Meditação Diária
Sexta-feira, 27 de agosto
DA SEPULTURA À GLÓRIA
Também eu, nesse tempo, implorei graça ao Senhor, dizendo: [...] Rogo-Te que me deixes passar, para que eu veja esta boa terra que está dalém do Jordão, esta boa região montanhosa e o Líbano. Porém o Senhor indignou-se muito contra mim, por vossa causa, e não me ouviu. Deuteronômio 3:23, 25, 26
Nunca, antes que fossem exemplificados no sacrifício de Cristo, a justiça e o amor de Deus foram mais notavelmente demonstrados do que em Sua forma de lidar com Moisés. O Senhor o excluiu de Canaã para ensinar uma lição que jamais devemos esquecer – que Ele exige obediência estrita e que todos devem cuidar para não tomar para si a glória que é devida ao seu Criador. Ele não poderia atender ao pedido de Moisés para partilhar da herança de Israel, mas não Se esqueceu de Seu servo nem o abandonou. O Deus do Céu compreendia os sofrimentos que Moisés havia suportado. Tinha notado cada ato de fiel serviço durante aqueles longos anos de conflito e provações. No topo do monte Pisga, Deus chamou Moisés para uma herança infinitamente mais gloriosa do que a Canaã terrestre.
No monte da transfiguração, Moisés estava presente com Elias, que tinha sido trasladado. Foram enviados como portadores de luz e glória da parte do Pai ao Seu Filho. E, assim, a oração de Moisés, proferida havia tantos séculos, finalmente se cumpriu. Ele estava na “boa montanha” (Dt 3:25, ARC), dentro da herança de seu povo […].
Moisés foi um tipo de Cristo. […] Deus achou conveniente disciplinar Moisés na escola da aflição e pobreza, antes que ele pudesse se preparar para guiar as hostes de Israel para a Canaã terrestre. O Israel de Deus, jornadeando para a Canaã celestial, tem um Capitão que não necessitou de ensino humano para Se preparar para Sua missão de divino Chefe. Contudo, foi aperfeiçoado pelos sofrimentos; e, “naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hb 2:18). Nosso Redentor não manifestou nenhuma fraqueza ou imperfeição humana. Entretanto, morreu para obter, para nós, o direito de entrar na Terra Prometida.
“Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; mas Cristo, como Filho, sobre a Sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim” (Hb 3:5, 6, ARC) (Patriarcas e Profetas, p. 418, 419).
Ellen G. White, 15/4/1971
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