Refletindo a Cristo
Poder Divino por Meio da Oração-14 de abril
Tendo-Se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto, e ali orava. Mar. 1:35.
Nenhuma outra vida já foi tão assoberbada de trabalho e responsabilidade como a de Jesus; todavia, quantas vezes estava Ele em oração! Quão constante, Sua comunhão com o Pai! Repetidamente, na história de Sua vida terrestre, se encontram registros como esses: … “Ajuntava-se muita gente para O ouvir e para ser por Ele curada das suas enfermidades. Porém Ele retirava-Se para os desertos e ali orava.” Luc. 5:15 e 16. “E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus.” Luc. 6:12.
Numa vida toda dedicada ao bem dos outros, o Salvador achou necessário afastar-Se dos lugares movimentados e da multidão que O acompanhava, dia a dia. Precisava retirar-Se de uma vida de incessante atividade e contato com as necessidades humanas, para buscar sossego e ininterrupta comunhão com o Pai. Como uma pessoa identificada conosco, participante de nossas necessidades e fraquezas, dependia inteiramente de Deus, e no lugar oculto de oração buscava força divina, a fim de poder sair fortalecido para o dever e provação. Num mundo de pecado, Jesus suportou lutas e torturas de alma. Em comunhão com Deus, podia aliviar as dores que O esmagavam. Ali encontrava conforto e alegria.
Em Cristo, o grito da raça humana chegava até ao Pai de infinita piedade. Como homem, suplicava ao trono de Deus, até que Sua humanidade fosse de tal modo carregada com a corrente celestial, que pudesse estabelecer ligação entre a humanidade e a divindade. Mediante contínua comunhão recebia vida de Deus, de maneira a poder comunicar vida ao mundo. Sua experiência deve ser a nossa.
“Vinde vós, aqui à parte”, convida-nos Ele. Mar. 6:31. Déssemos nós ouvidos às Suas palavras, e seríamos mais fortes e mais úteis. …
Em todos quantos se acham sob a direção de Deus, deve-se ver uma vida que não se harmonize com o mundo, seus costumes ou práticas; e todos têm de ter experiência pessoal na obtenção do conhecimento da vontade divina. Precisamos ouvir individualmente Sua voz a nos falar ao coração. Quando todas as outras vozes silenciam e em sossego esperamos perante Ele, o silêncio da alma torna mais distinta a voz de Deus. Ele nos manda: “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus.” Sal. 46:10. Somente assim se pode encontrar o verdadeiro descanso. E é essa a preparação eficaz para todo trabalho que se faz para Deus. Por entre a turba apressada e a tensão das febris atividades da vida, a alma que assim se refrigera será circundada por uma atmosfera de luz e paz. A vida exalará fragrância, e há de revelar um divino poder que atinge o coração dos homens. O Desejado de Todas as Nações, págs. 362 e 363.
Meditação Matinal de Ellen White – Refletindo a Cristo, 1986.– Pág. 110 –
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