quarta-feira, 23 de abril de 2014

O verdadeiro jejum- Isaias 58


O verdadeiro jejum
Aleta Bainbridge

Nesse capítulo a ordem urgente de Deus para Isaías é: “Grite alto, não se contenha! Levante a voz como trombeta.” (v. 1 NVI). Deus está advertindo o Seu povo do perigo e chamando-o ao verdadeiro jejum.

Deus deu a Israel muitos rituais como um meio de preparar seus corações para a Sua obra de torná-los santos. O templo e seus serviços eram um retrato audiovisual do Plano de Salvação de Deus. Os dias de jejum eram solenes e impressivos e produziam uma elevação na condição espiritual do povo.

Infelizmente os filhos de Israel com frequência  valorizavam mais a pompa do templo e o fato de serem descendentes de Abraão do que o privilégio de se relacionarem com Deus e O obedecerem de coração. Tal como acontece com a Igreja de Laodicéia, a conformidade exterior às leis de Deus levou o povo a acreditar que Deus estava obrigado a abençoá-los a despeito de seus pecados. Isto se reflete na avaliação recebida: infeliz, miserável, cego e nu (Apoc. 3:17).

A advertência de Deus vale tanto para o Seu povo daquela época quanto para o de hoje. O ‘jejum’ e o culto feitos pelos motivos errados podem parecer uma coisa boa, mas confundem a verdadeira adoração com a falsa adoração. O resultado é um comportamento destrutivo: lutas pelo poder dentro da igreja, disputas teológicas, tensões internas e negligência de cuidar dos necessitados e de cumprir a missão evangélica. Tudo isso feito em nome de Deus (v. 1b-5)!

O “verdadeiro jejum”, a adoração que agrada a Deus, se revela na maneira como tratamos os outros (v. 6-12). É marcado pelo arrependimento genuíno e por vidas transformadas. As pessoas param de brigar e de explorar os fracos. A auto-indulgência e a ganância são substituídas por generosidade de espírito e pelo cuidado dos pobres e dos que sofrem.

Vidas generosas como essas agradam a Deus e liberam as bênçãos que Ele está ansioso para conceder. As 10 bênçãos mencionadas nos versos 8, 9, 10b e 11 são todas uma concretização das bênçãos da aliança que os filhos de Deus anseiam receber.

Quando procedemos assim tornamo-nos canais através dos quais as bênçãos da aliança de Deus fluem para os outros. Tornamo-nos locais de descanso e fontes de água para almas cansadas e sedentas. Tornamo-nos restauradores de vidas quebradas. O amor de Deus revelado em nossas vidas atrai o coração das pessoas para os caminhos antigos da verdadeira adoração e restaura a confiança em Deus e Suas leis.

O verdadeiro jejum é acima de tudo manter um relacionamento correto com Deus e com o próximo não apenas por obrigação, mas com alegria. Isaías destaca como a correta observância do sábado favorece essa experiência de regozijo no relacionamento com Deus que nos leva a tratar bem ao nosso irmão.

O descanso sabático é muito mais do que obedecer a letra da lei. Envolve entrega total a Deus e completa confiança em Sua obra por nós como Criador e Redentor. Os adoradores que experimentam essa dimensão espiritual do sábado desfrutam de intimidade com Deus e alcançam vitórias sobre suas falhas de caráter. Além disso, por viverem numa atmosfera de paz e felicidade, desfrutam de relacionamentos agradáveis uns com os outros. O descanso sabático faz parte do verdadeiro jejum espiritual.

Senhor, ensina-me a praticar o jejum que te agrada!
Aleta Bainbridge
                                            

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