segunda-feira, 25 de maio de 2020

Vingança

MEDITAÇÃO DIÁRIA
25 de maio
Vingança

Não te vingarás. Levítico 19:18

Característica da natureza humana desde que o pecado a maculou, a vingança tem sido muito discutida por estudiosos do comportamento humano. Para alguns, ela tem um lado positivo, quando a pessoa que se sentiu ofendida deixa de usar violência contra o suposto ofensor e prefere superar o problema, buscando o caminho da excelência. É o caso, por exemplo, de um empregado que se sentiu preterido em favor de outro diante de uma promoção no trabalho. Em vez de prejudicar o concorrente, trata de melhorar sua performance de olho em uma chance futura. Há também o exemplo de um atleta que, em algum momento, teve o desempenho questionado, mas decide dedicar-se ao máximo nos treinamentos, a fim de provar o contrário em ocasiões posteriores.

O aspecto negativo, de acordo com psicólogos, é que a vingança pode minar a capacidade de raciocínio e levar a pessoa ofendida à prática de ações impensadas contra o suposto ofensor, sob o impulso do ódio e do pessimismo. Ela vai se tornando mais insensível e fria, deixando de ver o lado bom das situações e das pessoas, passando a adotar o isolamento social. A isso, acrescentam-se males físicos, considerando que o desejo de vingança estimula a produção dos hormônios diretamente relacionados ao estresse e à ansiedade.

A Bíblia nos adverte contra o desejo e a prática da vingança, apresentando-nos a opção do amor, mesmo por quem nos ofende. Jesus foi claro quando ensinou: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5:43, 44). E Paulo acrescentou: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: ‘A Mim pertence a vingança, Eu é que retribuirei’, diz o Senhor” (Rm 12:19).

Somos ensinados a deixar todas as questões nas mãos de Deus; deixar que Ele seja o juiz de nossas causas. Pagar o mal com o mal suscita o mal, como uma bola de neve. O Senhor, justo e amoroso juiz, sabe como administrar todas as questões interpessoais. A Ele pertence o direito de premiar ou castigar, condenar ou inocentar. Quando tomamos a vingança em nossas mãos, também tomamos um direito que a Ele pertence; agimos nós mesmos em Seu lugar, como semideuses.

Sendo irmãos pelo mesmo sangue que verteu no Calvário, seria demais pensar em deixar nas mãos do Pai tudo o que ameace nossa paz?


Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos

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