SEGUINDO A MULTIDÃO
Não seguirás a multidão para fazeres mal. Êxodo 23:2
Não há dúvida de que a oração de Davi para ser absolvido de seus pecados ocultos (Sl 19:12) foi motivada por um senso de culpa. Todos os pecados secretos precisam ser perdoados e abandonados, mas as transgressões cometidas abertamente são bem mais sérias, porque têm grande influência perniciosa sobre os outros. Um dos crescentes perigos de nossa sociedade é a tendência de “seguir a multidão para fazer o mal” e então apresentar a desculpa de que “todos fazem assim”.
Em uma carta a seu filho, o sábio Lord Chesterfield aconselhou: “Observe qualquer ajuntamento de pessoas e descobrirá sempre que seu ardor e impetuosidade aumentarão ou diminuirão na proporção da quantidade de gente; quando os números são muito grandes, todo o senso e toda a razão parecem declinar, e um súbito delírio se apodera de todos, mesmo do mais calmo deles.”
A psicologia das massas tem se destacado muito ultimamente. Professores estão discutindo sobre ela, psicólogos a estão dissecando e pastores pregam sermões sobre ela. Nenhuma pessoa atenta pode observar a atitude de certas torcidas em estádios de futebol e deixar de notar como o comportamento de massa tende a descarregar as propensões naturais e paixões animais. É estranho como algumas pessoas agem com mais mesquinhez diante de uma multidão do que quando estão a sós e não se envergonham de fazer em público o que nunca fariam sozinhas. “Escondidos” na multidão, muitos dão vazão a impulsos bárbaros do coração.
A poderosa “pressão dos olhares” do grupo motiva jovens adolescentes e mais novos ainda a se envolver em roubos e vandalismo indiscriminadamente. Sob a quase irresistível emoção da psicologia do grupo, “bons cidadãos” participam em linchamentos e incêndios, atos que nem mesmo considerariam sob condições mais sensatas de moralidade individual. Na guerra, os homens matam outros homens que nem mesmo conhecem, embora nunca o fizessem sozinhos. É triste também a nossa reação ao ver cristãos se empenhando em práticas censuráveis com a desculpa de que isso beneficiará a igreja. Precisamos estar alerta a fim de que em nosso grupo ou coletividade não façamos qualquer coisa que recusaríamos fazer como indivíduos.
Ousemos ser cristãos mesmo no meio da multidão ou quando desafiados pela opinião pública a “seguir a multidão para fazer o mal”.
Floyd Rittenhouse, 15/5/1984
Meditação Diária- 6/11/2021
pb.com.br/meditacao/o-chamado-para-testemunhar//
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