Restauração
Michael Sokupa
Este capítulo se baseia no mesmo tema discutido no capítulo anterior: a restauração de uma terra que foi devastada pela guerra e saqueada pelas nações invasoras (v. 4,11,18). Além disso, Deus reintroduz o tema da aliança.
O texto nos permite imaginar a longa caminhada dos cativos passando por Ramá, no caminho para a Babilônia, chorando pelo exílio e pelos que morreram (v. 15). Mas deixa claro a promessa de prosperidade futura, e ela é tão certa que o Senhor diz: “quando Eu os trouxer de volta do cativeiro” (v. 23 NVI).
A restauração não é uma probabilidade, é certa. Está agendada no cronograma de Deus. Quando Jesus dá os sinais de Seu retorno em Mateus 24, Ele usa como ilustrações as indicações da natureza para a chegada do verão. A segunda vinda de Cristo é tão certa quanto a chegada de uma estação no seu tempo determinado.
O povo a quem Deus dirige estas mensagens está em um estado de crise. Eles haviam quebrado os termos da aliança que Deus estabelecera e Ele, então, permitiu que os babilônios invadissem suas terras. Agora Deus quer restaurá-los e trazê-los de volta para casa.
Ele também quer renovar a aliança quebrada. Pela primeira vez em todo o Antigo Testamento Deus promete claramente: “‘Estão chegando os dias’, declara o Senhor, ‘quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá. Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha aliança, apesar de eu ser o Senhor deles’, diz o Senhor. ‘Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias’, declara o Senhor: ‘Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo.’”(v. 31-33 NVI).
Deus não está aqui removendo a lei ou se afastando dela – Ele promete que vai ajudar Israel a interiorizar a lei, de tal forma que ela faça parte de todos os aspectos de sua vida. Deus também promete: ““Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados.” (v. 34 NVI). Este ato de perdão é outra indicação de que o foco de Deus aqui não é alterar a lei, mas transformar o Seu povo. Ele os perdoa e os capacita, implantando Sua lei em seus corações.
A restauração da terra, a punição dos inimigos, o retorno das pessoas à sua terra, tudo isso não tem sentido se não houver uma relação de aliança. A reforma externa não tem sentido se não houver uma correspondente transformação de caráter e restauração do relacionamento com Deus.
“Querido Deus, transforme minha vida e coloque a Sua Lei em meu coração. Amém”.
Michael Sekupa
Heidelberg College , África do Sul
Texto original: http://revivedbyhisword.org/en/bible/jer/31/
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