Meditação Diária
Quinta-feira, 02 de setembro
ELIMINANDO IMPUREZAS
Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo que a neve. Salmo 51:7
Era a inauguração de uma cerâmica no Instituto Adventista São Paulo. Eu tinha sido escalado pelo editor-chefe da Redação da CPB na época, pastor Arnaldo B. Christianini, para fazer a reportagem. Discursos, corte da fita, música especial, etc. O que, porém, me fascinou foi a explicação de como o barro era purificado, antes de se tornar tijolo ou telha. Todas as impurezas eram eliminadas por uma máquina projetada para esse fim.
O rei Davi estava numa fase desesperadora. Seu caráter tinha um conteúdo heterogêneo. Mas tão logo o painel da consciência exibiu a realidade de sua vida espiritual, ele caiu em si e exclamou: “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim” (Sl 51:3). Convicto de que seu caráter maculado o alienava de Deus, rogou ansiosamente: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável” (Sl 51:10). Davi queria ser um vaso perfeito.
A perfeição do vaso espiritual não consiste apenas na aparência exterior. Há vasos que enganam, pois escondem o barro ruim de que são feitos. Alguns têm rachaduras que, por algum tempo, não se percebem. Assim é nosso caráter, sem o toque do Oleiro. Ellen White descreve, de maneira magistral, o trabalho do oleiro:
“O oleiro toma o barro e molda-o segundo lhe apraz. Amassa-o e trabalha-o. Divide-o e volta a juntá-lo. Umedece-o e depois seca-o. Deixa-o em seguida durante algum tempo sem lhe tocar. Quando está perfeitamente maleável, prossegue na tarefa de fazer dele um vaso. Molda-o numa forma, e alisa-o e pule-o em volta. Seca-o ao sol e coze-o no forno. Torna-se então um vaso apto para servir. Do mesmo modo, o Supremo Artista deseja moldar-nos e formarnos” (A Ciência do Bom Viver, p. 471, 472).
A primeira estrofe do hino 502 do Hinário Adventista diz: “Eu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do oleiro. Quebra minha vida e faze-a de novo; eu quero ser, eu quero ser um vaso novo.” O orgulhoso repele todo e qualquer auxílio; já o humilde aceita o toque do Supremo Artista.
Rubens S. Lessa, 11/2/2000
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