MEDITAÇÃO DIÁRIA
19 De Junho, Sábado
Limites que Protegem
Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Gênesis 3:3
Para testar a lealdade de Adão e Eva, Deus estabeleceu limites bem definidos: podiam comer do fruto de todas as árvores, com exceção de uma. Nossos primeiros pais conheciam seus limites. No diálogo com a serpente, Eva mostrou que estava bem informada. Enquanto permanecesse dentro dos limites estabelecidos por Deus, ela estaria em lugar seguro. Ao se aproximarem de qualquer outra árvore, ela e o esposo não seriam tentados. Ellen White diz: “Satanás não os acompanharia com tentações constantes; poderia ter acesso a eles unicamente junto à árvore proibida. Se eles tentassem examinar a natureza dela, estariam expostos aos seus enganos” (Patriarcas e Profetas, p. 29).
Ao comer do fruto proibido, Eva desrespeitou o sinal vermelho. E Adão fez o mesmo. Eva aspirou ao conhecimento vendido pela serpente. Quis saber o que pertence à esfera divina.
A queda de Lúcifer foi causada também pelo desejo de invadir uma área que só pertencia a Deus. O anjo de luz ambicionou o lugar de Cristo. “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14:14). Ele queria os poderes ilimitados de Cristo, mas não Seu caráter. Poderia um ser criado comandar o Universo?
O problema de Lúcifer consistiu em seu descontentamento com a posição que ocupava. Mesmo sendo o principal dos anjos, alimentou um sentimento de inveja. A Bíblia diz: “Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti” (Ez 28:14, 15). Não satisfeito com o status de criatura, condescendeu com o desejo de ser semelhante ao Altíssimo. Lúcifer não entendeu nem aceitou seus limites.
A queda de nossos primeiros pais foi ocasionada pelo desejo de saber além dos limites humanos. E, ao longo dos séculos, esse mesmo desejo tem fascinado milhões e milhões de indivíduos. Uns se consideram “donos” do mundo, mas não sabem exercer o domínio que o Criador lhes confiou, de acordo com Gênesis 1:26; outros, mais ousados, acham que Deus não existe e inventam seus próprios caminhos. E há os que se consideram divinos.
Como cristãos, precisamos entender e aceitar nossos limites. Viver dentro desses limites é uma condição fundamental para o nosso bem-estar físico, moral e espiritual.
Rubens S. Lessa, 7/5/2000
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