MEDITAÇÃO DIÁRIA
28 de outubro, quinta
CONSCIÊNCIA
Por isso, também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens. Atos 24:16
Como todos nós, Paulo sabia que não poderia viver sem cometer erros. “Todos pecaram”, ele disse, mas estava determinado a viver sem falsidade. Ele queria olhar diretamente no rosto de cada ser humano, sem fingimento ou vergonha e com boa consciência.
Cada pessoa é dotada com uma consciência. Deus coloca dentro de todos nós essa luz. Salomão a chamou de “a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha todo o mais íntimo do corpo” (Pv 20:27).
Thomas Jefferson disse: “O senso moral, ou consciência, é uma parte do homem tanto quanto seu braço ou perna.” Abraham Lincoln a qualificava como um amigo. Em 1864, ele assegurou a uma comissão de cidadãos: “Desejo conduzir de tal maneira os negócios desta administração que, se no final, quando entregar o poder, eu houver perdido todos os outros amigos na Terra, tenha ainda um amigo, e este amigo será minha consciência.”
Esse persistente “conselheiro íntimo da alma” é perceptível e poderosamente retratado por Francis Thompson em seu Hound of Heaven [O Cão de Guarda do Céu]. Ele descreveu com raro bom gosto sua fuga da persistente consciência, com a metáfora de um inabalável cão perseguidor:
Eu fugi dele, através das noites e dos dias;
Eu fugi dele, através dos anos;
Eu fugi dele, por emaranhados caminhos
Da minha própria mente […]
Por baixo na titânica escuridão dos abismos de pavor,
Daqueles fortes pés que seguiam, após mim.
Eles repercutiam – e uma voz repercutia
Mais veemente que os pés –
Todas as coisas atraiçoam a ti, que atraiçoas a mim.
Aquele que abriga uma consciência culpável tem falta tanto de paz como de força. Sua vida interior é como um mar revolto que não pode se acalmar. É fraco e vacilante. Mas a pessoa sem culpa repousa em paz. Não há amigo tão íntimo como uma consciência limpa.
“Cada qual pode pôr sua vontade ao lado da vontade de Deus, pode optar pela obediência a Ele e, ligando-se assim com as forças divinas, colocar-se onde nada o poderá forçar a praticar o mal” (Ellen G. White, Educação, p. 204).
Floyd Rittenhouse, 8/5/1984
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