sábado, 20 de junho de 2020

Do monte para a multidão

MEDITAÇÃO DIÁRIA

20 DE Junho 
Do monte para a multidão

Então Pedro, tomando a palavra, disse: Mestre, bom é estarmos aqui e que façamos três tendas: uma será Tua, outra para Moisés, e outra, para Elias. Marcos 9:5

A prioridade da adoração na experiência do crente e nas atividades da igreja é incontestável. Sem ela, deixamos de receber a inspiração necessária para a vida. Mas isso não significa que seus membros devam se fechar entre quatro paredes e ignorar a necessidade que o mundo a seu redor tem, conscientemente ou não, da presença e atuação deles. A igreja não deve ser imaginada como uma comunidade que se limita a louvar, orar e meditar. Afinal, “Deus não espera que nos tornemos eremitas ou monges e que nos isolemos do mundo a fim de nos tornar interessados em atos de adoração. Nossa vida deve ser igual à de Cristo, nos dividindo entre o monte da oração e o contato com as multidões. Aquele que nada faz além de orar em breve abandonará essa prática” (Ellen White, Caminho a Cristo, p. 100).

Na experiência de adoração, o crente humilde, agradecido, disposto a obedecer e servir se inclina diante do Altíssimo e Supremo Deus. Nessa interação, somos inspirados, motivados e capacitados a agir, de onde concluímos que a adoração genuína é o grande propulsor do envolvimento missionário dos cristãos na comunidade ao redor. A congregação genuinamente adoradora se lança ao mar da humanidade, dividida entre o monte e o contato com as multidões, buscando por todos os meios atraí-las para o reino de Cristo. Somente o verdadeiro encontro com Deus nos fará sair do templo e causar impacto transformador nas pessoas com as quais interagimos.

Necessitamos ter em mente essa realidade, assim como Pedro, no monte da Transfiguração, necessitou entender os resultados de haver contemplado literalmente a glória de Cristo. Maravilhado, sem saber o que dizer, sugeriu que todos os participantes daquele memorável instante permanecessem acampados em tendas. Nada mais fácil de se compreender humanamente do que o desejo de ficar para sempre junto a Jesus com toda a manifestação de Sua glória. Entretanto, descer do monte e anunciar ao povo o que foi contemplado estava mais de acordo com a missão de Cristo.

Jesus crucificado, ressurreto e em Sua glória vindoura precisa ser anunciado. Acaso, existe no cristianismo algo mais atraente do que o próprio Cristo e a esperança que Ele é para nós? Nele, seremos o que pretendemos ser e o que Ele deseja que sejamos. Fomos criados e redimidos por Ele. A Ele pertencemos agora e sempre. Multidões precisam ouvir essa boa-nova.

Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

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