MEDITAÇÃO DIÁRIA
Domingo, 24 de janeiro
O que o perdão pode fazer por você
Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo. Salmo 32:1,2
Dois dias antes do Natal, Frank e Elizabeth Morris receberam um telefonema assustador. Do outro lado da linha, a pessoa lhes informava que seu único filho, Ted, de 18 anos de idade, havia sido ferido num grave acidente. A pessoa os instruía a procurar com urgência um grande hospital em Nashville, estado do Tennessee. Quando chegaram ao hospital, um neurocirurgião lhes deu a triste notícia: Ted estava morto.
No dia seguinte, na delegacia, o casal Morris ficou sabendo que o outro motorista, Tommy Pigage, havia sofrido apenas ferimentos leves. Por ocasião do acidente, seu nível de álcool no sangue estava três vezes acima do limite permitido. Ele foi acusado como assassino, mas depois de confessar a culpa a acusação foi reduzida para homicídio culposo, isto é, sem intenção de matar. Meses mais tarde, foi sentenciado a apenas cinco anos de prisão com a estipulação de que, se violasse a sentença, teria de cumprir uma pena de dez anos. Dizer que o casal Morris (especialmente Elizabeth) ficou revoltado com uma sentença tão branda é dizer pouco.
Mais tarde, numa reunião de mães para protestar contra o ato de dirigir sob a influência do álcool, Elizabeth ouviu Tommy contar que, ao saber da morte de Ted, ele não conseguira parar de chorar. Alguns dias mais tarde, entretanto, ele foi apanhado bebendo e levado para cumprir sua pena de dez anos.
Apesar das emoções contraditórias, Elizabeth começou a visitar Tommy na cadeia. Um dia, enquanto conversavam, ele implorou perdão.
– Eu o perdoo – respondeu Elizabeth. Ela acrescentou: – Eu gostaria que você me perdoasse por eu tê-lo odiado.
– Claro, senhora Morris – ele respondeu com emoção.
Numa visita posterior, Tommy contou a Elizabeth que queria muito parar de beber, mas não conseguia. Ela lhe garantiu que ele poderia com a ajuda de Deus. E ele conseguiu!
No dia 12 de janeiro de 1985, Tommy foi batizado. Mais tarde, ficou em liberdade condicional. O casal Morris começou a levá-lo para seu lar e a tratá-lo como filho. Escrevendo para a edição de janeiro de 1986 da revista Guidepost, Elizabeth disse que, depois disso, começou a sentir a paz que só Deus pode dar. E Tommy? Ele é uma pessoa diferente! É isso que pode acontecer quando perdoamos e somos perdoados.
Donald E. Mansell e Vesta W. Mansell, 17/12/1998
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