com Labão e Jacó. Depois dos muitos reveses, Jacó decidiu voltar para casa e foi se despedir do sogro. Era o momento de selar um pacto de fidelidade. Assim, ergueram um monte de pedras. Labão, usando a língua dos seus ancestrais, o chamou de “Jegar Saaduta”. Jacó, usando a língua de Canaã, o chamou de “Galeede”. Ambos os nomes significam “montão do testemunho”. Até poderia ter ficado como um simples registro na memória se não tivessem acrescentado que também o chamariam de “Mispa”, palavra que significa “atalaia”, lugar elevado de onde se pode observar o horizonte. Labão e Jacó estavam afirmando que Deus seria Aquele que manteria a lembrança da aliança e, à distância, sustentaria a relação.
Há aqueles que gostam de atirar pedras e outros que gostam de amontoar pedras. Ficamos sem saber o que dizer a ambos, pois atacar os outros é errado, mas guardar más lembranças, também. Com clareza, Jesus nos aconselha a não atacar. Não há desculpas para o mal. Ele também nos aconselha a perdoar e esquecer. Essa tarefa será muito difícil se não nos colocarmos nas mãos de Deus, pedindo que Ele seja nosso protetor. Quanto a nós, procuremos fazer o que é certo, e Ele Se encarregará das pedras.
Vislumbres da eternidade
11 de março
https://mais.cpb.com.br/meditacao/mispa/
•••
Nenhum comentário:
Postar um comentário