quarta-feira, 21 de junho de 2017

Um pecado leva a outro

Um pecado leva a outro, 21 de Junho


Isto que Davi fizera foi mal aos olhos do Senhor. 2 Samuel 11:27.

Quando, em sua comodidade e segurança, perdeu seu apego a Deus, Davi rendeu-se a Satanás, e trouxe sobre sua alma a mancha do crime. Ele, o chefe da nação indicado pelo Céu, escolhido por Deus para executar Sua lei, ele próprio pisou os seus preceitos. Aquele que deveria ter sido um terror aos malfeitores, pelo seu próprio ato lhes fortaleceu as mãos.

Entre os perigos da primeira parte de sua vida, Davi, consciente de sua integridade, podia confiar o seu caso a Deus. A mão do Senhor o havia conduzido com segurança através das inúmeras ciladas que tinham sido postas para seus pés. Mas agora, culpado e não arrependido, não rogava auxílio e guia do Céu, mas procurava desvencilhar-se dos perigos em que o pecado o envolvera. Bate-Seba, cuja beleza fatal se havia mostrado uma cilada ao rei, era a esposa de Urias, o heteu, um dos mais corajosos e fiéis oficiais de Davi. Ninguém poderia prever qual seria o resultado se o crime fosse conhecido. ...

Todo o esforço que Davi fez para esconder seu crime se mostrou inútil. ... Em seu desespero, apressou-se a acrescentar o assassínio ao adultério. Aquele que tinha tramado a destruição de Saul, procurava levar Davi também à ruína. Embora as tentações fossem diversas, levavam semelhantemente à transgressão da lei de Deus. ...
Urias foi feito portador de sua própria ordem de morte. Uma carta enviada pela sua mão a Joabe, da parte do rei, ordenava: “Ponde Urias na frente da maior força da peleja, e retirai-vos de detrás dele, para que seja ferido e morra.” 2 Samuel 11:15. Joabe, já manchado com o crime de um afrontoso assassínio, não hesitou em obedecer às instruções do rei, e Urias tombou pela espada dos filhos de Amom. ...
Aquele, cuja delicada consciência e elevado senso de honra não lhe permitiram, mesmo em perigo de vida, estender sua mão contra o ungido do Senhor, caíra de tal maneira que pôde afrontar e assassinar um de seus soldados mais fiéis e valentes, e desfrutar, sem ser incomodado, a recompensa de seu pecado. Ai! como o ouro fino perdera o brilho! como se transformara o ouro finíssimo! — Patriarcas e Profetas, 718-720.


Este texto vem do livro devocional Vidas que Falam pelo Ellen G. White.
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