MEDITAÇÃO DIÁRIA
17 de fevereiro
REAÇÃO DESAFIADORA
Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra. Mateus 5:38, 39
Essas palavras foram pronunciadas numa época em que havia muita revolta entre os judeus contra a dominação romana. Espalhadas por toda a Judeia e Galileia, as tropas imperiais intimidavam e mantinham a lembrança da própria degradação nacional.
Não raro, oficiais romanos obrigavam camponeses judeus a realizarem as mais penosas tarefas, o que estava perfeitamente de acordo com a lei e os costumes do império. A resistência a isso somente serviria para abrir as portas para a prática de mais crueldade. Por isso, o povo desejava se livrar daquele jugo. O espírito de revolta predominava, e todos esperavam que Cristo fosse Aquele que deveria humilhar o orgulho romano.
Ao observar nos semblantes o desejo de vingança, Jesus expôs a filosofia de Seu reino, superior ao pensamento e à filosofia dos homens. O ensinamento do Mestre nessa passagem é o ponto crucial e mais desafiador do Sermão do Monte. Isso porque a primeira reação humana diante da ofensa é o revide, na mesma medida ou em medida superior. Essa, porém, é uma atitude infeliz. Além de não resolver o problema, o agrava mais ainda. A atitude correta é ir além do mal sofrido e, com espírito cristão, virar a outra face.
Esse é o “princípio da resistência ativa”. Dar a outra face é encarar o inimigo com espírito superior, desprovido de ódio, é revestir-se de heroísmo, revelando disposição em perdoá-lo. O Mestre deu exemplo disso quando enfrentou as autoridades. Embora tivesse à Sua disposição toda a hoste angelical, reprovou o ato de Pedro, que lançou mão da espada contra o servo do sumo sacerdote.
“Toda a vida terrestre de Jesus foi uma manifestação deste princípio. Foi para trazer o pão da vida a Seus inimigos que nosso Salvador deixou Seu lar no Céu. Se bem que se amontoassem sobre Ele calúnias e perseguições desde o berço até à sepultura, estas não Lhe provocaram senão expressões de um amor que perdoa […].
“Aquele que estiver impregnado do Espírito de Cristo, habita em Cristo. O golpe que lhe é dirigido cai sobre o Salvador, que o circunda com Sua presença. O que quer que lhe aconteça vem de Cristo. Não precisa resistir ao mal, porque Cristo é sua defesa. Nada lhe pode tocar a não ser pela permissão de nosso Senhor” (Ellen White, O Maior Discurso de Cristo, p. 71).
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos
17 de fevereiro
REAÇÃO DESAFIADORA
Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra. Mateus 5:38, 39
Essas palavras foram pronunciadas numa época em que havia muita revolta entre os judeus contra a dominação romana. Espalhadas por toda a Judeia e Galileia, as tropas imperiais intimidavam e mantinham a lembrança da própria degradação nacional.
Não raro, oficiais romanos obrigavam camponeses judeus a realizarem as mais penosas tarefas, o que estava perfeitamente de acordo com a lei e os costumes do império. A resistência a isso somente serviria para abrir as portas para a prática de mais crueldade. Por isso, o povo desejava se livrar daquele jugo. O espírito de revolta predominava, e todos esperavam que Cristo fosse Aquele que deveria humilhar o orgulho romano.
Ao observar nos semblantes o desejo de vingança, Jesus expôs a filosofia de Seu reino, superior ao pensamento e à filosofia dos homens. O ensinamento do Mestre nessa passagem é o ponto crucial e mais desafiador do Sermão do Monte. Isso porque a primeira reação humana diante da ofensa é o revide, na mesma medida ou em medida superior. Essa, porém, é uma atitude infeliz. Além de não resolver o problema, o agrava mais ainda. A atitude correta é ir além do mal sofrido e, com espírito cristão, virar a outra face.
Esse é o “princípio da resistência ativa”. Dar a outra face é encarar o inimigo com espírito superior, desprovido de ódio, é revestir-se de heroísmo, revelando disposição em perdoá-lo. O Mestre deu exemplo disso quando enfrentou as autoridades. Embora tivesse à Sua disposição toda a hoste angelical, reprovou o ato de Pedro, que lançou mão da espada contra o servo do sumo sacerdote.
“Toda a vida terrestre de Jesus foi uma manifestação deste princípio. Foi para trazer o pão da vida a Seus inimigos que nosso Salvador deixou Seu lar no Céu. Se bem que se amontoassem sobre Ele calúnias e perseguições desde o berço até à sepultura, estas não Lhe provocaram senão expressões de um amor que perdoa […].
“Aquele que estiver impregnado do Espírito de Cristo, habita em Cristo. O golpe que lhe é dirigido cai sobre o Salvador, que o circunda com Sua presença. O que quer que lhe aconteça vem de Cristo. Não precisa resistir ao mal, porque Cristo é sua defesa. Nada lhe pode tocar a não ser pela permissão de nosso Senhor” (Ellen White, O Maior Discurso de Cristo, p. 71).
Meditações Matinais - De Coração a Coração, Zinaldo A. Santos
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