MEDITAÇÃO DIÁRIA
31 de dezembro
A última prece
Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus! Apocalipse 22:20
Seria demais imaginar que o inimigo de Deus assistiria indiferente ao extraordinário crescimento da igreja de Cristo no primeiro século. Assim, por meio da religião e do Estado, ele empreendeu a mais severa perseguição aos apóstolos e outros fiéis cristãos. Alguns depuseram a vida decapitados, outros foram devorados por feras nas arenas públicas ou queimados como tochas humanas nos jardins imperiais romanos.
João foi o último dos apóstolos a ser julgado e condenado por causa da fé que professava. Inicialmente, por ordem de Domiciano, ele foi sentenciado à morte em um caldeirão de óleo fervente. Diante da formalização da sentença, João declarou: “Meu Mestre Se submeteu pacientemente a tudo quanto Satanás e seus anjos puderam inventar para humilhá-Lo e torturá-Lo. Ele deu a vida para salvar o mundo. Considero uma honra ser permitido que eu sofra por Seu amor” (Ellen White, Atos dos Apóstolos, p. 570). Impressionados pela força desse testemunho, seus algozes o tiraram do tacho, e ele sobreviveu sendo, posteriormente, exilado na solitária ilha de Patmos, no Mar Egeu.
Ali, João teve o privilégio de receber significativas visões a respeito da história da igreja ao longo dos tempos. Viu o Filho do Homem conduzindo-a em sua trajetória de pureza doutrinária, em suas lutas no enfrentamento de heresias e no combate a elas por meio da coragem de fiéis defensores da verdade. Sim, João contemplou o trono de Deus, ouviu o cântico dos remidos junto ao mar “como que de vidro” (Ap 15:2, 3), viu o Cordeiro, por cujo sangue derramado somos espiritualmente lavados, tornados mais alvos que a neve e também vencedores. Finalmente, viu o fim do pecado, de seu autor e de seus adeptos. Viu a morte para sempre vencida e o pranto eternamente erradicado. Foram-lhe mostradas a nova Terra, a nova ordem de amor, paz e justiça no reino que jamais passará.
Nessa direção, caminhamos pela graça divina. Nossas lutas pessoais decorrentes do pecado inerente a nós serão para sempre superadas. Ameaças às nossas boas intenções de fidelidade a Deus desaparecerão. Tropeços e quedas, nunca mais! O triunfo da graça é real! Seu Autor garantiu que não falhará em vir compartilhar conosco essa vitória: “Sim, venho em breve!” Logo chegaremos à glória! Assim como João, tendo o coração queimando em anseio de que isso não demore, nós oramos: “Amém! Vem, Senhor Jesus!”
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