segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Pronto para vencer

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

30 de novembro

Pronto para vencer

Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos. Neemias 6:9

Seria ótimo se nossas ações e intenções sempre recebessem a aprovação das pessoas. Esperar que isso aconteça, entretanto, é utopia, mesmo quando investimos o melhor que há em nós. Não faltarão pessoas dispostas a criticar, questionando nossos motivos mais puros, tentando desanimar ou mesmo combatendo em franca oposição. O pior mesmo é quando é aceso o chamado “fogo amigo”, expressão originada no ambiente militar e utilizada em guerras, quando um ataque ou bombardeio atinge aliados e até soldados do mesmo exército. Geralmente, essa anormalidade é causada por engano estratégico ou erro de interpretação. Atualmente, porém, a expressão também é utilizada como referência a casos de traição.

A desagradável surpresa ocasionada por esse tipo de “fogo” é justamente por que ele é “amigo”. Ninguém o espera, diferentemente do “fogo inimigo”. Esse já é esperado da parte de opositores. As melhores ações e intenções em favor do bem incomodam sempre os aliados do mal, que também sabem ser ativos e incendiários.

Neemias enfrentou o “fogo inimigo” ateado por Sambalate, Tobias e Gesém, opositores na reconstrução do muro de Jerusalém. Eles fizeram tudo para fazê-lo desistir de seu propósito, utilizando inclusive mentiras e propondo um encontro “pacífico”. Neemias, porém, concentrava-se na importância e na excelência de seu trabalho, o que não lhe deixava tempo para dar ouvidos às artimanhas, muito menos se impressionar com elas. Era homem de fé, oração e propósito. Em sua interação com Deus, ele obteve sabedoria suficiente para saber distinguir a natureza das ameaças e se dedicar mais e mais ao “grande projeto” que foi chamado a executar.

Possuidor de caráter humilde, Neemias sabia que, para cumprir sua missão, dependia inteiramente de Deus. E orou: “Fortalece as minhas mãos.” É com esse sentimento que devemos viver e trabalhar. Em nossas lutas, podemos recorrer a Deus e achá-Lo. Por meio de fervorosa oração, podemos receber graça, sabedoria e poder para silenciar adversários, neutralizar ameaças, apagar “fogos amigos” e “inimigos”. Mas a prece de Neemias é ainda mais pertinente em relação a nossas lutas espirituais particulares. Enquanto o inimigo maior insiste em nos desanimar, podemos recorrer a Deus e achar socorro “em ocasião oportuna” (Hb 4:16).

Lição de Fidelidade - Jeremias 35

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse

Leitura Bíblica - Jeremias 35

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Sermões com ilustrações práticas são recursos divinos para Deus apelar à fidelidade de Seu povo. Certamente precisamos desse sermão de Jeremias nos dias de hoje.

Jeremias recebe incumbência divina de dar uma ponderosa lição de fidelidade ao povo infiel ao Deus verdadeiro (vs. 1-2). O profeta deveria convocar um grupo dos descendentes de Recabe, que receberam fortes influências de Jonadabe havia cerca de 300 anos, o qual auxiliara Jeú a exterminar o culto ao deus Baal, no Reino do Norte em 841 a.C. (II Reis 10:15-28).

Os recabitas tinham parentesco com o sacerdote queneu, Jetro, sogro de Moisés (Juízes 1:16; 4:11). Jonadabe, filho de Recabe, deu instruções, nas quais seus descendentes preservaram e permaneceram fieis por séculos. As regras eram:

1. Não beber vinho;

2. Não construir casas;

3. Não cultivar a terra;

4. Habitar em tendas como nômades, para viverem bem e prosperarem.

Num contexto de guerra, conquistas, lutas por poder, etc., Jonadabe viu na vida simples uma forma de sobreviver; então, passou esse estilo de vida a seu povo. O vinho arruína a família, possuir casas e plantações dificulta quando precisassem deslocar-se devido às políticas das nações e Impérios.

Como havia perigo por todos os lados nos dias de conquistas do Império Babilônico, os recabitas buscaram abrigo em Jerusalém (v. 11).

Aproveitando que estavam entre eles, Jeremias convida-os a passarem uma lição aos judeus infiéis na frente dos líderes espirituais, no Templo. Eles deram um impactante exemplo de fidelidade ao recusarem o pedido de Jeremias. Eles não beberam vinho, não cederam à solicitação do profeta (vs. 3-10).

Deus usa o sermão prático dos recabitas para revelar Sua indignação ao Seu povo infiel, e explicar a razão da deportação deles ao exílio (vs. 12-17). Entretanto, antes dos recabitas se retirar, Jeremias proferiu bênção eterna aos dedicados e perseverantes descendentes de Jonadabe (vs. 18-19).

Pergunto:

• Nosso estilo de vida baseia-se na Palavra de Deus ou nas filosofias do inferno?

• Os valores transmitidos aos filhos são bíblicos ou mundanos, paganizados?

• Nossa fidelidade é evidente e exclusiva para Deus ou para coisas supérfluas?

• Perdemos tempo com tudo, consequentemente não investimos na Palavra de Deus?

Não devemos ignorar a mensagem nem os mensageiros de Deus; pois, assim tapamos os ouvidos para Deus. Reavivemos nossa fidelidade! – Heber Toth Armí.

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domingo, 29 de novembro de 2020

Os notáveis de Deus

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

29 de novembro

Os notáveis de Deus

Os que forem sábios, pois, resplendecerão com o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. Daniel 12:3

Viagens turísticas às vezes incluem visitas a túmulos e monumentos de personagens notáveis da História, e a museus nos quais podem ser vistos objetos que pertenceram a eles. Muitos deles realizaram façanhas memoráveis; outros, porém, se destacaram por feitos negativos. Nos dois casos, nada mais ficou além dos restos mortais.

Nestes dias de fácil exposição midiática, muitos parecem dispostos a pagar todo e qualquer preço por um lugar sob os holofotes. O resultado é um desfile de “celebridades”, no mundo artístico, político, social e mesmo religioso, que nada têm a oferecer além de migalhas para satisfação popular. E não faltam louvor e exaltação a essas figuras. Considerando a fragilidade do material com que essas “celebridades” são constituídas, muitas parecem evaporar em pouco tempo, dando lugar a outras que seguem o mesmo caminho.

Contudo, há um grupo de pessoas autênticas, verdadeiramente célebres, cuja influência da vida e dos feitos não será passageira. Desse grupo, você e eu podemos fazer parte. Em Daniel 12, depois de haver descrito em detalhes a história do mundo, o profeta mostra o clímax da vitória do povo de Deus, sob a regência de Miguel, “o grande príncipe” (v. 1), nosso divino Salvador. Ali, Daniel apresentou os verdadeiros sábios e heróis, astros e estrelas do Universo de Deus: “Os que forem sábios, pois, resplendecerão com o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente” (v. 3).

O julgamento, o reconhecimento e a recompensa do Céu não são de acordo com os padrões terrestres. A sabedoria dos sábios e heróis de Deus vai além do que é terreno. Eles são sábios nas coisas espirituais. Sábios para conhecer a própria condição pecaminosa, entender os riscos dessa condição, conhecer Cristo e recorrer a Ele, aceitando-O como Salvador e Senhor. Inspirados por essa experiência, são sábios o suficiente para conduzir muitos “à justiça”, a mesma que lhes foi atribuída, tendo como base a fé exercida em Cristo Jesus. O sábio Salomão escreveu: “O fruto do justo é árvore da vida, e o que ganha almas é sábio” (Pv 11:30). Esses heróis não passarão. Entre os salvos, eles serão as estrelas refulgentes por toda a eternidade.

Advertências -Jeremias 34

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 34

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Quem não aprende a libertar, precisará aprender quando estiver no cativeiro. Deus proclamou libertação aos escravos, os líderes do povo de Deus ignoraram.

• Leia com atenção!

Misericordiosamente Deus usa Seus mensageiros para advertir aos pecadores objetivando a salvação deles. Em Jeremias 34:1-7 o profeta exorta o rei Zedequias pedindo-lhe que se renda à Babilônia.

A rejeição à misericórdia de Deus resulta no desprezo às palavras de Seus mensageiros. Consequentemente, as atitudes de um líder desobediente são vistas na opressão de seus semelhantes. Zedequias oprime israelitas, escravizando-os (Jeremias 34:8-16). Além de pecar contra seu próprio povo, o rei do povo de Deus peca contra a própria palavra divina, revelada em Êxodo 21:1-11.

Quem não tem interesse pelas elevadas instruções e sábias revelações divinas, certamente agirá conforme seus próprios interesses, que são egoístas, mesquinhos e resultam em problemas com as pessoas e com Deus. Quando Nabucodonosor cercava a cidade de Jerusalém, Zedequias concordou em libertar os escravos. Ao se retirar o exército babilônico, Zedequias achou conveniente sujeitar a escravidão novamente ao seu próprio povo. Assim, o nome de Deus foi profanado, então, as consequências horrendas seriam inevitáveis (Jeremias 34:17-22).

Reflita:

• Quando a Palavra de Deus é desonrada, as atitudes em relação ao próximo se tornam erradas.

• Quando a misericórdia de Deus é ignorada, as consequências das atitudes erradas chegarão como forte enxurrada.

• Quando não se valoriza a Palavra de Deus automaticamente não prioriza as orientações que apontam para bênçãos, paz e felicidade; então, terá que aprender a importância de ouvir a Palavra de Deus nos exílios da vida.

• Quando se age pela conveniência pessoal, pela lógica humana ou pelo que parece óbvio em vez de consultar a Deus e a Sua Palavra, a sociedade vira um caos, a opressão surge de onde deveria existir libertação, e a opressão invade a vida de todos.

• Quando se rejeita oportunidades de arrependimento, as pessoas se arrependerão de não ter-se arrependido; pois, as consequências não perdoam aos inconsequentes.

A liberdade dada por Deus deve ser usada para demonstrar nossa lealdade a Ele e a Sua Palavra.

Se assim fizermos nossa atitude será nobre em relação ao próximo, viveremos o padrão divino em um ambiente humano. Nossa sociedade perceberá que somos diferentes e assim testemunharemos alegremente de nosso Deus! – Heber Toth Armí.

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sábado, 28 de novembro de 2020

Tempo de livramento

MEDITAÇÃO DIÁRIA

28 de novembroTempo de livramento

Tempo de livramento

Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais tornareis a ver. Êxodo 14:13

Às vezes pagamos caro pela tentativa de resolver situações complicadas agindo sob o calor das emoções, especialmente negativas. Devemos utilizar todos os recursos disponíveis na solução de problemas, com a perspectiva de êxito; mas existem circunstâncias diante das quais tudo o que temos a fazer é esperar. Convém nos lembrarmos de que, conforme disse o próprio Deus, “na quietude e na confiança está o seu vigor” (Is 30:15, NVI).

Tão logo deixaram o Egito, os israelitas tiveram que enfrentar esse teste. Seguindo a ordem divina, eles acamparam em Pi-Hairote, perto do mar, e acabaram alcançados pelo exército egípcio. A situação era dificultada pelo cerco formado pelo mar, a montanha e o exército inimigo. Nada lhes restava, senão a expectativa de destruição ou a operação de um milagroso livramento. A incredulidade deles os fez visualizar o pior. E se abriram em lamentos, pensando que haviam sido preservados pelo sangue do cordeiro pascal apenas para que fossem sepultados no deserto.

A fé e a serena confiança de Moisés viram a infalibilidade do cuidado de Deus. Com palavras carregadas de consolo e ânimo, ele respondeu à murmuração, conforme registrado em nosso verso de hoje. O líder estava certo de que a perseguição empreendida pelos egípcios a Israel era parte do plano de Deus, tendo em vista a glorificação de Seu nome (Êx 14:4). Tinha fé sólida para acreditar em uma libertação, cuja forma era impossível imaginar. Era certo que o Senhor agiria. A incredulidade cria ou supervaloriza as dificuldades, impedindo-nos de ver a salvação divina. A fé eleva a alma acima das dificuldades, coloca-nos mais perto de Deus e nos habilita a permanecer destemidos, firmes e serenos, esperando Nele. Sem precipitações nem desespero.

Sempre que nos deparamos com grandes desafios e dificuldades ameaçadoras é natural que o medo se imponha a nós. Entretanto, não devemos permitir que ele assuma o controle. O medo nos enerva, deixa ansiosos, mas deve ser vencido com fervente e confiante oração. O medo não deve abalar nossa fé e nossa confiança no Deus do impossível. Então, esperemos o que Ele nos dirá. Deus sabe como nos tirar do redemoinho que permite vir sobre nós.

Foi assim que o mar se abriu, e o povo passou livre. Assim o Senhor nos dirá o que fazer quando estivermos diante de nossos “mares”. E, conforme se diz, se eles não se abrirem, Deus até pode nos surpreender, fazendo-nos passar por sobre as águas.

Mensagem De Esperança - Jeremias 33

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 33

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Se com nossos pecados, transgressões e insubmissão às orientações de Deus nosso choro pode durar uma noite, pela graça, misericórdia e bondade de Deus, a alegria certamente vem pela manhã (Salmo 30:5).

Ainda que as alianças com Deus sejam desprezadas e quebradas, Deus a renova. A graça divina nos livra de nossa desgraça. O perdão de Deus nos livra da condição precária que o pecado nos conduz. A disciplina divina visa despertar nossa vida a uma realidade que até então não foi percebida. O plano de Deus para nós é maior que nossas mais ousadas ambições.

Reflita:

• Reiteração da mensagem de esperança ao povo judeu aponta para um tempo quando Deus derrotaria a nação (Babilônia) que derrotou o Seu povo (os judeus). Além da restauração, Deus oferecerá Seu perdão aos transgressores de Seu povo (vs. 1-8).

• Promessa de restauração amplia a noção de remanescente fiel em Jerusalém. Um reavivamento se dará pela dinâmica e direta ação de Deus na Terra, a qual será tão gloriosa e impactante a tal ponto de atrair, inclusive, gentios de muitas partes do mundo para a adoração do Senhor (vs. 9-13).

• Confirmação das promessas antigas revela que nada impede Deus de realizar Seus planos no mundo, nem mesmo pecados e suas consequências na vida de Seu povo inconsequente. Mesmo que para isso seja necessário o próprio Deus entrar em cena, liderar diretamente e reinar como descendente de Davi para que Suas palavras se cumpram (vs. 14-26).

Deus não mede esforços para nos salvar. Ele fortalece Seu argumento com ilustrações visíveis:

• A promessa da perpetuidade da dinastia davídica e do sacerdócio levítico é tão firme quanto são o dia e a noite: Jesus é o descendente de Davi que viverá para reinar eternamente. Seu sacerdócio é mais nobre que o sacerdócio levítico.

• A aliança de Deus com Seu povo é tão fixa quanto as leis que regem a natureza. Deus não rejeita ao pecador, nem abandona quem O abandona. Sua igreja do Antigo Testamento aumentaria sob a regência de Cristo no Novo Testamento (Romanos 9-11).

Se Deus tivesse desistido dos pecadores já há muito tempo não haveria oportunidade de salvação para nenhum de nós. Portanto, aproveitemos que a graça está disponível para livrarmo-nos de nossas desgraças!

“Senhor, restaura-nos!” – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Corações aquecidos

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

27 de novembro

Corações aquecidos

E disseram um ao outro: Porventura, não nos ardia o coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? Lucas 24:32

Espero que você não tenha tido grandes decepções na vida, especialmente ao esperar muito de alguma pessoa. No entanto, caso isso tenha acontecido, será que consegue se lembrar da maior delas? A Bíblia relata a grande decepção que os discípulos tiveram quando viram Jesus ser crucificado. O que torna esse fato ainda mais impressionante é sabermos que eles foram repetidamente instruídos sobre o assunto. Cristo morreria, seria sepultado e ressuscitaria três dias depois.

Apesar de tudo o que tinham ouvido, dois discípulos seguiam pelo caminho de Emaús perdidos em seu mundo de tristeza, desapontamento e decepção, diante de tudo o que havia acontecido nos últimos dias. Quase posso ouvir o doloroso suspiro de frustração enquanto, talvez com a voz embargada, diziam ao “estranho” que deles se aproximou: “Nós esperávamos que fosse Ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, é já este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam” (Lc 24:21). Em realidade, a decepção resultou das expectativas incorretas alimentadas por eles. Lembre-se: a redenção à qual se referiam tinha a conotação política da libertação do jugo romano, em que tinham apostado todas as esperanças.

Como foi possível eles não reconhecerem aquele “estranho” que, com sabedoria inigualável, iluminava a mente deles com a luz das Escrituras? Esse é o risco que também corremos quando nos deixamos subjugar pelas decepções que a vida nos traz. Perdemos muito, às vezes, não reconhecendo Aquele que Se aproxima de nós com o bálsamo da esperança. Cristo sempre vem a nós, a fim de que abramos o coração a Ele. Jesus não nos repele por causa de nossas dúvidas. Um gesto de repreensão de Sua parte, ao contrário de significar repulsa, apenas nos coloca no rumo certo para entender o desconhecido. Somente o fato de saber que Ele nos ouve deveria ser suficiente para aliviar o coração, antes mesmo de obtermos a resposta.

Mais tarde, quando finalmente eles O reconheceram, lembraram-se do que sentiram enquanto O ouviam: “Não nos ardia o coração, quando Ele, pelo caminho, nos falava?” À voz do Salvador, o coração congelado pela dor começava a arder, fazendo brilhar a esperança. Todo seguidor de Cristo sabe muito bem o quanto a comunicação com Ele é preciosa; como o coração é iluminado e aquecido ao ouvir sobre Ele e Seu amor, quando a assustadora escuridão o envolve. Não troque essa experiência por nada no mundo.

Agir com fé - Jeremias 32

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 32

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Agir com fé parece loucura numa cultura incrédula. Depender das promessas de Deus e viver Seus princípios quando tudo conspira contra e quando a lógica circunstancial parece indicar direção oposta é a atitude mais sábia que alguém pode ter.

O exército babilônico acampava ao redor de Jerusalém, a tentativa dos judeus de obterem auxílio por meio de aliança com o Egito resultou em frustração, Jeremias estava preso por parecer favorável ao inimigo, ninguém dava crédito às suas palavras de juízo. 

A terra prometida estava comprometida. A sociedade e a religião estavam em caos total. Hanameel, primo de Jeremias, o procurou na prisão e ofereceu-lhe um campo frente ao lugar do acampamento inimigo a fim de preservar a herança familiar. Uma terra sem valor, prestes a ser devastada.

Jeremias comprou a terra por dezessete peças de prata. Loucura? Jeremias seguiu a orientação divina, a qual sempre será vista como loucura numa sociedade incrédula, mesmo religiosa.

O esboço do capítulo auxilia-nos a interpretá-lo sabiamente:

• A introdução trata do contexto da profecia: Vigésimo ano do reinado de Zedequias em Judá e décimo oitavo ano do reinado de Nabucodonosor em Babilônia, cujo exército cercava Jerusalém. O profeta estava preso e era questionado (vs. 1-5).

• Deus revela e orienta ao profeta sobre seu primo Hanameel e suas intenções. Jeremias compra seu campo em Anatote. As escrituras foram devidamente guardadas por Baruque (vs. 6-25).

• Deus responde a perplexa oração do profeta mostrando que, apesar do juízo iminente, Ele restauraria tudo novamente; então, os moradores de Judá poderiam comprar e vender propriedades outra vez (vs. 26-44).

“Comprar um terreno em Anatote era uma forma deliberada de esperança. Todos os atos com base na esperança expõem-se ao ridículo, porque parecem impraticáveis, dissociados da realidade visível. Porém, na verdade, eles são a realidade que está sendo edificada, mas ainda não pode ser vista. A esperança nos leva a atitudes relacionadas às promessas de Deus […]. A esperança age na convicção de que Deus vai completar o trabalho que foi iniciado, mesmo contra todas as evidências, especialmente quando estas são adversas” (Eugene Peterson).

Apesar das circunstâncias, temos razões para reavivar-nos! Deus não conhece problemas insolúveis, nada Lhe é difícil demais. Confiar nEle é a decisão mais sábia, ainda que pareça loucura!

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

No caminho da graça

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

26 de novembro

No caminho da graça

Não me repulses da Tua presença, nem me retires o Teu Santo Espírito. Salmo 51:11

O romance Crime e Castigo, de Fiódor Dostoiévski, conta a história de um estudante de direito muito pobre, chamado Ródion Raskólnikov. Mal conseguindo pagar as contas, ele resolveu matar uma idosa agiota, Aliena Ivánovna, a quem devia dinheiro e que humilhava seus clientes. Enquanto arquitetava seu plano, se enganava, dizendo que não deveria ser algo tão nocivo matar pessoas maldosas. De fato, acabou cometendo um duplo assassinato, porque também matou Lisavieta, a irmã mais nova da agiota, que aparecera inesperadamente no cenário do crime.

A partir de então, Raskólnikov passou a sofrer verdadeira tortura mental, esmagado pelo sentimento de culpa e pelas tensões dos interrogatórios. Sua dúvida era: Continuaria negando os crimes e sofrendo a culpa ou os confessaria e recomeçaria a viver? Incentivado por Sônia, mulher pela qual se apaixonou, o jovem confessou os crimes, foi condenado a oito anos de prisão na Sibéria e lá começou a tomar um rumo diferente na vida.

Muitas pessoas ainda vivem o dilema de justificar um pecado, negá-lo e sofrer terrivelmente, ou confessá-lo e abandoná-lo. Davi conheceu os dois lados dessa moeda e relatou sua experiência em dois salmos. No Salmo 51, ele abriu o coração em profundo arrependimento e tristeza, reconheceu haver ofendido a Deus com seu pecado e pediu perdão. No Salmo 32, o poeta narrou a penosa trajetória entre a tentativa de esconder o pecado e o alívio desfrutado com o perdão recebido de Deus.

No Salmo 51, ele trilhou com segurança o caminho da graça, ao suplicar absolvição da culpa, mas também expressar a sincera decisão de não mais pecar. Orou, pedindo que fosse admitido novamente ao lugar no qual havia, anteriormente, desfrutado a plenitude divina: “Não me repulses da Tua presença, nem me retires o Teu Santo Espírito” (v. 11).

Para Davi, nada era mais aterrador do que a ideia de tentar viver longe de Deus. Ele sabia que, sem o Santo Espírito, nada seria. Ao pedir que Ele não lhe fosse retirado de sua vida, Davi indicava a certeza de que ainda O tinha trabalhando em seu favor, no seu coração, operando a regeneração e a santificação. Em nossos momentos escuros de abatimento pelo sentimento de culpa resultante do pecado, Deus não nos expulsa nem está longe de nós. Somente espera que nos voltemos para Ele.

O amor de Deus - Jeremias 31

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 31

Comentário Pr Heber Toth Armí 

 Fraco, medroso, sensível, chorão, tímido e acanhado, assim era Jeremias, o profeta de Deus para Israel e as nações. Não era um super líder, nem um super homem. Ele não era blindado contra problemas, embora fosse muito temente a Deus.

Importante saber: “Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios, e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar os fortes. Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são, para que ninguém se vanglorie diante dEle” (I Coríntios 1:27-27).

Um débil e falho profeta ergue sua voz e exalta ao Deus Todo-poderoso, perfeito, justo e amoroso. O capítulo em pauta é rico em revelações sobrenaturais abrangentes e importantes. Observe atentamente:

• Deus, graciosa e amorosamente, promete libertar e restaurar, com poder, aos exilados do megalomaníaco e mundial Império Babilônico. A ação divina resulta num dinâmico reavivamento coletivo (vs. 1-9).

• Deus age em todos os momentos, seja para conduzir transgressores à disciplina ou para reorientar e trazer de volta. A generosidade e a bondade de Deus nunca abandonam Seus filhos. Deus reverte tristezas em alegrias e transforma choro em risada (vs. 10-14).

• Deus ouve o choro de uma mãe pelos filhos que estão longe. O amor de Deus por Seus filhos é maior a tal ponto almejar para Seu povo coisas bem melhor do que uma mão deseja para seus filhos (vs. 15-26).

• Deus, altruistamente, cuida de Seu povo, promete fazer uma nova aliança com os pecadores. Jesus é o foco do profeta Jeremias (vs. 27-34; ver Mateus 26:28; Marcos 14:24; Lucas 22:20; I Coríntios 11:25; II Coríntios 3:6; Gálatas 3:1-29; Hebreus 8:8-12; 10:16-17).

• Deus oferece perdão, apesar de toda podridão dos pecadores; Deus aceita reconciliação, apesar da rebelião de Seu povo. O amor divino não é instável, nem condicional, nem limitado (vs. 35-37).

• Deus promete que Jerusalém será restaurada. A cidade santa, a Nova Jerusalém, será realização das mãos divinas (vs. 38-40; ver Filipenses 3:20-21; Hebreus 11:16; Apocalipse 21:1-27).

Deus anseia intimidade com a humanidade. Ele quer nossa presença por toda a eternidade; isso, porém, vai depender de nossa aceitação no presente de Sua solução para nossa situação.

Deus quer imprimir Sua vontade em nosso coração. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Vida no Espírito

MEDITAÇÃO DIÁRIA

25 de novembro

Vida no Espírito

Será que vocês não sabem que o corpo de vocês é o templo do Espírito Santo, que vive em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a vocês mesmos, mas a Deus. 1 Coríntios 6:19, NTLH

Entre os problemas da comunidade cristã de Corinto havia o pensamento, alimentado por algumas pessoas, de que nada do que fizessem fisicamente afetava sua experiência espiritual. Nesse caso, o cristão estaria livre para se entregar à promiscuidade sexual. Entretanto, Paulo contestou esse conceito, afirmando que o corpo do cristão é dádiva divina, santuário no qual o Espírito Santo habita (v. 13-15, 18). Fomos comprados pelo sangue de Cristo (v. 20; 1Pe 1:18, 19) e já não somos de nós mesmos. Portanto, é nosso dever glorificá-Lo em todos os nossos atos, fechando as portas à entrada do pecado. Nosso corpo é Dele.

Escrevendo aos romanos (Rm 8:1-17), o apóstolo deixou claro que todos os cristãos possuem a presença do Espírito em si, consequentemente, sem Ele, não pode haver conversão, transformação e santificação. É o Espírito Santo que nos torna filhos de Deus e nos dá garantia dessa verdade (Rm 8:14, 16). O Espírito nos liberta do domínio do pecado, concede-nos paz, poder e vitória (Rm 8:2, 6, 11, 13).

No verso de hoje, Paulo se refere à experiência individual do cristão, porém ele havia feito o mesmo lembrete no contexto da vida em comunidade: “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3:16). Portanto, não há lugar para discordâncias, pois o resultado disso é trágico (v. 17).

Contudo, a permanência do Espírito em nós e entre nós não acontece sem luta. “Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam” (Gl 5:17, NVI). É a nossa carne ou a natureza humana depois do pecado que nos atrai para o mal. O pecado nos fragilizou. Nessa condição, a natureza carnal toma posse da pessoa que vive separada de Jesus e do Espírito Santo, fazendo-a cair.

No entanto, o Espírito não observa passivamente a guerra entre nossas tendências carnais e espirituais. Ele “nos assiste em nossa fraqueza” (Rm 8:26), lutando pela posse de nosso coração. Se nessa luta deve haver perdedor, esse é a carne. Por meio da entrega e submissão aos Agentes celestiais, a vitória é certa. Agora mesmo podemos renovar essa entrega e, então, celebrar: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Co 15:57).

Deus intervirá - Jeremias 30

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse Deus intervirá

Leitura Bíblica - Jeremias 30

Comentário Pr Heber Toth Armí 

 Jesus veio ao mundo apesar dos muitos obstáculos e oposições; da mesma forma, Ele retornará – embora tudo conspirará contra Seu retorno.

No desenvolvimento da História, Deus oferecia esperança à humanidade com a promessa do Messias; paralelamente, Satanás empenhou-se com afinco tentando impedir o cumprimento das profecias.

Essa tensão é visível desde o início, principalmente no aspecto da vida humana relacionado à religião. Abel era o fiel remanescente, Satanás suscitou ódio e vingança sem causa em Caim para matar seu irmãozinho.

Depois disto, a geração de Noé caracterizou-se pela prática do pecado, restando apenas alguns remanescentes. Se Deus não agisse para salvar a família de Noé, Satanás teria eliminado toda possibilidade do cumprimento de Gênesis 3:15.

Na sequência, a promessa messiânica girou em torno de Davi e seus descendentes. Jesus viria da casa de Davi. Satanás suscitou ódio inexplicável no coração de Saul visando matar Davi. Apesar de várias tentativas, Deus preservou Seu representante real.

• Além destas, Satanás utilizou muitas outas formas objetivando eliminar ao povo escolhido por Deus, de onde viria o Messias.

O pecado quase riscou Israel do mapa. Nos tempos de Jeremias, a Terra Prometida está comprometida. Os judeus estão no exílio em Babilônia. Contudo, Deus está no controle; portanto, Satanás não O impedirá de cumprir Seus objetivos em prol da salvação da humanidade.

1. Deus revela através de Jeremias que os judeus não serão exterminados, mas retornarão para ocupar a terra que havia sido saqueada (vs. 1-3);

2. Deus intervirá e fará justiça contra todos aqueles que interferem ou tentam interromper Seus planos no mundo (vs. 4-10);

3. Deus disciplina Seu povo visando corrigi-lo de suas terríveis maldades, mas os adversários, destruidores e devoradores de Seu povo serão definitivamente eliminados (vs. 11-16);

4. Deus promete restaurar Seu povo física, mental, social e espiritualmente (vs. 17-20).

5. Deus reitera a promessa com respeito ao Messias, e declara que Seus propósitos cumprirão, ainda que tenha que lutar ferozmente (vs. 21-24).

Satanás não quer a salvação de ninguém, mas nada impediu Deus executar Seus planos na Terra. Se, apesar de tudo, a primeira vinda de Cristo aconteceu, a segunda logo se cumprirá também.

Examine mais tua Bíblia; conheça os planos divinos para tua vida! Deus conforta os atribulados, liberta os escravos. Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Quanto você vale?

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

24 de novembro

Quanto você vale?

Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados [...], mas pelo precioso sangue, [...] o sangue de Cristo. 1 Pedro 1:18, 19

De vez em quando, circulam pela mídia notícias de leilões em que são colocados à venda objetos raros ou de pessoas famosas. Não faltam consumidores dispostos a investir altas quantias de dinheiro para resgatar esses objetos. Para eles, o evento é como um hobby. A revista Forbes (on-line) publicou uma lista com alguns dos objetos mais caros leiloados na história. Entre os itens estão:

• O quadro “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, vendido em 2017 por 450 milhões de dólares. Esse valor corresponde a “mais do que o dobro do preço de qualquer outra obra de arte já leiloada”.

• A pedra de diamante bruto chamada “The Constelation”, encontrada em Botsuana, na África, vendida em 2016 por 63 milhões de dólares.

• Um terno de Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, vendido em 2015 por 40 milhões de dólares. Esse valor foi doado para uma ONG que mantém um projeto de limpeza do rio Ganges.

• Um vaso da dinastia Song, com quase 900 anos, vendido em 2017 por quase 38 milhões de dólares, após uma série de lances que durou 20 minutos.

• Um búfalo, chamado Horizon, vendido em 2016 por mais de 11 milhões de dólares. Trata-se do búfalo que tem os genes mais puros de sua espécie.

É claro que o real valor desses itens está muito aquém do preço pago por eles. Estou certo de que nenhum de nós estaria disposto a fazer investimento igual, mas esse valor foi definido pelo dinheiro que alguém se dispôs a investir. Deixando o âmbito material e pensando no ser humano, é oportuno perguntarmos: Quanto nós valemos? Em uma avaliação reducionista atribuída pelos desvios éticos em nossos dias, tem-se dito que “todo homem tem seu preço”. Nesse sentido, não deveria ter preço, mas falando em termos espirituais, é verdade que todos temos um preço; e não é avaliado por coisas terrenas, “como prata ou ouro”, conforme disse o apóstolo Pedro.

O preço pelo qual fomos resgatados nos confere um valor que não nos é inerente, a não ser pelo cálculo feito à luz do inexplicável amor de Deus. Fomos remidos pelo sangue de Cristo, um valor definido pelo preço que Alguém esteve disposto a pagar. Não somos um “zero à esquerda”.. Se o Senhor esteve disposto a investir em nós a vida de Seu único Filho, devemos nos avaliar à luz de Sua graça. E viver agradecidos.

Deus alerta aos cativos - Jeremias 29

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 29

Comentário Pr Heber Toth Armí 

 A mensagem de Deus pode chegar-nos de diversas formas. A escrita é a melhor, mais confiável. Portanto, as Escrituras devem ser nossa base de avaliação de qualquer suposta revelação. Leia atentamente este comentário após ler o capítulo bíblico mencionado:

1. A introdução (vs. 1-3) fala da carta que o profeta Jeremias enviou de Jerusalém aos cativos hebreus em Babilônia.

Enviar mensagens escritas aos seres humanos foi uma estratégia divina desde a invenção dos caracteres, ou seja, as letras. As cartas inspiradas são conhecidas tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

2. Jeremias escreveu, mas as Palavras são de Deus. Objetivando tornar-Se acessível, Deus Se humilha pedindo auxílio humano para escrever Sua mensagem (v. 4).

3. O recado de Deus visava beneficiar aos sofredores exilados. Eles deveriam…

• …construir habitações;

• …plantar, colher, casar e constituir famílias;

• …procurar a paz;

• …orar pelos opressores (vs. 5-7).

Os conselhos de Deus são confusos para nossa mente limitada. Precisamos aceitar no íntimo do coração as orientações divinas que são infinitamente melhores que nossas mais altas ambições, mais nobres que nossos mais importantes planos, e produzem resultados mais satisfatórios do que apegarmo-nos a nossas míseras estratégias.

4. Deus alerta aos cativos que os profetas que eles criam terem sido levantados por Ele na verdade eram falsos. Eles iludem, apregoam falsa esperança. Como ninguém, Deus sabe o que faz, o que diz e o que fará (vs. 8-15).

5. Deus, outrora, havia dito aos judeus a irem ao cativeiro, contudo o povo ignorou; portanto, quem desobedeceu sofrerá as consequências (vs. 16-19). Agora, Deus quer que os exilados deem atenção às Suas orientações, apesar dos falsos profetas (vs. 20-23).

Ainda que as falsas mensagens de esperança pareçam mais interessantes que as de Deus, elas só trazem decepção. É melhor confiar em Deus; Ele sempre deseja o bem das pessoas.

6. Semaías “dedurou” o conteúdo da carta a Sofonias, chamando Jeremias de louco. Jeremias desaprovou e condenou a atitude dos seus acusadores que alegavam possuir o dom de profecia. Coitado deles (vs. 24-32).

Desrespeitar Deus e Seus servos significa preparar a própria sepultura; pois, tal desrespeito promove rebeldia. Quem age assim torna-se obstáculo à salvação dos pecadores. Cuidado com tais pessoas!

É melhor confiar em Deus. Ele sabe o que faz! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O beijo da traição

MEDITAÇÃO DIÁRIA

23 de novembro

O beijo da traição

Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-O. Mateus 26:48

No Getsêmani, depois de ter aberto em oração a alma angustiada diante do Pai, Jesus despertou os discípulos que dormiam, informando-os da aproximação da comitiva que iria prendê-Lo. O grupo estava armado como se fosse enfrentar uma quadrilha, e tinha Judas à frente, como seu guia e informante. O beijo dado na face do Mestre escancarou a podridão de seu caráter e, num instante, ele assumiu seu lugar de personagem extremamente desprezível na história cristã.

O que teria levado esse homem a trair o Messias? Judas não havia sido um discípulo qualquer. Ao incluí-lo entre os doze, Cristo viu nele qualidades que poderiam ser úteis à causa do evangelho. Teve as mesmas oportunidades que tiveram os demais discípulos. Tudo indica que ele era influente e tinha acesso facilitado entre as autoridades religiosas, tanto que esteve com elas se oferecendo para entregar o Mestre e, depois, explodindo de remorso, para devolver as moedas, fruto da traição. Além disso, Judas era um hábil especialista em finanças e conquistou a confiança dos discípulos, tornando-se o tesoureiro do grupo e valendo-se dessa condição para roubar (Jo 12:6). De ladrão para traidor, a distância não foi grande.

As ideias nacionalistas que nutria jamais se harmonizaram com a descrição feita por Jesus sobre o caráter do Seu reino. Em vez de renunciar a elas, ruminava secretamente sua oposição e críticas a Ele. De fato, nunca O aceitou. Jesus “confiou-lhe a obra de evangelista. Concedeu-lhe poder para curar os doentes e expulsar os demônios. Entretanto, Judas não chegou ao ponto de se entregar totalmente a Cristo” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 717). Exteriormente, mostrava-se leal à causa, mas interiormente não era fiel ao Senhor dela.

Sem rendição incondicional e completa a Jesus, não há caráter que possa ser transformado, fraquezas que possam ser vencidas, más tendências que possam ser redirecionadas. Só existe um meio pelo qual podemos ser desviados do caminho do espírito crítico e insubmisso, autossuficiência, vaidade, hipocrisia, desonestidade, avareza e de interesse egoísta, que caracterizou Judas. Esse meio é o reconhecimento de nossa vulnerabilidade e a entrega sincera e diária do controle da vida a Ele, que conhece os verdadeiros motivos e intenções do coração.

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 28

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Nossa confiança precisa estar no lugar certo, ou melhor, na pessoa certa. Do contrário, nosso fim será certo.

“A espoliação do Templo e sua destruição faziam parte da pedagogia divina que visava levar Israel a transferir a confiança do Templo ao Senhor do Templo. Vinculado como estava a uma teologia falsa, era melhor que o Templo desaparecesse no cataclisma final. Chegara o momento de Israel aprender que a religião genuína depende menos de apoios externos, Templo e sacrifícios, do que de uma comunhão pessoal com Deus. Foram os que aprenderam esta lição que tiveram o privilégio de trabalhar na restauração do segundo Templo, e de conservar na terra o conhecimento do verdadeiro Deus” (Sigfried Júlio Schwantes).

Uma teologia equivocada produz atitudes erradas. Teologias falsas impulsionam indivíduos, não apenas a rejeitar a teologia verdadeira, mas a confrontá-la. 

Por defender a verdade Jeremias foi confrontado por Hananias, um dos falsos profetas do Templo.

Neste capítulo temos um duelo de profecias:

• Hananias quebrou o jugo de Jeremias que ilustrava o jugo do povo de Deus objetivando transmitir mensagem oposta: Que o exílio em Babilônia logo terminaria.

• Hananias profetizou que em dois anos os tesouros do templo seriam devolvidos a Jerusalém, o rei Jeconias e os exilados retornariam. Jeremias declarou que Jeconias jamais retornaria (22:24-27) e os exilados ficariam 70 anos em Babilônia (27:16-22).

• Hananias ignorou tudo o que os profetas anteriores a ele declarou, desprezou Deuterenômio como base da profecia referente ao cativeiro pregada por Isaías e Jeremias. Havia grande contraste na forma de fazer profecias entre Hananias e os outros profetas bíblicos.

• Hananias quebrou o jugo de Jeremias, ficou irado e profetizou a libertação de todas as nações, contrariando Jeremias abertamente (27:1-7).

• Jeremias calou-se, mas não se acovardou. Ele esperou a mensagem do Senhor. Logo depois declarou que, para não restar dúvidas, o falso profeta dentre eles morreria em poucos dias: Dois meses depois, morreu Hananias.

Com Deus não se brinca! Como você tem lidado com Seus servos? 

A verdadeira teologia auxilia na interpretação correta da vontade de Deus; já a falsa teologia, empapuçada de preconceitos humanos, pautada por uma cosmovisão deturpada, interpreta a revelação divina como equivocada. O pior, é quando a mera opinião torna-se incontestável convicção.

Em que se baseiam tuas convicções? – Heber Toth Armí 

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domingo, 22 de novembro de 2020

Evangelho ornamentado

MEDITAÇÃO DIÁRIA

22 de novembro

Evangelho ornamentado

Ensine os escravos a [...] mostrarem que são inteiramente dignos de confiança, para que assim tornem atraente, em tudo, o ensino de Deus, nosso Salvador. Tito 2:9, 10, NVI

Cansadas de receber más notícias todos os dias, as pessoas precisam ouvir a maravilha do evangelho e a esperança que ele contém. Em meio a tantos atos de deslealdade, fraudes e desonestidade, elas desejam encontrar alguém que seja digno de confiança. Os cristãos têm as duas coisas: na palavra e no estilo de vida. Por meio desses dois recursos, eles podem apresentar a beleza inigualável do evangelho, seu amor e sua pureza, acima de todos os atrativos criados pelo mundo com o propósito de superá-lo no interesse das pessoas.

Infelizmente, há o risco de que alguns cristãos apaguem essa beleza pela imposição de critérios pessoais aos ensinamentos do Mestre, acrescentando a eles as próprias tradições e seus conceitos, à semelhança dos fariseus do tempo de Jesus (Lc 11:46). Que atração imaginamos existir num evangelho que seja apresentado à margem do amor, da graça e da misericórdia Daquele que é seu autor? O legalismo é extremamente prejudicial à fé e à salvação de alguém. Ao contrário de atrair ao evangelho, ele causa repulsa.

Isso nos leva à outra forma de eliminar a atratividade dos ensinamentos de Cristo: a incoerência entre a teoria e prática no estilo de vida. Paulo falou sobre isso a Tito, a propósito dos escravos. Russell Champlin lembra que, durante muito tempo, o cristianismo conviveu com a escravidão, “tentando apenas humanizar a prática”, até que “o amor cristão destruiu a citada instituição, mas isso precisou da passagem de muitos séculos” (O Novo Testamento Interpretado, v. 5, p. 630). Ao mesmo tempo, escravos também aceitavam a Cristo e se convertiam. Entretanto, antes dessa nova e transformadora experiência, tinham muitas oportunidades de se comportar indignamente no exercício de suas atividades, e efetivamente o faziam: roubavam seus senhores, insurgiam-se contra eles, fraudavam e causavam prejuízos.

O fato de que tivessem aceitado Jesus naturalmente requeria que o mau procedimento fosse abandonado. Isso, Paulo esclareceu, por uma razão forte: tornar “atraente, em tudo, o ensino de Deus, nosso Salvador”. As pessoas precisam disso. A palavra “contextualização”, tão usada entre nós, implica a necessidade de tornar o evangelho o mais relevante e atraente possível para os ouvintes. No entanto, acima de tudo o que for proposto nesse sentido, nada é mais poderoso do que o testemunho vivo.

Advertências -Jeremias 27

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 27

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Leia o capítulo, depois medite:

“Esta visão começa com a afirmação da soberania universal de Jeová (v. 5). Visto ser o Criador da terra, Ele a dava a quem Lhe parecesse bem. Na conjuntura de então, Ele entregava todas as nações a Nabucodonosor, aqui chamado Seu ‘servo’ (v. 6). Era o propósito divino que estas nações servissem a Nabucodonosor e a seus descendentes até a terceira geração. A nação que recusasse submeter-se ao jugo do reino de Babilônia, o Senhor mesmo a puniria (vv. 7 e 8)” (Sigfried Júlio Schwantes).

Existem obstáculos como hipocrisia, formalidades religiosas, vaidades espirituais, egoísmo e orgulho que impedem verdadeiros reavivamentos espirituais. Pior é quando elementos pagãos e demoníacos penetram na vida do povo de Deus.

“Dez anos antes da queda de Jerusalém, o profeta [Jeremias] adverte as nações (27.1-11), Zedequias (27.12-15) e o povo (27.16-22) a servir ao instrumento escolhido por Yahweh, a Babilônia. No entanto, como obstáculo à fé, há profetas, adivinhos, prognosticadores e feiticeiros que anunciam a derrota de Babilônia (27.9,10,14-16)”, sintetiza Paul R. House.

Entregar-se ao inimigo era a mensagem divina. Nossa lógica imperfeita não aceita tal mensagem. Contudo, “conselhos ao contrário oferecidos por adivinhos, sonhadores, agoureiros e encantadores, eram conselhos mentirosos e só podiam redundar em pura perda (vv. 9 e 10)… Os profetas que emitiam opiniões contrárias [à de Jeremias], o faziam sob pretensões falsas. Ouvir suas mentiras seria acarretar a morte sobre uns e outros” (Schwantes).

Aplicações relevantes:

1. É mais sábio acatar as recomendações de Deus do que atacá-las; o resultado de aceitá-las contrasta com o resultado de rejeitá-las.

2. Ainda que seguir orientações de Deus não façam sentido, no final demonstrará mais sentido que nossa lógica.

3. É melhor aceitar nossa ignorância do que questionar a sabedoria divina.

4. Nem toda mensagem de esperança procede de Deus; às vezes, Deus orienta-nos, então ficamos desesperados.

5. Pregadores reivindicando pertencer a Deus podem estar usando o nome dEle para transmitir mensagens diabólicas.

6. A interpretação da situação pelas pessoas não é a mesma interpretação dada por Deus, a visão divina é mais abrangente que a visão humana.

7. Submeter-se a Deus e a Sua Palavra é a decisão mais sábia e importante que alguém pode tomar.

“Senhor, não permita que sejamos teimosos. Reaviva-nos” – Heber Toth Armí

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sábado, 21 de novembro de 2020

Quando falta o vinho

MEDITAÇÃO DIÁRIA

21 de novembro

Quando falta o vinho

Então, ela falou aos serventes: Fazei tudo o que Ele vos disser. João 2:5

Tenho a impressão de que um dos itens mais preocupantes na elaboração de uma festa de casamento é a lista de convidados. Sempre há o desejo de convidar mais pessoas do que é possível. Manuais de orientação aos noivos dão a eles ampla liberdade de fazerem tudo levando em conta o grau de proximidade que têm com os eventuais convidados e as próprias possibilidades. É certo que nem tudo será perfeito. Alguém ficará de fora. Embaraço maior talvez seja o de que, durante a recepção, aconteça a surpresa de um atendimento inadequado, a exemplo do que ocorreu na vila de Caná, na Galileia, em uma cerimônia da qual Jesus e Seus discípulos faziam parte.

A festa de casamento em Israel era uma ocasião cheia de felicidade. Estendia-se por vários dias, e o momento culminante era quando a noiva entrava na casa do noivo. Amigos que morassem na cidade eram convidados, assim como os familiares, mesmo que morassem distantes. Tudo transcorria bem em Caná, quando o pior aconteceu: faltou vinho, uma situação que poderia gerar uma crise. Esse vexame poderia dar motivo para que os convidados tivessem o direito de iniciar um julgamento contra a família do noivo, o que poderia resultar em uma pesada indenização financeira.

Ressalte-se, inicialmente, a empatia demonstrada por Maria, ao recorrer a seu Filho, quem realmente podia solucionar o problema: “Eles não têm mais vinho” (Jo 2:3). A resposta de Jesus, porém, educada e plenamente de acordo com os costumes locais, deixava claro que Sua missão não dependia da agenda de seus pais terrestres. Foi assim em sua ida ao templo, aos 12 anos (Lc 2:49). Além disso, o tempo de Cristo para resolver problemas nem sempre é o nosso. Esse é o momento em que devemos ter fé submissa e esperar pacientemente Nele. Tendo o controle da situação, Ele agiu fazendo provisão abundante de vinho (cerca de 570 litros) e de melhor qualidade (v. 10). Não se esqueça: Ele sempre faz “infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos” (Ef 3:20).

As lições desse milagre vão além da falta do “vinho” da alegria no casamento, que pode ser restaurado por Ele. Em toda situação de escassez e crise em nossa vida, Ele está presente para socorrer. Ao nos submetermos a Seus planos, teremos oportunidades de ver Seus milagres suprindo nossas necessidades.

Fiel Pregação - Jeremias 26

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 26

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Tanto no Antigo como no Novo Testamento a oposição à verdade e a perseguição aos proclamadores dela eram evidentes e intensas. Profetas e apóstolos sofreram para deixar um legado espiritual fidedigno para o mundo.

1. A fiel pregação da Palavra de Deus fere o inchado coração dos orgulhados, tornando-os orgulhosos inflamados de ódio. O pregador verdadeiramente bíblico muitas vezes não vê resultados positivos em sua pregação, na maioria das vezes tais resultados são negativos: Jeremias foi cruelmente ameaçado de morte (vs. 1-6).

2. A fiel pregação da revelação de Deus desperta todo tipo de oposição, inclusive religiosa. A pregação de Jeremias suscitou perseguição da parte de sacerdotes e profetas dentre o próprio povo de Deus (vs. 7-11).

3. O fiel pregador é regido por Deus, não moldado pelas circunstâncias. Mesmo diante daqueles que não querem ouvir a verdade, essa verdade é proclamada pelo fiel mensageiro, para que, no juízo, ninguém diga que não sabia. Apesar da ferrenha perseguição, Jeremias expõe a revelação que recebera de Deus (vs. 12-15).

4. O fiel pregador da revelação de Deus pode enfrentar o martírio, outros apenas a perseguição; contudo, Deus sempre está no controle. O profeta Urias, contemporâneo de Jeremias, foi martirizado pelo rei Jeoaquim; paralelamente, Jeremias foi protegido e liberto por príncipes e anciãos (vs. 19-24).

A história de Jeremias é uma miniatura da história dos Apóstolos de Cristo. O único dos apóstolos que morreu naturalmente foi João, os outros foram matados, tornando-se mártires pela verdade.

O avivamento verdadeiro não é natural, fácil e aceitável; é sobrenatural, difícil e objetável – inclusive por líderes religiosos.

Infelizmente, Jeremias não o conseguiu, mesmo sendo ousado profeta da Palavra de Deus.

Verdadeiro reavivamento…

• …não é emocionalismo promovido com um evangelismo momentâneo que gera compromisso instantâneo, e insustentável assim que termina o projeto num determinado local.

• …não é grande ajuntamento de pessoas para um show gospel com festas e comilanças, empolgação e gritarias estridentes.

• …é um sincero arrependimento individual que atrai outras pessoas a uma entrega radical a Deus, por aceitar plenamente Sua Palavra no coração e na alma.

Jeremias era um profeta promissor e tinha condições para promover reavivamento em seus dias; contudo, não teve êxito – e não foi por negligência sua. E, nós, seremos reavivados com Suas mensagens? – Heber Toth Armí.

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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

Pacificadores em guerra

MEDITAÇÃO DIÁRIA

20 de novembro

Pacificadores em guerra

Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Mateus 10:34

Aqui está mais um aparente paradoxo do evangelho. Cristo, o “Príncipe da Paz” (Is 9:6), “a nossa paz” (Ef 2:14), Aquele que declarou “bem-aventurados os pacificadores” (Mt 5:9), apresenta-Se nesse verso como Aquele que veio trazer espada à Terra. E, nos versos seguintes, ainda menciona a divisão entre familiares, resultante de eventual compromisso firmado com Ele.

Os judeus geralmente relacionavam a existência de paz e prosperidade à presença do Messias, e os discípulos alimentavam o mesmo sonho. Jesus deixou claro que não seria necessariamente dessa maneira. A aceitação Dele nem sempre seria unanimidade, nem mesmo entre familiares ou amigos. Os discípulos receberam a missão de pregar às “ovelhas perdidas de Israel” (Mt 10:6), e esse era um campo de trabalho caracterizado pela incredulidade em Cristo. Essa atitude tornaria difícil a tarefa e, para eles, as reações seriam surpreendentes. Assim, o discurso do Mestre foi um choque de realidade para aquele grupo.

Mesmo sendo Jesus o pacificador entre Deus e o ser humano, autor e doador da paz para Seus filhos, o evangelho que Ele personificou e que deveria levar paz entre as pessoas pode se tornar motivo de separação entre elas. Não porque o evangelho torne seus adeptos hostis e promotores da discórdia; mas, porque ele derruba tradições e oferece um modelo radical de vida fundamentado na entrega pela fé. O evangelho requer lealdade incondicional. A transformação decorrente disso chamará atenção e suscitará reações. Os incrédulos certamente não aceitarão e, de algum modo, expressarão seu desgosto.

Verdade e mentira jamais conviverão pacificamente. Onde a luz chega, a treva se vai. Nossa época, na qual prevalecem conceitos que minam a influência da fé, provavelmente seja a mais difícil para vivermos o evangelho e colocarmos em prática o discipulado, mas não precisamos temer. Por Sua graça e no poder do Espírito Santo, devemos viver o evangelho e torná-lo conhecido. Nosso Mestre andou por essa mesma estrada, e em Suas pegadas devemos prosseguir. Ao preparar nosso coração para a guerra a ser enfrentada, Ele nos animou: “Não temais” (v. 31), e assegurou a recompensa: “Todo aquele que Me confessar diante dos homens, também Eu o confessarei diante de meu Pai” (v. 32). Mesmo as ameaças que vierem a surgir contra nossa vida terrestre não atingirão a vida eterna que nos está prometida e assegurada Nele.

O julgamento divino - Jeremias 25

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 25

Comentário Pr Heber Toth Armí 

É inacreditável como falsas doutrinas e falsos pregadores, mesmo gerando confusão na cabeça da multidão, atraem multidões aparentemente sinceras de coração.

Também é inacreditável como Deus, mesmo usando profetas e recursos variados para apresentar a verdade, não obtém o mesmo êxito que os charlatães que pisam à verdade para exaltar a mentira.

Ainda cabe mais uma observação para compor esta introdução: A vida do povo de Deus refletia a cultura pagã da época, embora a revelação de Deus sempre confrontou essa cultura. Paul R. House concluiu:

“Como Israel, os gentios também não foram criados para adorar deuses falsos e um poder sem limites. Jeremias cumpre seu papel de profeta aos gentios ao tornar conhecido esses fatos”.

Baseando-me no esboço do Comentário Bíblico Adventista apresento estes pontos:

1. Jeremias reprova a desobediência dos judeus aos profetas verdadeiros (vs. 1-7);

2. Jeremias prevê setenta anos de cativeiro para seu povo (vs. 8-11);

3. Jeremias profetiza a destruição de Babilônia que foi instrumento para disciplinar os judeus (vs. 12-14);

4. Tomando como símbolo um cálice de vinho, Jeremias prediz destruição de todas as nações (vs. 15-33);

5. O uivo dos pastores e profetas falsos profetizados por Jeremias, o profeta verdadeiro (vs. 34-38).

Agora, observe atentamente. Reflita:

• São assustadoras as consequências da idolatria, rebeldia e rejeição às profecias dadas por Deus: Os judeus perderiam sua pátria, ficariam exilados em Babilônia.

• Por outro lado, a graça, misericórdia e bondade de Deus nos são imensuráveis: Deus põe limite ao cativeiro: 70 anos.

• Não é o pecador, nem o pecado, nem o instrumento da disciplina divina (neste caso, Babilônia) nem o diabo, nem o cativeiro; nada, nem ninguém têm a última palavra, a não ser Deus!

• É exatamente por isso que todas as nações também serão julgadas. Na história mundial Deus teve, tem e terá a última palavra. Portanto, os falsos pregadores e seus seguidores devem ficar atentos; do contrário, serão expostos como mentirosos e condenados.

O julgamento divino é descrito com diversas figuras:

• Cálice com bebida;

• Tempestade ensurdecedora;

• Matança de ovelhas;

• Leão feroz.

Como Juiz, Deus terá a última palavra – como se vê detalhado e ampliado o julgamento em Apocalipse, o último livro bíblico. Apocalipse 17-18 também mostra juízo aos reinos do mundo, culminando com Babilônia!

Portanto, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Nas mãos do Senhor

  MEDITAÇÃO DIÁRIA

19 de novembro

Nas mãos do Senhor

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, Comigo. Apocalipse 3:20

As cartas que no livro do Apocalipse são dirigidas às sete igrejas da Ásia Menor descrevem a condição espiritual do cristianismo em diferentes fases de sua trajetória. Entretanto, nós que temos nos ocupado tanto com os detalhes históricos, fracassos, sucessos, exemplos de fidelidade e missão relacionados a cada caso, devemos estar atentos ao que essas mensagens nos dizem ainda hoje, pois “tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar” (Rm 15:4, NVI), não apenas no sentido informativo.

Acredito que o fato mais relevante em todas as fases do cristianismo é a presença de Cristo Jesus, “o Primeiro e o Último”, “o Filho de Deus”, “o Santo, o Verdadeiro”, o “Amém, a Testemunha fiel e verdadeira” (Ap 1:17; 2:18; 3:7, 14). Ele está presente em todos os momentos da igreja, cuidando dela, aconselhando, advertindo Seu povo com amor ou recompensando-o com bênçãos no presente e promessas preciosas relacionadas ao futuro. A presença de Cristo é a garantia de que Seus filhos serão vitoriosos, desde que não Lhe fechem a porta do coração, mas permitam que Ele execute Sua obra transformadora.

Nada existe em nossa vida que escape ao exame da “espada afiada de dois gumes” que é Sua Palavra, nem de Seu olhar aguçado “como chama de fogo” (Ap 1:16; 2:16). Jesus sente o esfriamento do amor com que inicialmente O aceitamos. Então, Ele nos reconquista. Conhece a extensão e a eventual hesitação de nossa fé diante do elevado preço do discipulado. Ele nos anima, reafirmando o galardão a nós preparado: “a coroa da vida” (Ap 2:10). A respeito dela, Ele diz: “Conservas o que tens, para que ninguém tome a tua coroa” (Ap 3:11). O Senhor da igreja ainda condena a tolerância que ela tende a manter diante da influência do mundo e seus conceitos, a exemplo do que ocorreu com as igrejas de Sardes e Pérgamo.

Além disso, agrada-Se do zelo missionário dos tempos de Filadélfia e reprova a autoconfiança de Laodiceia. A essa última oferece as riquezas de Sua graça, a fim de que reconheça sua nulidade e reencontre Nele seu real significado. Há o risco de rejeição, caso não o faça; mas, acima desse risco, destaca-se a Sua figura batendo à porta de nosso coração, em graciosa insistência para que O deixemos estar conosco, bem à vontade, sem barreiras de formalidades, como amigos que desfrutam alegremente o aconchego de uma refeição. Mais do que nós mesmos podemos desejar, Ele anseia por esse momento.

Figos X Figos -Jeremias 24

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 24

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Parece que ouvidos são inúteis aos que escolhem não ouvir a verdade. Parece que olhos também são inúteis para quem não quer ver que Deus tem razão em Suas revelações. Como bem colocou Stephen Charnock:

“Um homem pode ser teologicamente instruído e espiritualmente ignorante”.

Portanto, não é o contato com a verdade que liberta-nos do pecado e das armadilhas do diabo, mas o compromisso com Deus e a aceitação absoluta de Sua revelação. Jeremias pregou, profetizou e alertou inspirado por Deus, mas seus ouvintes não lhe deram ouvidos.

• O texto mostra que falsos profetas tem mais influência que os verdadeiros.

Por isso, “no final do capítulo anterior, tivemos a predição da destruição total de Jerusalém, e que ela seria abandonada e esquecida, e, qualquer que tenha sido o efeito que possa ter tido sobre outros, temos razões para pensar que deixou o profeta muito melancólico. Agora, neste capítulo, Deus o encoraja, mostrando-lhe que, embora a desolação parecesse geral, ainda assim não estariam todos igualmente envolvidos nela, mas Deus saberia como distinguir, como apartar, o precioso do vil”.

Depois de fazer esta observação, Matthew Henry esboça a visão que Deus dá a Jeremias a fim de influenciar o indignado coração do profeta por causa da dureza do coração do povo:

1. A visão de dois cestos de figos, um deles com figos bons, e o outro com figos muito maus (vs. 1-3);

2. A explicação dessa visão, aplicando a visão dos…

• …bons figos àqueles que já tinham sido enviados em cativeiro, para seu bem (vs. 4-7);

• …maus figos àqueles que seriam posteriormente enviados em cativeiro, para seu castigo (vs. 8-10).

“Muitos dos judeus, que permaneceram na Judeia após a terceira deportação para Babilônia, em 586 a.C., voluntariamente fugiram para o Egito após o assassinato de Gedalias poucos meses mais tarde. Agiram assim a despeito da advertência de Jeremias de que tal plano de ação anularia o objetivo que os conduziu para lá: medo de mais sofrimento nas mãos de Nabucodonosor (ver Jr 42). Não admira que Deus represente essas pessoas obstinadas como ‘figos ruins’” (Comentário Bíblico Adventista).

• Há figos ruins/imprestáveis; e, também figos bons.

• Avalie-se estudando Jeremias 24.

• Que tipo de figo você é para Deus?

Sejamos bons figos! Pela graça é possível! – Heber Toth Armí.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Refúgio seguro

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

18 de novembro

Refúgio seguro

Oh! Provai e vede que o Senhor é bom; bem-aventurado o homem que Nele se refugia. Salmo 34:8

O cuidado que lhe fora dispensado, o perdão recebido, a proteção contra inimigos e uma infinidade de outros favores levaram Davi a celebrar repetidamente a bondade do Pai celestial. “Como é grande a Tua bondade, que reservaste aos que Te temem!” (Sl 31:19); “Pois a bondade de Deus dura para sempre” (Sl 52:1); “Rendam graças aos Senhor por Sua bondade” (Sl 107:8); “A Terra, Senhor, está cheia da Tua bondade” (Sl 119:64). São apenas alguns exemplos que encontramos ao longo do livro. Em nosso texto, Davi convida seus leitores a fim de que provem e vejam, conheçam por experiência própria, que “o Senhor é bom”. Isso ele mesmo tinha feito.

“Como Deus é imutável, a intensidade de Sua benignidade não sofre variação”, diz Aiden Tozer. “Ele nunca foi mais bondoso do que é agora, nem será jamais menos bom. Ele não faz acepção de pessoas, mas envia a chuva sobre justos e injustos, e faz o Sol brilhar sobre os maus e os bons. A causa de Sua bondade está Nele mesmo; os que recebem a Sua bondade são Seus beneficiários sem que tenham méritos próprios ou mereçam recompensa!” (Mais Perto de Deus, p. 99).

Provar e ver a bondade do Senhor não se limita a alimentar pensamentos superficiais a respeito dela. Devemos apreciar a realidade de que Ele é bom e celebrá-la com todo nosso ser. Dessa maneira, seremos animados a confiar Nele, entregar-Lhe nossos anseios e medos, descansando no refúgio de Seu amor. Feliz o homem que faz isso! Milhares de outros filhos de Deus já desfrutaram essa experiência.

Em 1740, enquanto pregava na Irlanda, Charles Wesley foi vítima de acirrada oposição que o obrigou a fugir, encontrando abrigo em uma fazenda. A esposa do proprietário o escondeu na leiteria, mas a turba enfurecida chegou exigindo que ela o entregasse. Sabiamente, a mulher ofereceu lanche àquelas pessoas e, enquanto comiam, ela orientou Wesley para que se abrigasse em um cercado formado por arbustos. Ali, ele compôs o hino “Ó Amante de minh’alma” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 380), que lhe trouxe paz ao coração. A letra começa com esta estrofe:

“Ó Amante de minh’alma, deixa-me em Teu peito estar, / quando o vento rouba a calma, quando brame irado o mar. / Guarda-me, bom Salvador, té o temporal passar; / Guia-me em Teu terno amor, quero em Ti me refugiar.”

Tenha certeza de que Deus não nos deixará sem abrigo. Ele nos protegerá nos temporais da vida.

Profetas Falsos -Jeremias 23

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 23

Comentário Pr Heber Toth Armí 

O profeta verdadeiro está além do mero cumprimento de suas profecias. Tem a ver com a base e o objetivo de suas proclamações.

Somente aqueles que apregoam compromisso com Deus, que chamam o pecado pelo nome, e convidam aos ouvintes a arrependerem-se conforme os padrões bíblicos têm de verdade uma palavra da parte de Deus para anunciar.

A liderança civil de Israel estava um caos; mas, o que dizer da liderança religiosa? Estava tão ruim quanto a corrupção política, uma total apostasia – porém, sem deixar de ser religiosa.

• Que caos social, político e religioso na época de Jeremias!

• É diferente em nossa época?

O que foi introduzido em 4:8-10 e 14:13-16 será abordado no capítulo em pauta; e, ampliado nos capítulos 27-29.

Aqui, Jeremias destaca dois tipos de profetas falsos: Aqueles que…

1. …não se levantaram contra os pecados de Samaria, Reino do Norte, deixando o povo descambar em suas perversidades por não terem autoridade moral nem espiritual para chamar a atenção em relação ao erro (vs. 9-13);

2. …eram seus contemporâneos em Judá, mas não aplicavam as Escrituras ao pregar, pelo fato deles mesmos estarem tão distantes do ideal de Deus para eles; estes confundiam os incautos e confirmavam os perversos em seus pecados (vs. 14-15).

Deus avalia, analisa e julga àqueles que usam Seu nome ao falar ao povo buscando aceitação (vs. 1-2). Por ser sério representar Deus, é necessário aprender as seguintes verdades reveladas:

• Pregar a Palavra de Deus sem ter comunhão com o Deus da Palavra é hipocrisia, um pecado pior que a apostasia (vs. 16-24).

• Pregar os próprios pensamentos ou pensamentos humanos, conceitos pagãos, especulações, fazer sensacionalismos, utilizando-se da Bíblia, atrai a condenação divina (vs. 25-32).

• Pregar por orgulho de ser aplaudido, por vaidade esperando elogios, ou pelo simples prazer de estar por cima dos demais, torcendo a Palavra divina, significa ser convocado pelo diabo, não por Deus (vs. 33-40).

À sociedade em trevas morais, afogada num sombrio futuro desesperador, Deus promete arregaçar as mangas; e, Ele mesmo vai agir (vs. 3-4). Jesus é o Deus que entrou neste mundo corroído. Ele é o Bom Pastor e o Rei que salva o povo. NEle reside nossa única solução verdadeira (vs. 5-8).

Jesus é Senhor, Justiça Nossa! Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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terça-feira, 17 de novembro de 2020

Oração por um pecador

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

17 de novembro

Oração por um pecador

Se alguém vir a seu irmão cometer pecado que não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida aos que não pecam para a morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue. 1 João 5:16

Incômodo por sua natureza, o confronto com o transgressor e seu erro não precisaria ser ainda mais complicado, caso fossem seguidos os passos bíblicos. O gosto (péssimo) por certas novidades faz com que muitos “cristãos” se limitem a cochichos a respeito do assunto, às vezes ansiosos pelos “próximos capítulos”, em vez de colocar os pés sobre as pegadas do Mestre e agir à semelhança do que Ele faria e ensinou: “Vá e, a sós com ele, mostre-lhe o erro. Se ele o ouvir, você ganhou seu irmão. Mas, se ele não o ouvir, leve consigo mais um ou dois outros […]. Se ele recusar a ouvi-los conte à igreja; e se ele se recusar a ouvir também a igreja, trate-o como pagão ou publicano” (Mt 18:15-17, NVI). Simples assim.

Em 1 João 5, depois de apresentar argumentos favoráveis à divindade de Cristo e discutir sobre a ligação entre o amor e os mandamentos de Deus, o apóstolo fala do pecado e de suas implicações na vida de um cristão. Ao abordar o assunto, João expõe o modo pelo qual os cristãos devem tratar o irmão transgressor: orar em favor daquele que cometeu “pecado que não para morte”. Que tipo de pecado é esse? Certamente, o pecado cometido, reconhecido, confessado e abandonado (1Jo 1:9). “Pecados cometidos por aqueles que realmente desejam servir a Deus, mas que sofrem de uma vontade débil e com hábitos fortes são muito diferentes dos pecados deliberadamente cometidos em desafio aberto e intencional contra Deus. […] O pecado menor, que passa rapidamente pelo arrependimento e é perdoado, não é um pecado para morte” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 750). Evidentemente, arrependimento e confissão de pecado considerado “grave” deixam livre da morte o culpado.

Contudo, “há pecado que leva à morte”, diz o apóstolo, ao mesmo tempo em que não proíbe nem incentiva a oração em favor de quem o comete. Esse é o pecado intencional, obstinado, conhecido, admitido, mas não confessado nem abandonado. De fato, é uma negação voluntária da verdade do evangelho e de Jesus Cristo. No entanto, uma vez que João não proíbe nem incentiva a oração em favor desses casos, sabendo que somente Deus conhece os corações, nós sabemos perfeitamente o que fazer à parte de criticar, julgar e condenar. “Enquanto há vida, há esperança”, costumamos repetir. Conhecendo as maravilhas da oração intercessória, temos sempre a chance de praticá-la. Os resultados estão nas mãos de Deus.

Caos Social - Jeremias 22

 Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 22

Comentário Pr Heber Toth Armí 

Líderes políticos não são donos da verdade; portanto, não têm eles a última palavra. Líderes e liderados serão julgados com base na palavra de Deus (ver Romanos 2:2; Tiago 2:12).

A palavra de Deus foi padrão ao profeta Jeremias para proferir profecias contra os reis do povo de Deus. Pois, assumir o trono judeu exigia responsabilidade baseada na revelação divina (ver Deuteronômio 17:14-20; Jeremias 22:1-2, 4-5, 13-16, 21).

Os líderes políticos são responsáveis por ministrar a justiça, amparar os necessitados e evitar a violência (vs. 2-3). Todavia, eles utilizam os recursos da população para construir mansões para si utilizando-se da opressão (impostos altos) e da injustiça, movidos pela avareza, ambição e ganância (vs. 13-17).

Observou William Kelly:

“A realeza sempre foi o último segmento da sociedade a perder a bênção de Deus em Israel. Se o rei andava em retidão, mesmo que o povo e os profetas se houvessem desviados, o Senhor continuava a abençoar Israel. Tudo dependia do rei, da descendência de Davi. Deus poderia disciplinar os profetas, os sacerdotes e o povo, mas se manteria próximo deles por amor de seu servo Davi. Quando, porém, não apenas eles se desviavam, mas também o rei comandava a perversidade, era absolutamente impossível o Senhor permanecer junto deles, e coube a Jeremias a triste missão de pronunciar essa decisão divina”.

A profecia contra os reis Zedequias (vs. 1-9), Salum (vs. 10-12), Jeoaquim (vs. 13-23), e Jeconias (vs. 24-30) mostram que, se líderes políticos não agirem conforme a Palavra de Deus, a sociedade se torna exatamente o que o diabo quer – em vez daquilo que Deus quer.

• A ausência de Deus resulta em caos social. O ser humano destrói ao próprio ser humano. Sequestros e latrocínios proliferam amargura na sociedade. Crimes de aluguel, violência descontrolada nas regiões urbanas e rurais, e assaltos derramam sangue inocente.

• A ausência da Palavra de Deus na sociedade leva a efeito a violência e a extorsão. O jornal de cada dia é um retrato de uma sociedade distante de Deus.

Contudo, não devemos desculpar nossos procedimentos pela irresponsabilidade de nossos líderes políticos, podemos ter Deus como nosso líder e seguir a legislação de Seu reino.

O versículo 29 reza:

“Ó terra, terra, terra! Ouve a Palavra do Senhor!” Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

O PRIVILÉGIO DE SER FILHO

 MEDITAÇÃO DIÁRIA

16 de novembro

O PRIVILÉGIO DE SER FILHO

Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no Seu nome. João 1:12

Ações reivindicatórias de reconhecimento de paternidade não são incomuns no cotidiano judiciário. Nem sempre o processo transcorre em paz. Às vezes há fortunas envolvidas na questão e, na eventualidade de se acrescentar mais um herdeiro, a avareza pode falar mais alto. De fato, quem busca esse reconhecimento nem sempre está de olho em dinheiro. Muitas vezes, tudo o que deseja é resgatar ou ter uma identidade, a fim de preencher um vazio na própria história. Para muitas pessoas, não conseguir isso tem sido tragicamente frustrante.

Felizmente, no âmbito espiritual, Aquele a quem pertencem a prata e o ouro (Ag 2:8), as incalculáveis riquezas eternas, e cujo nome está “acima de todo nome” (Fp 2:9) não se constrange em tomar a iniciativa de nos aceitar como filhos e filhas. Indigentes e errantes, não precisamos recorrer a nenhuma corte judicial na Terra ou no Céu, a fim de obter esse privilégio. Em realidade, talvez nem estivéssemos interessados em tomar a iniciativa, mas Ele o fez. Disponibilizou-nos “a suprema riqueza da Sua graça” (Ef 2:7). Simplesmente espera que O recebamos e creiamos “no Seu nome”. João, o apóstolo do amor, extravasou sua alegria como que nos convidando a experimentá-la igualmente: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus” (1Jo 3:1). Direito pelo qual muitos lutam no âmbito material nos é concedido espiritualmente como privilégio da graça e do amor do Pai. Por iniciativa Dele!

Na condição de filhos do Altíssimo, tornamo-nos herdeiros de tudo quanto Ele é e tem. Um dia, veremos a plenitude do que Ele é; mas a graça nos dá, aqui e agora, tudo o que Ele tem. Dele recebemos perdão, salvação e segurança de vida eterna, entre outros bens de valor imperecível. Logicamente, eles pertencem a quem O aceita e crê em Seu nome, experiência que vai além do mero conhecimento teórico. Crer “no Seu nome” é ter a garantia dos recursos da salvação de Deus disponibilizados mediante Jesus Cristo. É aceitá-Lo, nascer de novo (Jo 1:13; 3:3) e viver num relacionamento cada vez mais próximo, a ponto de nos parecermos com Ele, assim como é natural que um filho se pareça com o pai.

Profeta da Meia-noite - Jeremias 21

  Lendo a Bíblia de Gênesis a Apocalipse 

Leitura Bíblica - Jeremias 21

Comentário Pr Heber Toth Armí 

A maior tragédia que alguém pode experimentar é a tragédia espiritual. A qual ocorre pelo amor ao pecado ligada à rejeição à palavra profética.

O segundo livro de Reis é descrito “como ‘o registro nacional mais trágico já escrito’, e a parte mais trágica desse registro trágico é a final, que cobre o período em que Jeremias viveu. Cerca de oitenta ou cem anos depois da morte de Isaías, Jeremias exerceu seu ministério, o qual continuou por mais de quarenta anos, durante os reinados dos últimos cinco reis de Judá (1.1-3). Basta citar esses reis – Josias, Jeocaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias – para compreender a escuridão daqueles dias” (J. Sindlow Baxter).

“Coube a Jeremias profetizar em uma época em que todas as coisas em Judá estavam convergindo para uma lamentável catástrofe final; quando a inquietação política estava em seu auge; quando as piores iras dominavam os vários partidos; e os conselhos mais fatais prevaleciam”. Além disso, era difícil para o profeta “ver o próprio povo, a quem amava com a ternura de uma mulher, lançar-se sobre o precipício para a imensa e tumultuada ruína”. Após inserir esta citação do Dr. Moorehead, Baxter declara:

“Jeremias foi o profeta da meia-noite de Judá”.

Nos dias hodiernos vivemos na meia-noite da história de muitos países, ou melhor, do mundo. O dia do juízo começou em 1844 pelas profecias. Portanto, precisamos atentar para as mensagens de juízo do profeta Jeremias. O capítulo em pauta oferece-nos estes pontos:

1. Tem gente que só confia na palavra profética quando começa a perceber que ela, na verdade, está certa. Deus rejeita confiança desta forma (vs. 1-2).

2. Diante de interesses pessoais, não espirituais, Deus, através de Jeremias oferece resposta:

• Primeiramente ao impenitente rei Zedequias (vs. 3-7);

• Depois, ao povo rebelde (vs. 8-10);

• Finalmente, à corte de Davi (vs. 12-14).

Jeremias não foi pessimista, foi realista. Sua mensagem foi como colocar o dedo na ferida para curar, mas o paciente foge de medo e permanece com as mazelas do pecado.

Nossa sociedade precisa da mensagem de Jeremias. Nossas igrejas precisam viver e proclamar salvação com arrependimento, as consequências funestas do pecado, o perigo do desprezo à Palavra de Deus e, a colheita horrível para quem planta no terreno do diabo.

Reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.

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Boa vontade

  Devocional Diário - Vislumbres da Eternidade 21 de novembro Boa vontade Pastoreiem o rebanho de Deus que há entre vocês, não por obrigação...