Meditação Diária
Aceite-se!
Alejandro Bullón
Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que
o vanglorioso que tem falta de pão. Prov. 12:9.
Mostre-se como é. Seja você mesmo. Não aparência. É trágico
andar pela vida mostrando ter ou saber muito, quando, deitado na cama, olhando
para o teto, você sente a dor profunda de saber que é pobre e ignorante.
Viver uma vida de mentira não é viver. Seus pés pisam nas
nuvens. Longe da realidade, você sofre a irrealidade de uma história que
inventou. Alimenta-se em público, dos aplausos e da admiração que as pessoas
oferecem ao personagem que você criou, mas que não existe. Quando se encontra
só na recâmara de sua própria alma, de onde não pode fugir, olha-se no espelho
da realidade e vê o quadro grotesco de uma história em quadrinhos, sem vida e,
paradoxalmente, com muita dor, vazio e desespero.
Quando Jesus andava com Seus discípulos, viu de longe uma
figueira verde e cheia de folhas. Aproximou-Se dela e não achou frutos. A
história relata que Jesus amaldiçoou a figueira. No dia seguinte, ao passar
pelo mesmo lugar, os discípulos viram que a árvore estava seca.
Muita gente se pergunta até hoje por que Jesus amaldiçoou a
figueira. Porque não tinha frutos? Não. Ser estéril não seria um delito. Ser
estéril e aparentar que tinha frutos é o que provocou o desagrado de Jesus. A
hipocrisia é repulsiva e nociva. Repulsiva porque as pessoas se afastam.
Nociva, porque destrói a própria vida.
Por que dizer que falo inglês, se não falo? Por que afirmar
que toco piano, se não tenho essa habilidade? Por que dizer que tenho um carro,
se não o tenho? Ou que possuo um doutorado, se não é verdade?
A “maldição” de quem pretende ser o que não é vem em forma
de sequidão. Uma vida seca é cruel, angustiante e sem significado. Como o
deserto. Terra sedenta, agonizante. Terra condenada.
Aceite seus defeitos e realidades. Reconheça suas carências.
Aceite-se como você é. Esse é o primeiro passo no processo de recuperação e
cura porque: “Melhor é o que se estima em pouco e faz o seu trabalho do que o
vanglorioso que tem falta de pão.”
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