quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Além da compreensão

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

 23 de dezembro

Além da compreensão

Como são grandes as riquezas de Deus! Como são profundos o Seu conhecimento e a Sua sabedoria! Quem pode explicar as Suas decisões? Quem pode entender os Seus planos? Romanos 11:33; NTLH

Nós sabemos muito bem. Os dias mais escuros de nossa existência são dolorosos e quase humanamente insuportáveis, mas não são inúteis. As experiências que vivenciamos nos oferecem oportunidades para reflexão e aprendizado e abrem caminho para maiores bênçãos no fim da jornada. Você já pensou nas muitas lições que pôde aprender ou relembrar durante um longo período de recuperação de algum mal físico que o atingiu de surpresa? Um desses lembretes pode ser: Não tente entender todos os caminhos pelos quais Deus permite que você ande. Ninguém entenderá. E mais: Não se renda ao tormento de lutar com perguntas para as quais não terá respostas nesta vida. “Como ou por que vim parar nesta condição?” Talvez haja respostas; talvez, não. Se não houver, apenas confie, porque a fé é o alento espiritual do justo (Hc 2:4). Não murmure nem se queixe, conte as bênçãos, louve e agradeça, porque isso liberta. Espere, pois a esperança que temos “não nos decepciona” (Rm 5:5, NVI).

Com toda a sabedoria e inspiração com que foi abençoado, Paulo frequentemente falou de “mistérios” em seus escritos. Fez isso sempre se referindo às maravilhas da graça com que Deus nos sustenta em meio aos espinhos que permite que levemos conosco, com propósitos às vezes incompreensíveis (2Co 12:7-10). Em nosso verso de hoje, depois de mencionar a abrangência da graça de Deus, que abriga sob o senhorio Dele todos os povos, etnias e pecadores que a aceitarem, ele expressou a limitação de seu entendimento diante dessa maravilha. Então não lhe restou outra saída a não ser a que também devemos buscar diante de situações que estão além de nossa compreensão. Ou seja, acalmar-nos diante do desconhecido e tentar captar pela fé a imensidão do amor e da sabedoria do Pai.

Convém darmos uma longa trégua em nossa mente aos males que nos afligem. Além das experiências que vivenciamos, ou em meio a elas, uma coisa deve ser o centro de nossa reflexão. John W. Peterson a expressou no refrão de um hino: “Mas um maior milagre me comove o ser; / Tão insondável é, não posso compreender: / Que o meu eterno Deus, em Seu grande amor / A mim salvasse, pobre pecador!” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 198).

O que mais nos importa além disso? Pelo que nos oferece na eternidade, a graça supera todo revés no presente. Ao Deus sábio e infalível que a concede a nós seja “a glória eternamente! Amém” (Rm 11:36).

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