segunda-feira, 20 de julho de 2020

O Exemplo da Oliveira

MEDITAÇÃO DIÁRIA

 20 de julho
O Exemplo da Oliveira

Quanto a Mim, porém, sou como uma oliveira verdejante, na Casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para todo o sempre. Salmo 52:8

Sentindo-se traído pelo edomita Doegue, homem de confiança de Saul, Davi escreveu o Salmo 52. Na tentativa de se promover, Doegue astutamente vigiou, fugiu de Nobe e foi informar Saul sobre a visita feita por Davi ao sacerdote Abimeleque, em busca de proteção contra a perseguição empreendida pelo rei. Em seguida, uma terrível matança dizimou os sacerdotes daquela cidade (1Sm 21:1-9; 22:11-19). Nesse salmo, o poeta de Israel reafirma a justiça de Deus contra os perversos, difamadores inescrupulosos, vaidosos, os que se utilizam da própria habilidade a fim de prejudicar o semelhante, e se vangloriam da maldade praticada. Tanto a pessoa que se sente vítima da famigerada “puxada de tapete” como quem planeja algo contra o semelhante precisam atentar para as lições dessa reflexão. Tão certo como o dia segue-se à noite, o Senhor reivindicará a causa de todo filho fiel que é injustiçado. Se isso não causa temor ou representa chance de retrocesso por parte do malfeitor, é motivo de consolo e esperança para a vítima.

Na situação em que estava, Davi decidiu permanecer no melhor lugar, ou seja, do lado de Deus. Assim, transformou a situação adversa em oportunidade para o crescimento espiritual: “Quanto a Mim, porém, sou como uma oliveira verdejante, na Casa de Deus”, com todo o vigor. Estando escondido, porém seguro e feliz na casa de Deus, ele havia sido protegido contra o inimigo destruidor, e isso requeria dele o humilde reconhecimento à bondade do Supremo benfeitor.

Então, Davi decidiu viver em adoração e gratidão a Deus. Ungido como rei, alimentaria e iluminaria espiritualmente seus súditos. Isso dá sentido ao simbolismo da oliveira utilizado no salmo. O azeite produzido pelo fruto dessa planta tinha uso litúrgico, na adoração e unção. Somadas ao uso alimentício e na iluminação, essas propriedades lembram também os genuínos cristãos. Espiritualmente vigorosos e frutíferos, eles florescem nos átrios do Senhor. Ungidos pela graça divina, não se deixando intimidar pela oposição e pelas provações, alimentam e iluminam um mundo faminto e mergulhado em trevas. São filhos da paz e exibem a beleza de Cristo.

Ao sermos tentados a usar os mesmos recursos tortuosos daqueles que nos perseguem, a única saída eficaz para acalmar o espírito e nos manter no caminho do dever é nos voltarmos para Deus. Essa é uma decisão altamente compensadora.
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

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