MEDITAÇÃO DIÁRIA
7 de dezembro
Pare e ouça
Seus pés eram como o bronze numa fornalha ardente e Sua voz como o som de muitas águas. Apocalipse 1:15, NVI
Muitos personagens da Bíblia foram abençoados com o privilégio de ouvir a voz de Deus. Entre eles, Daniel a descreveu “como o som de uma multidão” (Dn 10:6, NVI). Ezequiel a comparou ao “ruído de muitas águas” (Ez 43:2). As pessoas que assistiram ao batismo de Jesus ouviram a voz do Pai manifestando Sua alegria em Jesus, o “Filho amado”, dando assim testemunho da divindade de Cristo (Mt 17:5). Na estrada para Damasco, em perseguição aos cristãos, Paulo teve abatido seu orgulho e se rendeu à voz do Salvador (At 22:7).
Em Apocalipse 1, João descreveu a figura central de todo o espetáculo que foi descortinado em visão diante dele: o Cordeiro de Deus. Suas vestes, Sua cabeça, Seus cabelos, Seus olhos e Seus pés traziam as marcas do supremo sacerdócio, pureza, onisciência, poder e resistência contra os inimigos, próprias do Senhor. No fim da impressionante descrição, ele fez referência à voz de Cristo, “como o som de muitas águas”, à semelhança da comparação feita por Ezequiel.
Em seu exílio, o apóstolo estava habituado a ouvir o som imponente e majestoso das ondas do mar Egeu. Assim, tanto quanto sua linguagem humana podia expressar, pareceu-lhe o som da voz de Cristo. Imaginando que a voz Dele é inigualavelmente melodiosa, majestosa, potente e, ao mesmo tempo, suave e cheia de paz, podemos ouvi-la em tantas formas quantas Ele achar por bem nos falar e com variados propósitos: acalmando-nos, advertindo-nos, repreendendo-nos, animando-nos, chamando-nos para junto de Si. Aliás, não devemos nos esquecer da compaixão que transbordava ao proferir repreensões. Nessas ocasiões, “havia lágrimas em Sua voz […]. Nunca tornava a verdade cruel, porém manifestava profunda ternura pela humanidade” (Ellen White, Obreiros Evangélicos, p. 117).
Muitas pessoas procuram ouvir a voz de Deus no barulho, entre relâmpagos, trovões, chamas de fogo, sons de trombeta e terremotos. Mas, enquanto fugia de Acabe e Jezabel, Elias sentiu a presença de Deus no “murmúrio de uma brisa suave” (1Rs 19:12, NVI). Paulo disse que Ele falou e ainda fala “muitas vezes e de várias maneiras” (Hb 1:1). Inclusive por meio do silêncio. Fique atento! Há muitos tipos de vozes no mundo. Entretanto, nesse burburinho que tenta abafar a voz divina, hoje Ele tem algo a nos dizer.
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