ÁGUA PRECIOSA
Longe de mim, ó Senhor, fazer tal coisa; beberia eu o sangue dos homens que lá foram com perigo de sua vida? 2 Samuel 23:17
Na lista dos mais poderosos guerreiros de Davi, há um interessante relato sobre três deles. À certa altura, no início do reinado de Davi, ele e suas tropas tiveram de enfrentar uma guarnição dos filisteus que tomou Belém, a cidade natal do grande rei. Seus pensamentos se voltaram para a infância passada nessa localidade, e ele expressou o desejo de beber da água do poço situado provavelmente do lado de dentro, bem perto da porta da cidade.
Três de seus valentes soldados, em uma rápida incursão, romperam as linhas defensivas dos filisteus, tiraram um pouco de água do poço e a levaram para seu rei. Davi derramou a água sobre a terra, não por descaso, mas em sinal de respeito. Não poderia concordar em tomá-la, pois representava a vida dos homens que arriscaram tudo para obtê-la. Ele derramou a água como santa libação ao Senhor.
Há uma outra água que foi adquirida a um preço infinito: a água da salvação. A vida não somente foi arriscada, mas sacrificada a fim de que pudéssemos tê-la. Deus deu o que Lhe era mais precioso, Seu Filho unigênito, para que pudéssemos participar da água da vida. Jesus Cristo renunciou à Sua posição no Céu, tornou-Se Homem entre os homens e sofreu uma morte vergonhosa na cruz para que pudéssemos beber dessa água. E quem dela beber nunca mais terá sede.
Com respeito ao ato de beber, a analogia é o inverso da experiência de Davi. Ele não ousou beber; nós não podemos ousar nos abster de bebê-la. Mas nossa relação com o custo da água é semelhante. Qual tem sido sua atitude em relação à Água da vida? Você a despreza ou tem se saciado em Sua abundância?
Alguns dão tão pouco valor à salvação adquirida pelo sangue de Cristo e por isso vivem no pecado, “de novo […] crucificando para si mesmos o Filho de Deus” (Hb 6:6).
Olhemos demoradamente para o Calvário, recordemos os comoventes momentos que Cristo passou no Getsêmani e demos graças a Deus, com renovada consagração, por nos ter revelado tão incomensurável amor que não nos atrevemos a rejeitar.
Raymond H. Woolsey, 10/2/1979
Meditação Diária 15/12/2021
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