Leitura Bíblica – 1 Samuel 21
Comentários: Pr. Heber Toth Armí
O medo te leva a lugares que você nunca imaginou. Te induz a viver loucamente, como alguém desprovido de inteligência.
Dizem que “de médico e de louco todo mundo tem um pouco”. Provavelmente por isso Sêneca declarou: “Se me apetece rir de um louco, não preciso de ir procurar muito longe; rio de mim mesmo”.
Marcel Proust disse que, “para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras”. Talvez Davi intentasse essa máxima!
Ao despedir-se de seu amigo Jônatas, Davi fugiu de Saul, que desejava avidamente sua morte sem razão alguma, senão sua inveja. Davi desceu a Node, omitiu informações, comeu pão sagrado, pegou a espada de Golias (vs. 1-9) e, dirigiu-se à Gate, terra de Áquis, habitada por inimigos filisteus (vs. 10-15).
Ali, fugindo com medo de Saul, Davi também teve medo dos filisteus. Davi já era famoso; portanto, foi reconhecido e entrou em pânico. E, buscando a sobrevivência, “fingiu estar louco, batendo com a cabeça na porta da cidade e espumando pela boca, enquanto a saliva corria pela barba”.
Que situação: Aquele que matou o gigante Golias nesse estado de humilhação! Como reagiu Áquis? “Aquis olhou para ele e disse àqueles líderes: ‘Não estão vendo que ele está louco? Por que o deixaram entrar? Já tenho loucos suficientes aqui, e vocês me trazem mais um! Tirem-no daqui!”
O que podemos aprender de tudo isso? Veja estes dois parágrafos apresentados por William MacDonald:
1. “Até mesmo os grandes homens têm pontos fracos. Davi não foi exceção. Esse capítulo triste registra as mentiras do fugitivo junto ao tabernáculo em Node (v. 1-9) e sua loucura fingida perante os filisteus (v. 10-15)”.
2. “Em meio a essa provação, porém, Davi aprendeu algumas lições importantes. Antes de passar ao capítulo seguinte de I Samuel, leia o salmo 34, escrito nessa época, e que nos permite entender melhor certos aspectos do caráter de Davi. Graças a sua resiliência admirável, mesmo quando errava, Davi crescia no conhecimento de Deus”.
Precisamos aprender a extrair lições de nossas loucuras. Pois, A MAIOR E PIOR DAS LOUCURAS É NÃO APRENDER NADA COM NOSSOS ERROS!
Martin Luther King alertou: “Temos de aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos como loucos”.
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