Transformação de Simão, 29 de Outubro
Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Mateus 7:1, 2.
Simão, o hospedeiro, fora influenciado pela crítica de Judas à dádiva de Maria, e surpreendeu-se do procedimento de Jesus. Seu orgulho farisaico ofendeu-se. Sabia que muitos de seus hóspedes estavam olhando a Jesus com desconfiança e desagrado. Simão disse no seu interior: “Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que Lhe tocou, pois é uma pecadora.” Lucas 7:39.
Curando Simão da lepra, Cristo o salvara de uma morte em vida. Mas agora Simão duvidava se o Salvador era profeta. ... Jesus nada sabe dessa mulher, tão pródiga em demonstrações, pensou ele, ou não lhe permitiria que O tocasse. ...
Como fizera Natã com Davi, Cristo ocultou Seu bem atirado golpe sob o véu de uma parábola. Lançou sobre o hospedeiro a responsabilidade de proferir a própria sentença. Simão induzira ao pecado a mulher que ora desprezava. Fora por ele profundamente prejudicada. ... Mas Simão se julgava mais justo que Maria, e Jesus desejava fazer-lhe ver quão grande era na verdade a sua culpa. Queria mostrar-lhe que seu pecado era maior que o dela, tão maior, como um débito de quinhentos dinheiros é superior a uma dívida de cinqüenta. ...
A frieza de Simão e sua negligência para com o Salvador mostravam quão pouco apreciava a bênção que recebera. Julgava honrar a Jesus, convidando-O à sua casa. Mas viu-se então como na realidade era. ... Sua justiça fora um vestido de farisaísmo. ... Ao passo que Maria era uma pecadora perdoada, ele era um não perdoado pecador. A rigorosa regra de justiça que quisera impor contra ela, condenava-o a ele próprio.
Simão foi tocado pela bondade de Jesus em não o repreender abertamente diante dos hóspedes. Não fora tratado como desejara que Maria o fosse. ... Uma severa acusação haveria endurecido Simão contra o arrependimento, mas a paciente admoestação o convenceu de seu erro. Viu a magnitude do débito que tinha para com seu Senhor. Seu orgulho humilhou-se, ele se arrependeu, e o altivo fariseu tornou-se um humilde e abnegado discípulo. — O Desejado de Todas as Nações, 566-568.
Este texto vem do livro devocional Vidas que Falam pelo Ellen G. White.
Para ver mais de seus livros, visite egwwritings.org
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