sábado, 19 de setembro de 2020

Prioridades Invertidas

MEDITAÇÃO DIÁRIA

19 de setembro
Prioridades Invertidas

Pois o amor de Cristo nos constrange. 2 Coríntios 5:14

Em nosso cotidiano, costumamos alongar caminhos e postergar o cumprimento de tarefas. Isso acontece porque temos a tendência de nos preocupar com coisas importantes, deixando de nos concentrar naquilo que é essencial. Essa mesma experiência ocorre na vida espiritual de muitas pessoas presas a formas, ritos e aparência. Inicialmente pode soar chocante a declaração, mas há muitos cristãos professos que são impedidos de ver a beleza de Cristo porque colocam a igreja entre eles e o próprio Cristo.

Claro, a igreja é muito importante. Seus ensinamentos e suas normas não podem ser desprezados. O problema é fazer ou deixar de fazer coisas por causa da igreja. Algumas pessoas se comprometem como membros da igreja, sabem o que ela ordena e procuram cumprir à risca. Contudo, se norteiam a conduta ética, moral e espiritual apenas por causa dos requisitos da igreja, colocam-se em um terreno arriscado. Esquecem-se de que, em nossa humanidade tão vulnerável, pressionados por circunstâncias adversas, corremos o perigo de, em algum momento, cair em transgressão. Assim, fica óbvio que precisamos de uma motivação superior: Cristo, cuja visão não deve, jamais, ser obscurecida diante de nós.

“Sem Mim, nada podeis fazer” (Jo 15:5), disse o Mestre. No entanto, com Ele, constrangidos e impulsionados por Seu amor, tudo é possível; os sábios requerimentos, doutrinas e normas encontrados na Bíblia e ensinados pela igreja serão prazerosamente colocados em prática, sem questionamentos.

No verso de hoje, o verbo “constranger” significa “impelir”, “impulsionar” e também “controlar”. Foi assim que Paulo viveu e agiu. Também foi priorizando o essencial que José se manteve obediente às normas de pureza moral, quando foi tentado (Gn 39:11-13). A propósito, o pastor e escritor Clarence Macartney contou uma história segundo a qual, “quando José começou a falar de Deus com a tentadora, ela jogou a roupa sobre a estátua de um deus que estava no quarto e disse: ‘Agora ele não verá’, ao que ele respondeu: ‘O meu Deus vê!’” (Charles Swindoll, José, p. 47, 48). Esse é o ponto. Não é o medo das consequências, mas o prazer em ser fiel a Deus. Não é a regra da igreja; mas Cristo e Seu amor em primeiro lugar. Nossa resposta amorosa a esse amor nos constrange à lealdade a Ele e a Sua igreja.

Imprima isto na mente e no coração: “Tudo depende de nossa união com Cristo.”
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

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