Lucas 16
Douglas Jacobs
Quando a desonestidade de um gerente é descoberta, ele
percebe que precisa fazer algo para sobreviver. A história de Jesus em Lucas
16:1-15 parece o enredo de um filme. Jesus não diz se o gerente estava
embolsando mais do que a sua parte nos lucros ou se era apenas culpado de má
gestão. Fica para nós o preencher os detalhes da história, o que a torna de
aplicação universal.
O que está claro é que o dia de prestação de contas chegou e
logo o gerente estará sem emprego. “Que é isso que estou ouvindo a seu
respeito?”, diz o proprietário da empresa, “preste contas da sua administração,
porque você não pode continuar sendo o administrador.” (v 2 NVI). As acusações
contra este gerente ou administrador provavelmente deviam ser verdade, porque
ele não pôde se defender pelo que fez. Em vez disso, ele se pergunta: “Que
farei?” (v 3 NVI). O mordomo não tem como se manter, porque é muito velho ou
fraco para fazer trabalho braçal e tem vergonha de mendigar (v 3).
Como ele já tinha atravessado o limiar moral da honestidade
por desperdiçar o dinheiro do seu empregador, ele decide reduzir entre 20 a 50%
as contas dos devedores do seu senhor, que tinham feito contratos consigo. As
dívidas eram grandes, o equivalente a mais de 800 litros de azeite e uma dívida
equivalente em trigo. Ele foi tão astuto em suas ações que mesmo seu mestre
teve de admirar as suas habilidades de autopreservação: “O senhor elogiou o
administrador desonesto, porque agiu astutamente” (v 8 NVI).
Jesus oferece para o caso uma perspectiva diferente. Depois
de mostrar a astúcia duvidosa dos filhos deste mundo, Ele concede um princípio
fundamental para o verdadeiro sucesso: “Quem é fiel no pouco, também é fiel no
muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito.” (v 10). Os
detalhes do quotidiano da vida são mais importantes no desenvolvimento de
caráter do que as grandes decisões da vida. Na verdade, as pequenas escolhas
que fazemos determinam nossas grandes escolhas. Os nossos hábitos de consumo,
integridade pessoal e como usamos o tempo construirão padrões de hábitos que
não se alterarão quando tivermos de escolher entre a fidelidade a Deus e
benefício pessoal. No entanto, devemos escolher. Jesus conclui: “Nenhum servo
pode servir a dois senhores;… Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”(v 13
NVI).
Os fariseus, que eram amantes do dinheiro, ouviram todas
estas palavras e “zombavam de Jesus” (v 14 NVI), mas Jesus tinha a última
palavra: “Vocês são os que se justificam a si mesmos aos olhos dos homens, mas
Deus conhece o coração de vocês. Aquilo que tem muito valor entre os homens é
detestável aos olhos de Deus” (v 15 NVI). Ao ler Lucas 16 aceite o desafio de
Jesus de ser fiel a Deus nos menores detalhes de sua vida.
Douglas Jacobs, D.Min.
Professor do Ministério e Homilética
School of Religion, Southern Adventist University
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/luk/16/
http://www.palavraeficaz.com/