terça-feira, 17 de novembro de 2020

Oração por um pecador

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

17 de novembro

Oração por um pecador

Se alguém vir a seu irmão cometer pecado que não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida aos que não pecam para a morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue. 1 João 5:16

Incômodo por sua natureza, o confronto com o transgressor e seu erro não precisaria ser ainda mais complicado, caso fossem seguidos os passos bíblicos. O gosto (péssimo) por certas novidades faz com que muitos “cristãos” se limitem a cochichos a respeito do assunto, às vezes ansiosos pelos “próximos capítulos”, em vez de colocar os pés sobre as pegadas do Mestre e agir à semelhança do que Ele faria e ensinou: “Vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas, se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros […]. Se ele recusar a ouvi-los conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano” (Mt 18:15-17, NVI). Simples assim.

Em 1 João 5, depois de apresentar argumentos favoráveis à divindade de Cristo e discutir sobre a ligação entre o amor e os mandamentos de Deus, o apóstolo fala do pecado e de suas implicações na vida de um cristão. Ao abordar o assunto, João expõe o modo pelo qual os cristãos devem tratar o irmão transgressor: orar em favor daquele que cometeu “pecado que não para morte”. Que tipo de pecado é esse? Certamente, o pecado cometido, reconhecido, confessado e abandonado (1Jo 1:9). “Pecados cometidos por aqueles que realmente desejam servir a Deus, mas que sofrem de uma vontade débil e com hábitos fortes são muito diferentes dos pecados deliberadamente cometidos em desafio aberto e intencional contra Deus. […] O pecado menor, que passa rapidamente pelo arrependimento e é perdoado, não é um pecado para morte” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 750). Evidentemente, arrependimento e confissão de pecado considerado “grave” deixam livre da morte o culpado.

Contudo, “há pecado que leva à morte”, diz o apóstolo, ao mesmo tempo em que não proíbe nem incentiva a oração em favor de quem o comete. Esse é o pecado intencional, obstinado, conhecido, admitido, mas não confessado nem abandonado. De fato, é uma negação voluntária da verdade do evangelho e de Jesus Cristo. No entanto, uma vez que João não proíbe nem incentiva a oração em favor desses casos, sabendo que somente Deus conhece os corações, nós sabemos perfeitamente o que fazer à parte de criticar, julgar e condenar. “Enquanto há vida, há esperança”, costumamos repetir. Conhecendo as maravilhas da oração intercessória, temos sempre a chance de praticá-la. Os resultados estão nas mãos de Deus.

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