terça-feira, 12 de março de 2024

Jeremias 44 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica – Jeremias 44
Comentário: Pr. Heber Toth Armí


JEREMIAS 44 – Jeremias oferece-nos um rico panorama sobre a dedicada dinâmica entre a voz de Deus e a resistência humana.

É crucial, atualmente, compreendermos a distinção entre as diversas formas de comunicação que envolvem a mensagem divina. Os mensageiros, orientados pelo Espírito Santo, devem ser hábeis em discernir entre exortar, repreender, censurar, admoestar e criticar. Não é por acaso que no livro Parábolas de Jesus, Ellen White adverte sobre os perigos da crítica, alertando-nos ao fato de a crítica não ser uma ferramenta divina:

“Muitos que professam ajuntar com Cristo, estão espalhando. Este é o motivo de a igreja ser tão fraca. Muitos tomam a liberdade de criticar e acusar. Expressando suspeita, inveja e descontentamento, entregam-se a Satanás como instrumentos” (pág. 340).

Muitos, infelizmente, confundem a força do Espírito com o peso da crítica, esquecendo-se de que o verdadeiro poder transformador vem de uma fonte celestial, não terrena. A mensagem proferida deve vir do Senhor (Jeremias 44:1-3), e motivada pelo amor (Jeremias 44:4-5); deve-se expor os sentimentos de Deus pautando-se em Sua revelação, não na própria opinião (Jeremias 44:6-10), e apresentar o resultado da desobediência em nome do Senhor (Jeremias 44:11-14).

Jeremias estava entre os indiferentes a Deus, ele não os abandonou. Acompanhou-os até o Egito, não os ignorou. Embora mais direto e apelativo, seu segundo sermão tem os mesmos elementos do primeiro (Jeremias 44:15-30). Evidentemente, Jeremias, o profeta fiel não se inclinou à tentação da crítica. Ele não atacou com palavras ácidas, mas construiu com a verdade divina revelada. Seus sermões foram uma mescla cuidadosa de exortação, repreensão e admoestação, todos mergulhados na profundidade do amor divino. Numa sociedade sedenta por julgamento, Jeremias mostra ser mais importante uma mensagem de restauração, destacando o caminho da retidão e da graça.

No entanto, o relato apresenta uma triste realidade: A resistência humana à voz e amor divinos. Mergulhados em suas próprias convicções e práticas, os filhos de Deus encontraram justificativas para as próprias ações. A idolatria os cegou para a verdade, obscurecendo sua percepção diante da voz profética.

Assim como o povo de Jerusalém, muitos de nós sucumbem à sedução das práticas que se opõem a Deus; no entanto, a voz divina continua a ecoar através dos séculos, chamando-nos ao arrependimento e à obediência. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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