domingo, 30 de outubro de 2022

2 Samuel 23 Comentário

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - 2 Samuel 23
Comentário
Pr Heber Toth Armí

II SAMUEL 23 – Desde o capítulo 12 o livro em análise apresenta detalhes das problemáticas consequências do indivíduo que peca, atingindo a família e inclusive uma nação, caso o pecado vergonhoso for praticado por líderes.

Contrastando o comportamento do pecador, está a demonstração do benevolente caráter do Senhor. Ele é infinitamente fiel e imensuravelmente gracioso. Ou seja, unindo fidelidade à misericórdia, Deus preservou Sua promessa, “ainda que Davi às vezes traísse a aliança. Davi e Bate-Seba pecaram, e o filho deles morreu em julgamento. Deus, porém, deu a Bate-Seba um filho, Salomão, a quem o Senhor amou (12:-24-25). Deus continuou revelando Sua vontade a Davi por meio dos profetas Natã e Gade e dos sacerdotes Zadoque e Abiatar (12:1-14; 15:24-29; 24:11-14). Também foi misericordioso, protegendo Davi durante as rebeliões de Absalão e Seba [18:1-20:26]”, ponderou Kenneth Mathews.

Diante da imensurável bondade divina, o rei Davi agiu diferente de Saul “que tentou desconsiderar o próprio pecado”; Davi “confessou seus pecados diante do Senhor (12:13; 24:10)” (Idem).

II Samuel 23 revela que Davi, contando com a ajuda de Deus, e de homens divinamente capacitados, reconheceu a monarquia israelita divinamente prometida a ele. Apesar dos seus inúmeros pecados, “Deus agiu por meio da vida de Davi e Bate-Seba para dar a Israel seu próximo rei (Salomão) e, no devido tempo, seu Messias (Mt 1:6). Deus continua atuando por meio da vida de pecadores arrependidos” (Idem).

As últimas palavras de Davi foram proféticas e comemorativas (II Samuel 21:1-7). Elas apontam a perpetuidade da realeza davídica “a ser realizada no reto governo do Senhor de Davi no reino, cumprindo a aliança régia”, afirma Merrill Unger.

Assim, a glória é de Deus, nunca do pecador. O foco da Palavra sempre é Deus, jamais o ser humano. Perspectivas desfocadas atrapalham perceber o amor divino na história humana. O texto sagrado apresenta o fracasso humano contrastando ao caráter divino. A ênfase não é na humanidade, mas na Divindade!

A biografia de Davi revela claramente com a conduta de Deus diante das mazelas humanas. A figura do Pai na parábola do filho pródigo pode representar Deus recebendo Davi após chafurdar-se nas imundícias deste mundo (Lucas 15:11-32).

Precisamos de ajustes em nossa cosmovisão para não distorcer – ou questionar – a revelação! Devemos reavivarmo-nos na Palavra! – Heber Toth Armí.

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