Don Juan
Filhinhos, não amemos de palavra, nem da boca para fora, mas de fato e de verdade. 1 João 3:18Contam os historiadores que, no século 17, na cidade de Sevilha, um tal Miguel de Mañara tinha a notável fama de ser um conquistador de mulheres. Sua principal arma era a palavra. Por ser tão galanteador, ele se tornava quase irresistível. Até as mulheres mais religiosas caíam presas dos encantos do conquistador. A história de Miguel se converteu em uma lenda, na qual seu nome foi mudado para “Don Juan”. Foi assim que surgiu o mito, e existe muita literatura que fala desse protótipo.
Ainda existem pessoas que empregam fraudulentamente palavras de amor para obter benefícios próprios, não apenas no contexto do namoro, mas em muitas facetas da vida. Você nunca se sentiu lisonjeado pelas palavras cativantes de um vendedor? A proximidade, atenção e simpatia confundem sem mostrar a verdadeira intenção: vender o produto. Curiosamente, você só precisa decidir comprar ou não comprar para ver como toda aquela amabilidade se desmancha. E o que dizer de alguns políticos em campanha? Fazem mil promessas – até o dia seguinte à votação. Como em todas as situações da vida, existem políticos sinceros, mas também há muitos “Don Juans”. E os divulgadores dos esquemas de pirâmide? Tudo é amor cristão, até aparecer a conta bancária para onde você deve enviar suas doações.
O apóstolo João (não o Juan) se opõe a tudo isso e, tratando todos como se fôssemos uma família (ele nos chama carinhosamente de “filhinhos”), pede que deixemos de lado essa técnica. Seu conselho é que amemos de fato e verdadeiramente. Atrevo-me a assegurar que aquele que ama de verdade “fala do que está cheio o coração” (Mt 12:34). Além disso, estou certo de que “a pessoa boa tira do [seu] tesouro bom coisas boas” (v. 35). As pessoas que não se limitam a pensar em si mesmas e pensam nos outros realizam, de maneira natural, obras de amor. Além disso, João acrescenta que esse amor deve ser um amor de verdade. Não quer dizer que o amor que conheça as verdades filosóficas ou religiosas reflita o amor em sua totalidade. O amor de verdade é um amor sincero, sem fingimento. Nada a ver com o “donjuanismo”.
Aprenda a amar como Jesus amava. Essa é a chave para abrir os corações e alcançá-los com a salvação.
Devocional Diário
Vislumbres da eternidade30 de janeiro
https://mais.cpb.com.br/meditacao/don-juan/
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