segunda-feira, 17 de maio de 2021

O Perigo da Abundância

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

17 de maio - segunda

O Perigo da Abundância

O qual Se entregou a Si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai. Gálatas 1:4

Um pato selvagem dirigia-se para o sul. Ele pousaria e passaria o inverno numa fazenda. Tiraria proveito do milho e do abrigo pertencentes ao fazendeiro e ali se juntaria aos recém-encontrados amigos domésticos.

O inverno passou, chegou a primavera, e com ela os pássaros migratórios. Aquele pato ouviu o chamado das aves selvagens. Seu coração bateu mais rapidamente. Ao agitar, porém, as asas para se juntar no espaço com seus irmãos, descobriu que não podia voar. Durante o inverno, ele havia engordado com as sementes do fazendeiro, e as asas não davam conta de mantê-lo no espaço azul por muito tempo. Elevava-se até alguns metros e voltava desamparado ao solo.

Seria esse o caso de alguns de nós, ao chegar o momento do alto clamor e do glorioso testemunho final de Deus? Pode este “mundo perverso” (Gl 1:4) e sua influência nos tornar tão indiferentes na questão espiritual que tenhamos perdido a capacidade de nos arriscar a trabalhar para Deus?

“O perigo para nós não está na carência, mas na abundância”, escreveu Ellen White em 1890. “Somos constantemente tentados ao excesso. Os que desejarem preservar suas faculdades não diminuídas para o serviço de Deus, precisam observar estrita temperança no uso de Suas bênçãos, bem como total abstinência de toda condescendência prejudicial ou degradante” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 29).

O perigo da influência não está simplesmente nas condescendências nocivas colocadas sobre nossas mesas. Toda a nossa percepção espiritual é influenciada quando criamos quase que inconscientemente o que é por assim dizer uma mania de possuir cada vez mais coisas.

Contudo, há uma salvaguarda. Consiste em seguir o exemplo de Cristo no constante e abnegado doar. Cada vantagem material ou espiritual que obtemos deve ser considerada mais uma oportunidade para auxiliarmos e abençoarmos outras pessoas. Como Paulo, devemos nos considerar devedores a todos os seres humanos, e toda importância que por acaso venhamos a poupar será aplicada na obra de apressar o regresso de Cristo.

Joe Engelkemier, 13/12/1972

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