MEDITAÇÃO DIÁRIA
19 de novembro
Nas mãos do Senhor
Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, Comigo. Apocalipse 3:20
As cartas que no livro do Apocalipse são dirigidas às sete igrejas da Ásia Menor descrevem a condição espiritual do cristianismo em diferentes fases de sua trajetória. Entretanto, nós que temos nos ocupado tanto com os detalhes históricos, fracassos, sucessos, exemplos de fidelidade e missão relacionados a cada caso, devemos estar atentos ao que essas mensagens nos dizem ainda hoje, pois “tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar” (Rm 15:4, NVI), não apenas no sentido informativo.
Acredito que o fato mais relevante em todas as fases do cristianismo é a presença de Cristo Jesus, “o Primeiro e o Último”, “o Filho de Deus”, “o Santo, o Verdadeiro”, o “Amém, a Testemunha fiel e verdadeira” (Ap 1:17; 2:18; 3:7, 14). Ele está presente em todos os momentos da igreja, cuidando dela, aconselhando, advertindo Seu povo com amor ou recompensando-o com bênçãos no presente e promessas preciosas relacionadas ao futuro. A presença de Cristo é a garantia de que Seus filhos serão vitoriosos, desde que não Lhe fechem a porta do coração, mas permitam que Ele execute Sua obra transformadora.
Nada existe em nossa vida que escape ao exame da “espada afiada de dois gumes” que é Sua Palavra, nem de Seu olhar aguçado “como chama de fogo” (Ap 1:16; 2:16). Jesus sente o esfriamento do amor com que inicialmente O aceitamos. Então, Ele nos reconquista. Conhece a extensão e a eventual hesitação de nossa fé diante do elevado preço do discipulado. Ele nos anima, reafirmando o galardão a nós preparado: “a coroa da vida” (Ap 2:10). A respeito dela, Ele diz: “Conservas o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3:11). O Senhor da igreja ainda condena a tolerância que ela tende a manter diante da influência do mundo e seus conceitos, a exemplo do que ocorreu com as igrejas de Sardes e Pérgamo.
Além disso, agrada-Se do zelo missionário dos tempos de Filadélfia e reprova a autoconfiança de Laodiceia. A essa última oferece as riquezas de Sua graça, a fim de que reconheça sua nulidade e reencontre Nele seu real significado. Há o risco de rejeição, caso não o faça; mas, acima desse risco, destaca-se a Sua figura batendo à porta de nosso coração, em graciosa insistência para que O deixemos estar conosco, bem à vontade, sem barreiras de formalidades, como amigos que desfrutam alegremente o aconchego de uma refeição. Mais do que nós mesmos podemos desejar, Ele anseia por esse momento.
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