MEDITAÇÃO DIÁRIA
Quarta-feira, 3 de fevereiro
Dois montes
Vocês chegaram ao monte Sião, à Jerusalém celestial, à cidade do Deus vivo. Hebreus 12:22, NVI
Sou um homem das montanhas. Nasci em Minas Gerais, que pode ter tido mar há muito tempo, mas não tem mais, embora alguns mineiros considerem as praias capixabas e cariocas como suas também. Eu era jovem quando conheci as praias do Espírito Santo, Rio de Janeiro, de Santa Catarina e São Paulo. Depois vieram outras maravilhas na natureza. Fiquei deslumbrado com a beleza e a imensidão do mar, mas nunca deixei de ser uma pessoa das montanhas.
Jesus era um homem tanto das montanhas quanto das praias. Nos montes, Ele Se encontrava com Deus; nas praias, encontrava-Se com as pessoas. Nos montes, recebia poder; nas praias, o distribuía. Na vida do Salvador, tanto as montanhas quanto as praias foram cenários da manifestação divina, ambientes de extraordinárias expressões de poder e graça. Contudo, os montes tiveram certa preponderância. Ele pregou o sermão das bem-aventuranças num monte, foi transfigurado num monte e morreu num monte.
Entre os montes sagrados da Bíblia associados ao Salvador, dois recebem destaque: o Sinai, onde o Cristo pré-encarnado revelou a lei, e o Calvário, onde o Jesus encarnado deu a vida pelo mundo. Ambas as revelações são extraordinárias. Porém, o Calvário é ainda mais glorioso, pois revelou com mais nitidez a grandeza do amor de Deus.
O autor de Hebreus (12:18-29) faz um contraste entre esses dois montes e privilegia o Calvário, que ele chama de Sião. O Sinai é o monte do fogo, da fumaça, dos trovões, dos relâmpagos, do tremor e do medo; o Calvário é o monte do sacrifício, da redenção, da fé, da esperança e do amor. Um é o monte da lei escrita em pedra e dos limites; o outro é o monte da lei escrita no coração e das possibilidades ilimitadas. O primeiro é associado com os fundamentos da religião e a cidade terrena; o segundo está ligado com o clímax da religião e a cidade celestial. O Sinai trouxe Deus à Terra; o Calvário elevou o homem ao Céu.
No Sinai, você não come carne por medo de perder a salvação, não usa brincos por medo de afetar a reputação, não vai ao cinema por medo de ser visto pelo ancião da igreja. No Calvário, você não faz essas coisas por amor a Cristo e a seus princípios. Num monte, predomina o “não”; no outro, prevalece o “sim”.
Na sua vida, você pode preferir as praias, que são bons lugares. Mas não deixe de contemplar e escalar os montes. E, ao caminhar do Sinai ao Calvário, note que ambos pertencem à mesma cordilheira. Porém, o Calvário tem um relevo diferente. Enquanto o Sinai indica o perigo de cair, o Calvário mostra a alegria de subir. Vá até o cume do Calvário, o monte Sião, e você verá um novo e glorioso cenário.
Marcos De Benedicto, 30/3/2016
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