MEDITAÇÃO DIÁRIA
Domingo, 21 de fevereiro
Nós somos culpados?
Rogo-te que me tenhas por escusado. Lucas 14:18
Em geral, as pessoas estão muito prontas para apresentar desculpas e pretextos quando procuram justificar um procedimento que não esteja em harmonia com a luz recebida. Uma das coisas mais difíceis na vida é aceitar que os contratempos enfrentados nos sobrevieram por egoísmo, impetuosidade ou orgulho. A tendência humana é apontar o dedo para o outro lado bem depressa.
Em certo sentido, somos como aquele jovem que, um dia, levado por simples ira, assassinou o pai e a mãe. Diante do tribunal, fez um veemente e choroso apelo pedindo misericórdia em razão de ser órfão!
Há na vida uma lei imutável, que diz que a colheita não pode ser diferente nem melhor do que a semeadura. E há certos atos, pensamentos ou ideias que, uma vez implantados no espírito, certamente produzirão calamidade, embora talvez demore. O primeiro passo que devemos dar é reconhecer isso e não continuar fugindo da responsabilidade dos erros que são resultado de nossas ações, e deixar de culpar os outros. Antes de podermos fazer progresso notável no caminho do bem, temos de aprender a discernir a íntima relação entre causa e efeito.
Se você julga que ninguém lhe confia encargos importantes, talvez seja porque lhe falte o senso de responsabilidade. Se se julgar perseguido ou impopular, examine o coração para ver se não está repleto de inveja, hostilidade ou egoísmo. Se não vai bem nos trabalhos escolares por preferir brincar a estudar, não adianta chorar por causa das dificuldades que oferece cada curso. Se sua saúde é precária por motivo de maus hábitos, compete a você mesmo melhorá-la.
Eu sei que é muito mais fácil pedir aos outros que sejam mais corretos do que eu mesmo procurar agir assim. Muitas vezes, para nos aperfeiçoarmos, temos de fazer uma transformação revolucionária no modo de viver, e isso nunca é fácil. Uma coisa é certa: temos um Amigo que pode ajudar a nos tornarmos uma pessoa inteiramente nova. Nosso Pai celestial conhece exatamente a natureza de nossa luta e, se formos sinceros em nosso esforço de buscar um caráter semelhante ao de Cristo, Ele lutará ombro a ombro conosco.
Walter Raymond Beach, 8/7/1961
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