MEDITAÇÃO DIÁRIA
20 de dezembro
Enriquecidos pela pobreza
Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, Se fez pobre por amor de vós, para que, pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos. 2 Coríntios 8:9
Em meio à enfática defesa de seu ministério, Paulo não havia se esquecido das necessidades materiais da igreja de Jerusalém. Estando em Corinto, apelou aos cristãos locais para que contribuíssem com o atendimento a irmãos pobres daquela comunidade. As igrejas da Macedônia já haviam feito sua parte de modo digno de reconhecimento: “No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois eles, testemunho eu, na medida de suas posses, deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam” (2Co 8:2, 3, NVI). Isso não era pouco, embora possivelmente os coríntios não fossem muito mais abastados que os macedônios. De fato, o índice de pobreza no Império Romano era alto. Mas, com a mesma disposição generosa concedida por Deus aos macedônios, os coríntios também poderiam contribuir.
O exemplo dos macedônios era altamente incentivador. Contudo, Paulo avançou em seu pensamento e apresentou um modelo de graça infinitamente mais generosa que beneficiou pecadores indigentes, em todos os tempos e lugares ao longo dos séculos: Cristo Jesus. Ele é o exemplo insuperável de entrega. Era rico na glória de Sua Divindade, mas voluntariamente escolheu assumir nossa natureza e sua pobreza total. Esvaziou-Se, nada retendo para Si, sujeitando-Se a viver como homem exposto às mesmas dificuldades que enfrentamos.
Isso Ele fez para que pudesse compartilhar conosco as riquezas da salvação e nos ajudar a encontrar o verdadeiro tesouro no Céu, acima de tudo o que possamos imaginar acumular na Terra. Cristo “Se fez pobre por amor de vós, para que, pela Sua pobreza, vos tornásseis ricos”, disse Paulo. É impossível avaliar as riquezas das quais Cristo abriu mão. A imaginação mais fértil, o raciocínio mais apurado, a mais bela poesia, a mais eloquente oratória, o texto mais profundo e tocante, nada disso é suficiente para descrevê-las. Elas envolvem provisão para as necessidades temporais e eternas.
Por mais que nos aprofundemos no estudo a respeito de Cristo e de Sua graça, veremos que são muito mais profundos do que podemos alcançar com nosso entendimento. Diante de tudo que pudermos imaginar que Ele seja ou que esteja disposto a nos conceder, Ele é e está disposto a conceder muito mais. Essa é a riqueza que Sua pobreza nos possibilita. E tudo por causa da graça!
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