Reavivados
por Sua Palavra
Comentários de Isaias 22
Koot van Wyk
Isaías é um artista que com palavras cria belos quadros
mentais. Neste capítulo, o primeiro quadro é o do Vale da Visão (v. 1), em que
ele retrata o que acontecerá com Jerusalém. Ele descreve as pessoas no topo de
suas casas, assustadas porque as ruas da cidade estavam cheias de barulho por
conta daqueles que haviam sido feridos
na batalha (v. 2). Além disso, os governantes tinham fugido da cidade, mas
foram capturados (v. 3).
Isaías se sente terrivelmente mal a respeito deste desastre
a ponto de chorar amargamente e pedir para ficar só (v. 4). Segundo Isaías,
este “dia de alvoroço, de atropelamento e confusão” vem “da parte do Senhor”
(v. 5).
Joel profetizou um dia semelhante, aplicando-o à Segunda
Vinda de Cristo, em um outro vale: “pois o dia do Senhor está próximo, no vale
da decisão” (Joel 3:14 NVI). Em Joel, os santos estarão em segurança na Sião
celestial e o Senhor mesmo será o refúgio para o Seu povo (Joel 3:16).
As pessoas mencionadas por Isaías não alcançaram esta
segurança. Para eles este é um dia de choro e grande “clamor que vai até aos
montes (v. 5d). Parece até que Isaías está pintando para nós o que acontecerá
pouco antes da segunda vinda de Cristo.
O próximo quadro pintado em palavras por Isaías também
descreve Jerusalém. Os vales próximos estavam cheios de cavalos e carros
prontos para o ataque (v. 6, 7). Então, o Senhor remove a proteção de Judá (v.
8). O problema com os habitantes da cidade de Davi, era de que eles dependiam
das armas guardadas no Palácio da Floresta (v. 8b. Ver 1 Rs 7:2-6; 10:17-21) em
vez de no Senhor.
Eles repararam as paredes, fizeram túneis para canalizar
água para dentro dos muros (2 Rs 20:20; 2 Cr 32:4,5, 30) e, em seguida,
derrubaram algumas casas para fortalecer os muros (v. 9-10). Mas faltou a eles,
neste momento, o foco adequado para seu choro e lamentações (semelhante ao que
acontecerá no tempo do fim). Eles choravam por causa das ameaças humanas que
estavam sobre eles, mas deveriam chorar pelo seu pecado e dureza de coração.
Seu foco não estava em Deus, mas em outras coisas. Eles diziam: “comamos e
bebamos, porque amanhã morreremos”(v.12-14). Não houve sacrifícios nem sinal de
arrependimento, mesmo em face da morte (v. 14).
Em outro quadro, Isaías retrata Sebna, o responsável pelo
Tesouro do rei, que deseja ter um funeral real para si em Jerusalém (v. 15-16).
A punição pela sua arrogância seria ser agarrado pelo Senhor, ser embrulhado
como uma bola e atirado para um enorme país, morrendo ali, em vergonha (v.
17-18). Em seu lugar Deus convocaria o Seu servo, Eliaquim (v.20), que teria
autoridade e poder. Ele será como uma “estaca em terreno firme” (v. 23 NVI) e
quando ele abre ou fecha uma porta, ninguém pode fechá-la ou abri-la (v.
21-23), o que nos lembra a autoridade suprema de Jesus (Apoc. 3:7). Deus honra
seus servos humildes e fiéis.
A seguir, Isaías parece voltar aos primeiros quadros que
retratam o cerco e queda de Jerusalém e que também podem retratar a situação
dos últimos dias: ”Naquele dia, anuncia
o Senhor dos Exércitos, a estaca fincada em terra firme cederá” (v. 25 NVI). Na
Segunda Vinda, honras, graduações, títulos, certificados, placas, medalhas,
coroas, mantos humanos nada valerão e serão retirados, porque para a ressurreição
e a mudança para o céu, eles não são mais necessários.
Querido Deus,
Isaías nos convida a refletirmos sobre o tempo do fim e nós
Te agradecemos por isso. Impressiona-nos com a importância de colocar a Ti
colocá-lo em primeiro lugar em nossas vidas. Aceita e fortaleça a nossa decisão
de Te escolher e de desprezar o mundo por amor a Jesus. Amém.
Koot van Wyk
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